Descobertas há 520 anos – em 1493 – por Cristóvão Colombo, mas habitada por índios desde 100 a.C., as belas Ilhas Virgens Britânicas, conhecidas como “a terra que o tempo esqueceu”, têm hoje, apenas algo em torno de trinta mil habitantes. Ao todo, são sessenta ilhas envoltas em lendas de piratas baseadas na sua história, pois foi ali que o temido Barba Negra, e tantos outros nomes famosos da pirataria, escolheu para seu refúgio.

Tomada pelos ingleses em 1672 (antes, passaram por lá espanhóis, holandeses e dinamarqueses), as BVI (em inglês) são território Britânico Ultramarino mas, apesar disso, têm como moeda o dólar americano. E, para quem gosta de calor, uma característica esplêndida: sol o ano todo a temperaturas constantes entre 27 e 32° C.

Oitenta quilômetros a Leste de Porto Rico, na região Noroeste do Mar do Caribe, as BVI têm cerca de trinta mil habitantes e uma característica que as difere das outras ilhas do Caribe: a tranquilidade (o que significa que se você quiser agito o destino é outro) e águas ideais para velejar e pescar. A maioria das ilhas está localizada ao redor do Canal Sir Frances Drake, sendo as principais a de Tortola (onde fica a capital Road Town, onde vivem perto de cinco mil pessoas), Virgin Gorda; Jost Van Dyke e Anegada. Em todas elas, um detalhe interessante: nenhuma construção pode ser mais alta que as palmeiras.

Capital da navegação

As atrações naturais preservadas das Ilhas Virgens Britânicas através dos séculos apresentam atóis de corais, espécies ameaçadas de extinção, recifes espalhados por um mar multicolorido e ampla biodiversidade marinha.

As BVI proporcionam experiência única para quem as conhece: poder-se, mesmo com pouca experiência, navegar por suas águas dada a tranquilidade do mar. Considerada como Capital do Mundo da Navegação a Vela, o tempo bom e os ventos constantes permitem, a quem tiver vontade, alugar de iates ou veleiros a catamarãs e navegar, sem muita dificuldade, num raio de 80 km náuticos. Em Tortola estão disponíveis mais de setecentas embarcações para locação com ou sem capitão ou tripulação. Ali mesmo você pode solicitar sua permissão para navegação – o que é fácil porque se navega pela vista, seguindo ventos alísios e com possibilidade de atracar em diferentes baías.

A pesca não vai decepcioná-lo. Nas BVI já foi capturado um Marlim Azul do Atlântico pesando 590 quilos. Mas este não é o único desafio para o pescador. Com locais secretos de pesca próximos à costa e com significativos pesqueiros em alto mar, 160 espécies de peixes (entre eles, wahoo, atum, dourado, tarpões, dourados e o bonefisch/ubarana prateado que se encontra em Anegada) podem ser pescadas com a permissão do Ministério de Recursos Naturais.

Gastronomia

Justamente por esta abundância, a cozinha local tem sua base nos frutos do mar. Sua gastronomia une estilo caribenho com influência das Índias Ocidentais. Assim é no Roti, um saboroso pão das Índias feito com farinha de trigo, sal e água e recheado com carne ou vegetais. E no Fungi, outra massa de pão, esta recheada com carne, mariscos ou vegetais cozidos no forno ou grelhados. E, como não poderia deixar de ser, outra atração às mesas é a lagosta. Um dos principais pratos da BVI é a Lagosta da Anegada. Elas são preparadas em tambores de óleo convertidos em churrasqueiras e, em alguns locais de Anegada, são servidas com flores púrpuras colhidas durante a manhã. Para acompanhar, o drink local: Painkiller, um coquetel frozen que mistura suco de laranja, suco de abacaxi, creme de coco, coberto com granadina fresco ralado, noz-moscada e a correta porção de rum escuro premium.

As inúmeras enseadas, baías, ilhotas e os grandes recifes (muitos alcançáveis pelos barcos que podem ser alugados), permitem a prática de mergulho e snorkeling. As BVI são conhecidas como um dos melhores locais do mundo para os adeptos de esportes náuticos como surfe, kitesurf, windsurf e paddleboarding. Para quem não é expert no assunto existem estabelecimentos que ensinam às crianças noções básicas de windsurf, surf e canoagem. O Bitter End Yacht Club, em North Sound (Virgem Gorda), oferece acampamento de esportes aquáticos para jovens de 13 a 17 anos. Os menores de 12 podem se inscrever no campo de crianças. E no Porto Prospect Reef, a Dolphin Discovery faz crianças e adultos nadarem com golfinhos em três opções de programas.

