Areia é uma cidade na Paraíba, a quase 130 km da capital João Pessoa, que foge totalmente dos padrões de um local no sertão: lá a temperatura média anual de 22,5ºC, sendo que no inverno pode chegar a 12ºC.

Lá o casario colonial é preservado, as igrejas são seculares, o teatro é histórico e as ruas de paralelepípedo guardam joias da arquitetura colonial, engenhos da época do Ciclo do Açúcar e, recentemente, a nova Rota das Flores.

Nessa cidade paraibana o turista pode vivenciar experiências novas sem ficar preso definitivamente ao conceito sol e mar, muito comum na região Nordeste.

Além de oferecer um clima serrano, com temperaturas agradáveis, o visitante pode realizar visitas a engenhos, idas a museus, se embrenhar em uma autêntica expedição gastronômica ou ainda visitar dezenas de produtores que cultivam flores de todas as formas e cores.

Areia oferta restaurantes rurais de beira de estrada e outros mais sofisticados. A área central da cidade tem ruas de paralelepípedo e casinhas coloridas bem preservadas. O conjunto histórico e urbanístico é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 2006. A essência dos séculos 18 e 19 dá ao destino um charme todo especial. Nos casarões é comum os moradores deixarem um vaso de flores apoiado na janela, ampliando ainda mais o clima de cidade serrana.

Para chegar ao município de quase 25 mil habitantes é preciso subir a Serra da Borborema. No verão a brisa ajuda a enfrentar as temperaturas altas e no inverno os visitantes podem usar blusas de meia estação, botas e casquinhos para experimentar o ar geladinho e bastante refrescante que sopra nessa região. A Serra da Borborema cerca boa parte do Brejo Paraibano. Eis a explicação para temperaturas amenas, onde nos meses de inverno os termômetros beiram os 10ºC.

Terra de alambiques e flores

Por ter feito parte do Ciclo do Açúcar no século 18, Areia é cercada por engenhos. À época, a maioria das mais de 250 propriedades ativas se dedicava a produção de açúcar e melaço. Atualmente, pouco menos de duas dezenas resistiram à passagem do tempo e sobrevivem da cachaça. Entre elas, o Engenho Triunfo é responsável pela produção do rótulo mais famoso da Paraíba, encontrado com facilidade em bares e restaurantes.

Engenho Triunfo. Divulgação

O Engenho é aberto à visitação do público. O passeio guiado custa R$ 30 e inclui passagem pelos galpões de moagem, fermentação e destilagem, além de degustação.

É um roteiro que resgata o passado e ainda preserva o futuro da bebida que deu a Areia o título de Capital Nordestina da Cachaça.

Há outras propriedades que recebem visitas, como o Engenho Ipueira, considerado também um ícone local. Inaugurado em 1936 por Donato Feitosa, o lugar iniciou à época a produção de açúcar mascavo e cachaça. O maquinário desse Engenho é uma relíquia inglesa e a área tem nada menos de 400 hectares, dos quais 42 são destinados à criação de gado nelore. Atualmente produz também mel de excelente qualidade. Assim como no Engenho Triunfo, os proprietários contam, em detalhes, como a cachaça é produzida e resgatam histórias do passado. No Engenho Ipueira vale também visitar a produção de hortaliças orgânicas.

Outro destaque é Engenho Santa Vitória, datado de 1870. Atualmente produz cachaça e já produziu bastante rapadura no passado. A produção é em larga escala atendendo praticamente todo o mercado nacional.

O Caminho dos Engenhos é um novo produto turístico de Areia e ele começa no Museu da Rapadura.

Uma cidade do século 19

Areia é repleta de lembranças do passado. A cidade foi fundada no século 19, a 18 de maio de 1846, depois de ter sido vila e povoado. Parece um presépio de tão perfeita. O nome do município não é uma homenagem ao relevo montanhoso e de terra escura, mas a um riacho margeado por porções de areia clara. O curso d’água era a principal referência para os exploradores do brejo paraibano encontrarem a cidade.

