Viajar é, também, voltar ao passado. A curiosidade pela arqueologia resulta em viagens repletas de aventuras que permitem aos viajantes descobrir lugares ricos em história, lendas e civilizações antigas. A partir disso, a agência Ansa separou os 10 sítios arqueológicos, muitos dos quais são protegidos pela Unesco, que podem ser visitados em parques de fácil acesso ou áreas reservadas, pelo menos uma vez na vida.

1. Angkor Wat, Camboja

Um dos maiores monumentos religiosos do mundo, escondido na floresta tropical ao norte do Camboja, o complexo de templos de Angkor Wat é um importante local de culto budista e um ícone para o próprio país.

Foto: Ansa

Angkor Wat, onde o poderoso império Khmer floresceu entre 900 e 1400, é melhor visto ao nascer do sol. Atualmente, o local é um enorme parque de 400 quilômetros quadrados que abriga ruínas de templos, fortificações, obras e estradas hidráulicas.

O símbolo do local é um templo Khmer retangular, cercado por um fosso e com cinco torres no centro, construído pelo rei Suryavarman, atualmente habitado por numerosas colônias de macacos.

2. Machu Picchu, Peru

A poucos quilômetros de Cusco, a antiga capital do império Inca, Machu Picchu, que na língua quíchua significa “montanha velha”, é o trabalho mais imponente do Peru, construído à beira do rio Urubamba e encontrado em 1911 por Hiram Bingham.

O arqueólogo procurava um El Dorado entre os picos da Cordilheira, quando encontrou, imerso na floresta tropical, o mais extraordinário testemunho da civilização Inca, que floresceu entre 1200 e 1550.

Foto: Agnieszka Mordaunt/Unsplah

Despojada e abandonada, a cidade de Machu Picchu permaneceu intacta sob montes de terra e cerrado. O sítio, que representa o poder religioso e governamental do antigo povo pré-colombiano, é um magnífico santuário projetado pela natureza e por arquitetos xamãs.

Protegido pela Unesco desde 1983 e incluído em 2007 entre as sete maravilhas do mundo, o local pode ser acessado por ônibus, carro, trem e a pé, totalizando três ou quatro dias de caminhada entre as espetaculares aldeias incas ao longo da Trilha Inca.

Para garantir a integridade de Machu Picchu, o Ministério da Cultura peruano decidiu limitar o número de turistas diários.

3. Luxor, Egito

Esfinges pequenas e alinhadas são protagonistas do sítio arqueológico de Luxor, no sul do Egito. As clássicas e reconhecíveis esculturas marcam a entrada do templo, da qual hoje só restam as colunas, totalmente preservadas, alguns quartos e parte do santuário.

Foto: Squirrel photos/Pixabay

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Em seus pátios, é possível apreciar as grandes estátuas de Ramsés II com hieróglifos e decorações egípcias. O Templo de Luxor, também o maior de Amon, em Karnak, é dedicado à divindade da fertilidade. Não muito longe, na margem oeste do rio Nilo, estão os túmulos dos faraós do Vale dos Reis e Rainhas, com os túmulos esculpidos no calcário, onde os reis do antigo Egito e suas consortes foram enterrados.

4. Delfos, Grécia

Localizado a duas horas de Atenas, o famoso sítio arqueológico de Delfos conta com o tempo de Apolo, uma construção do século IV a.C., usada como sede do culto a Apolo e onde eram proferidos os oráculos. Em 373 a.C, o local foi destruído por um terremoto. Somente entre 1938 e 1941, ele foi parcialmente restaurado.

Foto: Walkerssk/Pixabay

O templo é rodeado de várias capelas, batizadas de tesouros, porque guardavam os ex-votos e as oferendas das cidades-estados gregas, para celebrar vitórias dedicadas ao deus. Entre eles há o Tesouro de Atenas, o Tesouro de Sifnos e o Tesouro de Argos.