Próximo a Salt Island está o ponto de mergulho mais famoso do Caribe, onde ocorreu o naufrágio do RMS Rhone. Navio de passageiros britânico com 94 metros de comprimento, foi abatido por um furacão em outubro de 1867, resultando em 123 mortes e apenas alguns sobreviventes. O local do mergulho para ver muitos dos destroços do antigo navio não é de muita dificuldade e a profundidade máxima é de 86 metros. E se você tem veias de explorador, prepare o fôlego: nas Ilhas Virgens Britânicas há mais de duzentos pontos de naufrágios. Quem sabe se no seu mergulho, com sorte, você não encontra um naco de tesouro? O lendário Edward Teach, o Barba Negra, velejava nas BVI e morou na Soper’s Hole de 1715 a 1718. E a história de piratas não para por aí: algumas das ilhas (Dead man’s Chest e Thatch) têm a origem dos seus nomes no seu passado de pirataria e pilhagens. A Dead Chest Island ganhou este nome depois de um motim quando o inglês Barba Negra deixou na ilha quinze piratas e uma garrafa de rum. Já Bellamy Cay ganhou este nome do príncipe dos piratas, Black Sam Bellamy, que fazia desta ilhota sua base de operações.

As Ilhas Virgens Britânicas, como se vê, apesar de não terem o “agito” das outras atrações caribenhas, reservam experiências peculiares. E tudo é tão bom e aprazível que o magnata Richard Branson comprou uma ilha inteirinha, a Necker Island, onde instalou um resort exclusivíssimo para atender somente 28 pessoas.

As principais ilhas

Das sessenta ilhas e baías que compõem as BVI (um território de 153 km²), apenas quinze são habitadas. São 260 habitantes por km² ali contra 23 no Brasil. O turismo responde por 45% da renda nacional e para entrar nas Ilhas basta ter um passaporte válido. São quatro as ilhas principais deste arquipélago: Tortola, Virgin Gorda, Jost Van Dyke e Anegada.

Jost Van Dyke

Levando o nome de um pirata holandês, esta ilha tem cerca de duzentos habitantes em 10 km². Nem pense em televisão e computador. Curta esta ilha conhecida por seus bares e restaurantes, onde a rua principal – não se espante – é a praia. E leve protetor solar. O sol forte é a companhia de toda hora a ponto de, ao sair do mar, a roupa secar em minutos. Para acomodação, a dica é o Sea Crest Inn com apartamentos de frente para o mar. Campings também estão disponíveis. Para comer, vários locais. Conheça o Abe’s by the Sea, que serve pratos exóticos de peixes; o Foxy’s Tamarind Bar que funciona desde 1966; o Ivan’s Street Free Bar, que adota o lema “no shoes, no shirt, no problems” (sem sapatos, sem camisa, sem problemas) e o Soggy Dollar Bar, onde nasceu o Painkiller, a bebida das BVI.

Virgin Gorda

Descoberta por Colombo, tem seu nome devido à silhueta da ilha lembrar uma barriga. Nos 16 km² da ilha você encontra montanhas e várias praias, entre elas, a que se considera como uma das mais bonitas e exclusivas do mundo: The Baths. Esta praia fica na ponta Sudoeste e é resultado de explosões vulcânicas que empilharam grandes blocos de granito que formam cavernas e piscinas de águas cristalinas. O primeiro resort foi construído na década de 60: o Little Dix Bay tem acomodações luxuosas. Se quiser mais exclusividade, o Biras Creek Resort, que tem suas 31 suítes acessíveis somente por barco ou helicóptero. Se bater fome, o Rock Café mistura sabores caribenhos, italianos e mexicanos; no Top of The Baths você saboreia lagostas e no Fat Virgin’s Café, há sopas caseiras e sanduíches.

