O setor de viagens corporativas faturou R$ 4,86 milhões em janeiro de 2022. É o que aponta o Levantamento de Viagens Corporativas, feito pela Fecomercio-SP e pela Associação Latino-Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev). As atividades ligadas a este segmento apresentaram alta de cerca de 91%, em comparação com o mesmo período do ano passado (2021). Apesar dos números encherem os olhos, o dado ficou 14,9% abaixo do período avaliado em 2020, antes da pandemia.

O momento de alta se dá, entre outros motivos, pela demanda reprimida de viagens de trabalho. Afinal, viemos de um período de dois anos de viagens canceladas, fechamento de fronteiras e necessidade de longas quarentenas ao chegar no destino – o que desanimou muitos gestores e fez o mercado em geral migrar para reuniões virtuais e trabalho remoto.

Dados da ViajaNet mostram também que, entre março de 2021 e março de 2022, termos relacionados ao segmento do turismo foram buscados na internet mais de 17 milhões de vezes, o que comprova ser esse um bom nicho para que empresários invistam a partir de agora.

Ao ter o funcionário se deslocando, movimenta-se a economia através da compra de passagens aéreas ou de ônibus, hospedagem, alimentação e outras despesas necessárias em viagens de trabalho que podem variar dependendo do segmento da empresa.

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Com a retomada potente dos deslocamentos a trabalho, empresas que prestam serviços de viagem encontram nesse nicho uma boa alternativa para recuperação dos negócios, que em 2020 viram uma queda de 90% nas viagens – de acordo com dados da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp). É necessário que fiquem atentas à organização e ofertas de propostas personalizadas, automação e controle das despesas, o que é imprescindível para oferecer ao cliente Pessoa Jurídica as melhores condições e criar oportunidades de negócios em longo prazo

Com o fortalecimento do compliance, as consequências são a atração de investidores e valorização da imagem do negócio, dentre tantas outras. A infraestrutura interna também deve ser pensada e trabalhada para levar o melhor atendimento, colocando a experiência do usuário em primeiro lugar para gerar a fidelização do consumidor.

Por último, outro fator de deve ser levado em consideração ao focar no investimento neste mercado de viagens corporativas é o ESG – Governança ambiental, social e corporativa, na tradução do inglês -, visto que muitas empresas multinacionais reduziram, durante a pandemia, os gastos com viagens com o argumento da produtividade do trabalho remoto e a redução da emissão de carbono.

As viagens corporativas estão sendo retomadas rapidamente e é preciso investimento em oferecer um bom negócio para que o segmento volte aos níveis pré-pandêmicos.

Flávio Pinheiro Neto, é advogado empresarial do escritório Flávio Pinheiro Neto Advogados

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