As atrações relacionadas ao Ciclo do Açúcar incluem o óbvio, engenhos, mas passam por lugares inusitados, como o campus da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O Museu da Rapadura, também conhecido como Museu do Brejo Paraibano, é uma boa pedida para viajar no tempo. Quem visita o local, onde funciona o Centro de Ciências Agrárias, pode ver peças originais de 1870. Entre elas, um alambique de barro, utilizado na produção de cachaça exclusiva para os donos da propriedade. Os visitantes têm acesso a uma autêntica moenda movida por escravos e a todo o sistema de produção do açúcar mascavo, da cachaça e da rapadura.

TURISMO: Estados do Brasil onde a cachaça é a atração

Teatro Minerva

Outra atração que vale a pena visitar no centro da cidade é o Teatro Minerva, o primeiro construído na Paraíba. Fica na R. Epitácio Pessoa.

O local foi palco por vários anos de apresentações de música clássica, peças de teatro, concertos e até óperas internacionais. No passado Areia era também um importante centro cultural e de arte da região Nordeste e um dos mais importantes da Paraíba.

Museu Regional e Casa de Pedro Américo

O Museu Regional de Areia, na R. Professor Xavier Júnior, merece entrar no roteiro. O acervo reúne obras de arte e relíquias dos índios da etnia bruxaxá, nativos da região do brejo.

Para quem gosta de história, uma visita a Casa de Pedro Américo, artista que pintou o famoso quadro “O grito do Ipiranga”, é obrigatória. Do outro lado da avenida, próximo da Praça João Pessoa, o espaço funciona como museu e conta com réplicas de obras do artista paraibano que ficou internacionalmente conhecido e preserva parte de sua história, além de alguns de seus objetos pessoais.

Delícias regionais

Uma pausa nas visitações a museus e engenhos merece uma boa refeição.

Em Areia, há restaurantes que valem a viagem. O local na verdade é um destino turístico bastante inclusivo em termos de gastronomia.

O restaurante interessante é o Bambu Brasil, que fica dentro da Pousada Villa Real, tem vista maravilhosa e atendimento perfeito. É mais intimista e tem cardápio variado.

Bambu Brasil. Divulgação

Às margens da PB-079, o Restaurante Rural Vó Maria é administrado por moradores da comunidade Chã de Jardim. De fato, o espaço se parece com uma casa de vó. Rústico, serve pratos tradicionais feitos com carne de bode e de sol, farinha, feijão-verde e outros. Os insumos utilizados na cozinha vêm de produtores locais. Destaque para as polpas de fruta, produzidas sem água, e para os bolos servidos de manhã e à tarde. Aos fins de semana, é comum que haja filas no local. Portanto, programe-se para chegar cedo.

Outra opção para almoçar ou jantar em Areia é o restaurante Matuta Adaptado, tem um excelente buffet variado e dezenas de opções para petiscar.

Vale ainda visitar e experimentar o De’ Lelis, que tem foco na comida regional com receitas inspiradoras.

Outro destaque é para o cardápio democrático do Aroma da Serra, que oferece sabor e criatividade em sua gastronomia contemporânea e é o pioneiro na região em oferecer deliciosos pratos veganos.

Quem prefere algo mais casual pode ir a cafeteria A Talha. O local tem uma atmosfera aconchegante e romântica. Experimente a tapioca Maria Bonita com flores comestíveis.

A Tralha. Foto: Gilberto Batista

Aliás, todos os restaurantes de Areia têm em seu cardápio essas flores que abusam da criatividade.

Para a noite, o Food Park Emporium 31 tem quiosques bem-organizados e bastante coloridos e é uma experiência vibrante e única que une sabores a uma estética perfeita. Tem pratos regionais, lanches gourmet, e pratos internacionais, uma excelente opção para turistas e toda a família.