Anegada

Anegada ou “Terra Afogada”, para os espanhóis, tem seu ponto mais alto somente a 8,4 metros acima do nível do mar e você só consegue chegar de avião, ferry ou barco.  As praias desta ilha têm areia branca, água translúcida com tons de turquesa fluorescentes e você pode caminhar quilômetros por suas areias sem encontrar viva alma. A ilha tem apenas duzentos residentes. As acomodações são administradas há várias gerações por famílias nativas. São opções: Anegada Reef Hotel e Neptune’s Treasure. O prato da ilha é lagosta. Então, não há porque se queixar.

Tortola

É a maior (55 km²), mais populosa das BVI (pouco mais de vinte mil habitantes) e onde está a capital, Road Town. Por isto, aqui a agitação é um pouco maior, com um mercado a céu aberto (Crafts Alive), onde se encontra muito artesanato. Tem locais para velejar, para mergulho e surfe e várias praias escondidas, como a Smuggler’s Cove e seu formato de lua crescente. Aqui, você encontra mais de setenta opções de hospedagem (Treasure Isle Hotel; Peter Island Resort & Spa e o Guana Island, para somente 32 pessoas) e outras tantas para curtir a culinária local (Quito’s Gazebo e Brandywine Bay). A dica, nas Ilhas Virgens Britânicas, é saborear os frutos do mar e combinar as diversas cervejas com canapés de salmão e de camarão.

Publicado no Aeroporto Jornal – outubro/2013

British Virgin Islands

Discovered 520 years ago – in 1493 – by Christopher Columbus but inhabited by Indians since 100 BC, the beautiful British Virgin Islands, known as “the land that time forgot”, have today just somewhere around thirty thousand inhabitants. Altogether, there are sixty islands shrouded in legends of pirates based in its history, for it was there that the dreaded Blackbeard and many other famous names of piracy chose for retreat.

Taken by the British in 1672 (already gone through Spanish, Dutch and Danish), the BVI are British Overseas Territory but despite this, the currency is the U.S. dollar. For those who like heat, another splendid feature: sunshine all year-round at constant temperatures between 27 and 32 °C.

Eighty kilometers east of Puerto Rico, in the northwestern Caribbean Sea, the BVI have about thirty thousand inhabitants and a feature that differs from other Caribbean islands: the tranquility ( which means that if you want a bustling place the destination is other) and waters ideal for sailing and fishing. Most islands are located around the Sir Frances Drake Channel, the main ones being Tortola (where is the capital Road Town- home to nearly five thousand people), Virgin Gorda, Jost Van Dyke and Anegada. In all of them, an interesting detail: no building can be taller than the palm trees.

The BVI provide unique experience for those who know them: even with little experience you can navigate the waters given the tranquility of the sea. Considered as the World Capital of Sailing Navigation, the good weather and constant winds allow anyone to rent yachts, sailboats and catamarans and sail without much difficulty, within a radius of 80 nautical kilometers. In Tortola are available over seven hundred boats for rental with or without skipper or crew. Right there you can request your permission to navigation – which is easy because it is done by sight, following the trade winds with the possibility to dock in different bays.

The local cuisine has its base in seafood. The gastronomy combines Caribbean style with influences from the West Indies. So it is in Roti, savory bread from Indies made with wheat flour, salt and water and stuffed with meat or vegetables. And Fungi, another dough, filled with meat, seafood or vegetables cooked in the oven or grill. And, as it should be, another attraction at the tables is the lobster. One of the main dishes of the BVI is the Anegada Lobster. They are prepared in oil drums converted to grills and in some places of Anegada, served with purple flowers harvested during the morning. To accompany the typical drink: Painkiller, a frozen cocktail that mixes orange and pineapple juice, coconut cream, topped with fresh grated  grenadine nutmeg and the right  portion of  a premium dark rum.

Near Salt Island is the most famous dive site in the Caribbean, where the sinking of the RMS Rhone took place. The British passenger ship with 94 meters long, was shot down by a hurricane in October 1867, resulting in 123 deaths and few survivors. If you have explorer veins, catch your breath: the British Virgin Islands have over two hundred points of shipwrecks. With some luck in your dive, you can find a piece of treasure.

The British Virgin Islands, as it turns out, despite not having the “vibrancy” of the other Caribbean attractions, reserve peculiar experiences. Everything is so nice and pleasant that the tycoon Richard Branson bought a whole island (the Necker Island ), where he installed a very exclusive resort for only 28 people.

