Feito de partes iguais de Campari, gin e vermute rosso, o Negroni é um dos coquetéis mais clássicos e queridos do país. O drink comemorou o centenário em 2019.
Como todo coquetel, existem várias histórias para contar a sua origem. Alguns dizem que foi inventado pelo General Pascal Oliver, Conde de Negroni. Mas a mais popular é que em 1919, num bar em Florença (Itália), o Conde Camillo Negroni pediu ao bartender uma variação do coquetel Americano (Campari, vermute rosso e soda).
Foi então que o usaram o gin no lugar da soda. Mais tarde, a receita se popularizou e hoje ele é um dos coquetéis mais pedidos do mundo. Um clássico que rende muitas variações.
Convidei Paulo Freitas, embaixador nacional da marca Campari para me ajudar a contar essa história.
Elen Souza: Qual é a história aceita pela Campari sobre o nascimento do Negroni?
Paulo Freitas: Inventado em 1919 pelo Conde Negoni, que pediu para o bartender do Casoni Bar, Fosco Scarcelli, adicionar um toque de gin em vez de água com gás ao seu Americano, em homenagem à sua última viagem a Londres. A ideia deu tão certo que logo todos pediam o “drink do Conde Negroni” e o coquetel foi finalmente nomeado, inspirado no conde que o adorava.
Elen: Por conta do centenário do coquetel, o “Campari Barman Competition“, cuja a final geralmente se dá em Milão, em 2019 foi realizado em Florença.
Paulo: Também tivemos o lançamento oficial do curta “Entering Red”, estrelado por Ana de Armas e dirigido por Matteo Garrone. Ele gira em torno do centenário do Negroni. Faz parte da campanha Red Diaries e continua contando a história do misterioso Red Hand.
Elen: O Negroni conta com muitas variações. Existe alguma que você acredite ser tendência?
Paulo: Com o calor do Brasil, o Negroni Sbagliato é uma grande pedida por ser uma opção mais leve e refrescante ao substituir o gin por prosecco. E com o crescimento do consumo de whisky, principalmente americano, o Boulevardier também é sempre uma boa pedida.
Elen: Como você faria o Negroni perfeito?
Paulo: Partes iguais de Campari, Bulldog Gin e Cinzano 1757. Resfriados em um mixing glass e servido em um copo baixo com uma grande pedra de gelo e um zest de laranja.
Dica da Elen:
- Para fazer o Boulevardier, também citado na matéria, é só trocar o gin por whisky.
- Você pode aprender o passo a passo com Paulo Freitas neste link.
Foto: Bruna Teixeira