Outro local imperdível é a famosa Casa do Doce na hora da sobremesa. Acessível pela PB-079, o espaço, uma cabana coberta por palha, reúne combinações de sabores inusitadas. A macacada é o doce mais famoso. Leva mamão, banana, coco, rapadura e canela. Experimente também o doce de leite com toques de café e canela.

Areia tem três títulos importantes que são: Capital da Cachaça, Capital Paraibana das Flores e Patrimônio Cultural Nacional. Quem tem feito a diferença pela consolidação do turismo local é o Sebrae-PB que recentemente entregou ao Brejo Paraibano a importante Rota das Flores.

Na parte cultural e histórica, Areia tem ainda duas igrejas que são consideradas algumas das mais antigas da Paraíba: Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e a Igreja Nossa Senhora da Conceição. Ambas atualmente estão sobre rigoroso restauro do Iphan, e devem ser reabertas para visitação a partir do próximo ano. Vale destacar também a Primeira Senzala Urbana da Paraíba, o Casarão José Rufino.

Para quem deseja ir às compras, leve em sua viagem uma bolsa vazia porque além das cachaças e doces, é possível visitar locais que incentivam arte e artesanato, como a Casa Amor, Chã da Pia, Talha Artesanato e vários pintores e artistas locais que já são destaque no Brasil e mundo afora. Além disso, floriculturas ofertam flores coloridas e de produção local para decoração.

Onde ficar

Casa do Lago

A Pousada Casa do Lago oferece uma experiência única de hospedagem no Brejo Paraibano. Tem apartamentos confortáveis, café da manhã, serviço personalizado, piscina e é cercado de natureza por todos os lados. A observação de pássaros é um presente diário aos frequentadores.

Pousada Diamante da Serra

Bem na área central, a Diamante da Serra oferece uma estrutura com boa internet e café da manhã. Os apartamentos são completos e o serviço é bastante elogiado.

Villa Real

A Pousada Villa Real é um empreendimento icônico, cercado por jardins floridos e decoração contemporânea e rústica. Tem café da manhã e um restaurante com pratos exclusivos.

Pousada Villa Real. Divulgação

Hotel Fazenda Triunfo

Equilíbrio da natureza aliado ao máximo bem-estar. No Hotel Fazenda Triunfo a hospedagem é relaxante e propicia conforto e amplo relaxamento. Gastronomia prima em detalhes e os turistas dão nota máxima de atendimento.

Com apoio Assimptur Assessoria de Imprensa

In Brejo Paraibano, Areia has artisanal cachaça, flowers and lots of history

Areia is a city in Paraíba, almost 130 km from the capital João Pessoa, which completely deviates from the standards of a place in the backlands: there the average annual temperature is 22.5ºC, and in winter it can reach 12ºC.

There the colonial houses are preserved, the churches are secular, the theater is historic and the cobblestone streets hold jewels of colonial architecture, mills from the Sugar Cycle era and, recently, the new Flower Route.

In this city in Paraíba, tourists can enjoy new experiences without being definitively tied to the concept of sun and sea, very common in the Northeast region.

In addition to offering a mountain climate, with pleasant temperatures, visitors can visit mills, go to museums, embark on an authentic gastronomic expedition or even visit dozens of producers who grow flowers of all shapes and colors.

Areia offers rural roadside restaurants and other more sophisticated ones. The central area of the city has cobblestone streets and well-preserved colorful houses. The historic and urban complex has been listed by the National Historical and Artistic Heritage Institute (Iphan) since 2006. The essence of the 18th and 19th centuries gives the destination a very special charm. In mansions, it is common for residents to leave a vase of flowers resting in the window, further enhancing the mountain town atmosphere.

To reach the municipality of almost 25 thousand inhabitants you have to climb Serra da Borborema. In summer, the breeze helps to combat the high temperatures and in winter, visitors can wear mid-season blouses, boots and shells to experience the cold and very refreshing air that blows in this region. Serra da Borborema surrounds a large part of Brejo Paraibano. This is the explanation for mild temperatures, where in the winter months thermometers reach around 10ºC.