The main islands

From the sixty islands and bays that comprises the BVI (a territory of 153 km ²), only fifteen are inhabited. There are 260 inhabitants per km² against 23 in Brazil. Tourism is 45 % of national income and to enter the Islands it’s only necessary to have a valid passport. There are four main islands in this archipelago: Tortola, Virgin Gorda, Jost Van Dyke and Anegada.

Jost Van Dyke

Named after a Dutch pirate, this island has about two hundred inhabitants in 10 km². Forget about television and computer. Enjoy this island known for its bars and restaurants, where the main street – do not be surprised – is the beach. Take the sunscreen. The strong sun is a constant company, the clothes dry in minutes after swimming. For accommodation, the tip is the Sea Crest Inn with apartments facing the sea. Campsites are also available. To eat, there are various locations. Meet Abe’s by the Sea, which serves exotic fish; Foxy’s Tamarind Bar that operates since 1966 , Ivan’s Street Free Bar, which adopts the motto “no shoes, no shirt, no problems” and the Soggy Dollar Bar, birthplace of the Painkiller, the drink of the BVI.

Virgin Gorda

Discovered by Columbus, has got this name from the silhouette of the island resembling a belly. In its 16 km² you will find several beaches and mountains, among them, The Baths, considered as one of the most beautiful and unique in the world. This beach is on the west end and is the result of volcanic explosions that have piled large granite blocks forming caves and pools of crystal clear water. The first resort was built in the 60’s: Little Dix Bay offers luxurious accommodation. If you want more exclusivity , the Biras Creek Resort, which has its 31 suites accessible only by boat or helicopter. When hungry, the Rock Café mixes Caribbean,Italian and Mexican flavors; on Top of The Baths you taste lobsters and on Fat Virgin’s Café, there are homemade soups and sandwiches .

Anegada

Anegada or “Drowned Land” for the Spanish, has its highest point only 8.4 meters above sea level and you can only reach it by plane, ferry or boat. The beaches of this island has white sand, crystal clear water with fluorescent tones of turquoise and you can walk for miles without finding a living soul. The island has only two hundred residents. The accommodations are managed for generations by native families. Options are: Anegada Reef Hotel and Neptune’s Treasure. The dish of the island is lobster, no reason to complain.

Tortola

It is the largest (55 km²), the most populous of the BVI (just over twenty thousand inhabitants) and where is the capital, Road Town. Therefore, the excitement is slightly larger, with an open air market (Crafts Alive), with handicrafts. It has locations for sailing, diving and surfing and several hidden beaches, such as Smuggler’s Cove and its crescent moon shape. Here you will find over seventy hosting options (Treasure Isle Hotel, Peter Island Resort & Spa and Guana Island to only 32 people and others to enjoy the local cuisine (Quito’s Gazebo and Brandywine Bay). The trick is to taste the seafood and combine the various beers with salmon and shrimp canapés.

Islas Vírgenes Británicas

Descubiertas hace 520 años – en 1493 – por Cristóbal Colón, pero habitadas por indígenas desde el año 100 a. C., las hermosas Islas Vírgenes Británicas, conocidas como “la tierra que el tiempo olvidó”, hoy solo tienen alrededor de treinta mil habitantes. En total, son sesenta islas rodeadas de leyendas de piratas basadas en su historia, porque fue allí donde el temido Barbanegra, y tantos otros famosos nombres de la piratería, eligieron como refugio.

Tomada por los británicos en 1672 (antes, por allí pasaban españoles, holandeses y daneses), las BVI (en inglés) son territorio británico de Ultramar pero, a pesar de eso, tienen el dólar estadounidense como moneda. Y, para quienes gustan del calor, una característica espléndida: sol durante todo el año a temperaturas constantes entre 27 y 32 ° C.
A ochenta kilómetros al este de Puerto Rico, en la región del Mar Caribe Noroeste, las BVI tienen alrededor de treinta mil habitantes y una característica que se diferencia de otras islas del Caribe: tranquilidad (lo que significa que si quieres revolver el destino es otro) y aguas ideales para vela y pesca. La mayoría de las islas están ubicadas alrededor del Canal Sir Frances Drake, siendo las principales Tortola (donde la capital es Road Town, donde viven cerca de cinco mil personas), Virgen Gorda; Jost Van Dyke y Anegada. En todos ellos, un detalle interesante: ningún edificio puede ser más alto que las palmeras.