5. Pompéia, Itália

É o sítio arqueológico mais famoso da Itália. A cidade do Império Romano, localizada a 22km de Nápoles, foi destruída e submersa pela erupção do vulcão Vesúvio em 79 d.C.

Foto: Graham Hobster/Pixabay

Enterrada e protegida durante séculos sob a lava, a cidade foi redescoberta no século XVIII, quando começaram as escavações arqueológicas que encontraram edificações, templos e corpos em bom estado de conservação.

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O grande parque arqueológico é considerado, portanto, o melhor testemunho artístico e cultural da história romana antiga e da vida cotidiana em uma cidade do Império.

6. Tikal, Guatemala

No departamento de Petén, na Guatemala, existe a maior área arqueológica do povo maia, uma fascinante civilização pré-colombiana que deixou importantes vestígios históricos e arquitetônicos nessa região da América Central.

As ruínas estão localizadas em uma planície perto da floresta tropical rica em ceiba, árvore sagrada para os maias, e cedros tropicais. Os templos, em particular, são semelhantes a pirâmides.

Foto: Hector Pineda/Unsplash

Hoje, o sítio arqueológico faz parte do Parque Nacional de Tikal, declarado pela Unesco como Patrimônio da Humanidade, e pode ser acessado pela cidades de Flores e Santa Elena.

7. Petra, Jordânia

Os templos da lendária Petra, uma cidade esculpida em rocha vermelha, erguem-se em um lugar espetacular e fascinante que pode ser acessado por meio de uma caminhada por um longo cânion de arenito.

Petra é a capital da tribo nabateus, construída para controlar as rotas comerciais de incenso, mirra e especiarias entre o Oriente e o Ocidente. Seu reino, protegido pelas montanhas, durou 500 anos até a conquista dos romanos. Depois disso, a cidade permaneceu nas sombras por séculos, até que, em 1812, o suíço Johann Ludwig Burckhardt a redescobriu.

Foto: Plukje/Pixabay

Desde então, o local tem sido um dos sítios arqueológicos mais visitados do mundo, principalmente para apreciar o famoso monumento “tesouro do Faraó”. O principal símbolo de Petra é o antigo túmulo de Aretas III, com figuras de divindade e mitologia esculpidas na rocha.

Petra também é protegida pela Unesco e é uma das sete maravilhas do mundo.

8. Masada, Israel

Localizado em uma colina com vista para o deserto no Sudeste da Judéia, perto do Mar Morto, o esplêndido sítio arqueológico abriga a antiga fortaleza de Massada, conquistada pelos romanos em 74 d.C.

Foto: Kelly Repreza/Unsplash

Entre os lugares para visitar está o espetacular e luxuoso palácio de Herodes. Considerado Patrimônio Mundial da Unesco, o sítio arqueológico está localizado a cerca de 100 quilômetros a sudeste de Jerusalém.

9. Afrasiab, Uzbequistão

É o sítio arqueológico do que restou da antiga capital da Sogdiana, destruída pelo avanço dos mongóis ao longo da famosa Rota da Seda, no caminho entre a China e a Europa. Da cidade antiga, foram identificados quatro muros que abrangem o Palácio Real, sede dos soberanos de Samarcanda.

Foto: user598/Pixabay

10. Éfeso, Turquia

Espetacular e impressionante, o sítio arqueológico de Éfeso é um dos mais impressionantes e fascinantes da Europa.

Éfeso foi uma das maiores cidades jônicas na Anatólia turca – atualmente em Smyrna e Aydin -, e remonta a cerca de 7 mil anos atrás. O local foi um centro comercial importante e um dos mais ricos depois de Roma e Alexandria, no Egito. Hoje, entre as ruínas há os restos de um teatro, um aqueduto, do pequeno templo de Adriano e da biblioteca de Tibério Giulio Celso.

Foto: Salih Altuntaş/Pixabay

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A melhor época para visitar a vasta área arqueológica, patrimônio mundial da Unesco, é de madrugada, porque durante o dia o local está completamente exposto ao sol.

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