Los atractivos naturales conservados a lo largo de los siglos incluyen atolones de coral, especies en peligro de extinción, arrecifes repartidos por un mar multicolor y una extensa biodiversidad marina.

Las Islas Vírgenes Británicas brindan una experiencia única para quienes las conocen: uno puede, incluso con poca experiencia, navegar por sus aguas dada la tranquilidad del mar. Considerada como la Capital del Mundo de la Vela, el buen clima y los vientos constantes permiten a quienes quieran alquilar yates o veleros a catamaranes y navegar, sin mucha dificultad, en un radio de 80 km náuticos. En Tortola, más de setecientos barcos están disponibles para alquilar con o sin capitán o tripulación. Allí mismo puedes solicitar tu permiso de navegación, lo cual es fácil porque navegas a través de la vista, siguiendo los vientos alisios y con la posibilidad de atracar en diferentes bahías.

La pesca no te defraudará. En las Islas Vírgenes Británicas, ya se capturó una aguja azul atlántica de 590 kilos. Pero este no es el único desafío para el pescador. Con lugares de pesca secretos cerca de la costa y con una importante pesca en alta mar, 160 especies de peces (incluidos wahoo, atún, dorado, sábalo, dorado y el bonefisch / ubarana plateado que se encuentra en Anegada) se pueden pescar con el permiso del Ministerio de Naturaleza. 

Precisamente por esta abundancia, la cocina local se basa en el marisco. Su cocina combina el estilo caribeño con la influencia antillana. Así es en Roti, un sabroso pan indio elaborado con harina de trigo, sal y agua y relleno de carne o verduras. Y en Hongos, otra masa de pan, esta rellena de carne, marisco o verduras cocidas al horno o a la plancha. Y, por supuesto, otro de los atractivos de las mesas es la langosta. Uno de los platos principales de BVI es la Langosta de Anegada. Se preparan en bidones de aceite convertidos en parrillas y, en algunos lugares de Anegada, se sirven con flores violetas cosechadas por la mañana. Para acompañarlo, la bebida local: Analgésico, un cóctel helado que mezcla jugo de naranja, jugo de piña, crema de coco, cubierto con granadina recién rallada, nuez moscada y la porción correcta de ron oscuro premium.

Las numerosas calas, bahías, islotes y grandes arrecifes (muchos accesibles en lanchas que se pueden alquilar), permiten la práctica del buceo y el snorkel. Las Islas Vírgenes Británicas son conocidas como uno de los mejores lugares del mundo para los fanáticos de los deportes acuáticos como el surf, el kitesurf, el windsurf y el paddleboard. Para los que no sean expertos en la materia, existen establecimientos que enseñan a los niños los fundamentos del windsurf, el surf y el piragüismo. El Bitter End Yacht Club, en North Sound (Virgin Gorda), ofrece un campamento de deportes acuáticos para jóvenes de 13 a 17 años. Los niños menores de 12 años pueden inscribirse en el campamento infantil. Y en Porto Prospect Reef, Dolphin Discovery hace que niños y adultos naden con delfines en tres opciones de programas.

Cerca de Salt Island se encuentra el sitio de buceo más famoso del Caribe, donde tuvo lugar el naufragio del RMS Rhone. Un barco de pasajeros británico, de 94 metros de largo, fue azotado por un huracán en octubre de 1867, lo que provocó 123 muertos y solo unos pocos supervivientes. El sitio de buceo para ver muchos de los restos del antiguo barco no es muy difícil y la profundidad máxima es de 86 metros. Y si tienes venas de explorador, prepara el aliento: en las Islas Vírgenes Británicas hay más de doscientos naufragios. ¿Quién sabe si en tu inmersión, con suerte, no encontrarás un tesoro? El legendario Edward Teach, Barbanegra, navegó en las Islas Vírgenes Británicas y vivió en Soper’s Hole desde 1715 hasta 1718. Y la historia de los piratas no se detiene ahí: algunas de las islas (Cofre del Hombre Muerto y Thatch) tienen su origen en su pasado de piratería y saqueos. Dead Chest Island recibió su nombre después de un motín cuando el inglés Barbanegra dejó quince piratas y una botella de ron en la isla. Bellamy Cay lleva el nombre del príncipe pirata, Black Sam Bellamy, quien hizo de esta isla su base de operaciones.

Las Islas Vírgenes Británicas, como resulta, a pesar de no tener el “ajetreo y el bullicio” de otras atracciones caribeñas, se reservan experiencias peculiares. Y todo es tan bueno y agradable que el magnate Richard Branson compró una isla entera, Necker Island, donde instaló un resort muy exclusivo para atender solo a 28 personas.

Las islas principales

De las sesenta islas y bahías que componen las BVI (un territorio de 153 km²), solo quince están habitadas. Allí hay 260 habitantes por km², contra 23 en Brasil. El turismo representa el 45% de la renta nacional y para entrar a las Islas basta con tener un pasaporte válido. Hay cuatro islas principales en este archipiélago: Tortola, Virgin Gorda, Jost Van Dyke y Anegada.

Jost Van Dyke

Tomando el nombre de un pirata holandés, esta isla tiene unos doscientos habitantes en 10 km². Ni siquiera pienses en la televisión y las computadoras. Disfruta de esta isla conocida por sus bares y restaurantes, donde la calle principal, no te sorprendas, es la playa. Y llévate protector solar. El sol fuerte es la compañía de todo el tiempo hasta el punto que, al salir del mar, la ropa se seca en minutos. Para el alojamiento, la punta es el Sea Crest Inn con apartamentos frente al mar. También hay campamentos disponibles. Para comer, varios lugares. Conozca Abe’s by the Sea, que sirve platos de pescado exótico; Foxy’s Tamarind Bar, que ha estado en funcionamiento desde 1966; Ivan’s Street Free Bar, que adopta el lema “sin zapatos, sin camisa, sin problemas” (sin zapatos, sin camisa, sin problemas) y el Soggy Dollar Bar, donde nació Painkiller, la bebida de BVI.

Virgen Gorda

Descubierta por Colombo, recibe su nombre por la silueta de la isla que se asemeja a un vientre. En los 16 km² de la isla encontrarás montañas y varias playas, entre ellas, la que se considera una de las más bellas y exclusivas del mundo: Los Baños. Esta playa se encuentra en el extremo suroeste y es el resultado de explosiones volcánicas que amontonaron grandes bloques de granito que forman cuevas y pozas de agua cristalina. El primer complejo se construyó en la década de 1960: Little Dix Bay tiene un alojamiento de lujo. Si quieres más exclusividad, Biras Creek Resort (www.biras.com), que tiene sus 31 suites accesibles solo por barco o helicóptero. Si tiene hambre, Rock Café mezcla sabores caribeños, italianos y mexicanos; en Top of The Baths podrá disfrutar de langostas y en Fat Virgin’s Café, hay sopas y sándwiches caseros.

Anegada

Anegada o “Terra Afogada”, para los españoles, tiene su punto más alto a solo 8,4 metros sobre el nivel del mar y solo se puede llegar a ella en avión, ferry o barco. Las playas de esta isla tienen arena blanca, agua traslúcida con tonos turquesas fluorescentes y puedes caminar kilómetros por sus arenas sin encontrar un alma. La isla tiene solo doscientos habitantes. Los alojamientos han sido gestionados durante varias generaciones por familias nativas. Las opciones son: Anegada Reef Hotel y Neptune’s Treasure. El plato de la isla es la langosta. Entonces, no hay razón para quejarse.

Tortola

Es el más grande (55 km²), el más poblado de las BVI (poco más de veinte mil habitantes) y donde está la capital, Road Town. Por esta razón, la emoción es un poco mayor aquí, con un mercado al aire libre (Crafts Alive), donde hay una gran cantidad de artesanías. Tiene lugares para navegar, bucear y hacer surf y varias playas escondidas, como Smuggler’s Cove y su forma de media luna. Aquí encontrará más de setenta opciones de alojamiento (Treasure Isle Hotel; Peter Island Resort & Spa y Guana Island, para solo 32 personas) y otros para disfrutar de la gastronomía local (Gazebo de Quito y Brandywine Bay). El consejo es probar los mariscos y combinar las diferentes cervezas con canapés de salmón y camarones.

Comentários

Leave A Comment