Land of stills and flowers

Because it was part of the Sugar Cycle in the 18th century, Areia is surrounded by mills. At the time, most of the more than 250 active properties were dedicated to the production of sugar and molasses. Currently, just under two dozen have resisted the passage of time and survive on cachaça. Among them, Engenho Triunfo is responsible for producing the most famous label in Paraíba, easily found in bars and restaurants.

The Engenho is open to public visits. The guided tour costs R$30 and includes a visit to the milling, fermentation and distillation warehouses, as well as a tasting.

It is an itinerary that rescues the past and still preserves the future of the drink that gave Areia the title of Capital of the Northeast of Cachaça.

There are other properties that receive visitors, such as Engenho Ipueira, also considered a local icon. Opened in 1936 by Donato Feitosa, the place began producing brown sugar and cachaça at the time. The machinery at this mill is an English relic and the area covers no less than 400 hectares, of which 42 are used for raising Nelore cattle. Currently it also produces excellent quality honey. Just like at Engenho Triunfo, the owners tell, in detail, how cachaça is produced and bring back stories from the past. At Engenho Ipueira it is also worth visiting the organic vegetable production.

Another highlight is Engenho Santa Vitória, dating from 1870. It currently produces cachaça and has produced a lot of rapadura in the past. Production is on a large scale, serving practically the entire national market.
The Caminho dos Engenhos is a new tourist product in Areia and it starts at the Rapadura Museum.

A 19th century city

Sand is full of memories of the past. The city was founded in the 19th century, on May 18, 1846, after having been a town and a settlement. It looks like a nativity scene, it’s so perfect. The name of the municipality is not a tribute to the mountainous and dark land, but to a stream bordered by portions of light sand. The watercourse was the main reference for explorers of the Paraíba swamp to find the city.

Attractions related to the Sugar Cycle include the obvious, sugar mills, but they pass through unusual places, such as the campus of the Federal University of Paraíba (UFPB). The Rapadura Museum, also known as the Brejo Paraibano Museum, is a good choice for traveling back in time. Anyone visiting the site, where the Agricultural Sciences Center operates, can see original pieces from 1870. Among them, a clay still, used in the production of cachaça exclusive to the owners of the property. Visitors have access to an authentic mill powered by slaves and the entire brown sugar, cachaça and rapadura production system.

Minerva Theater

Another attraction worth visiting in the city center is the Minerva Theater, the first built in Paraíba. It is on R. Epitácio Pessoa.

The place was the stage for several years of classical music performances, plays, concerts and even international operas.

In the past, Areia was also an important cultural and art center in the Northeast region and one of the most important in Paraíba.

Regional Museum and House of Pedro Américo

The Areia Regional Museum, on R. Professor Xavier Júnior, deserves to be included in the itinerary. The collection brings together works of art and relics from the Witchaxá Indians, natives of the brejo region.

For those who love history, a visit to the House of Pedro Américo, the artist who painted the famous painting “The Ipiranga Scream”, is a must. On the other side of the avenue, close to Praça João Pessoa, the space functions as a museum and has replicas of works by the artist from Paraíba who became internationally known and preserves part of his history, as well as some of his personal objects.

The Ipiranga Scream

Regional delicacies

A break from visiting museums and mills deserves a good meal.

In Areia, there are restaurants that are worth the trip. The place is actually a very inclusive tourist destination in terms of gastronomy.

On the banks of PB-079, Restaurante Rural Vó Maria is managed by residents of the Chã de Jardim community. In fact, the space looks like a grandma’s house. Rustic, it serves traditional dishes made with goat meat, sun-dried meat, flour, green beans and others. The inputs used in the kitchen come from local producers. Highlights include the fruit pulp, produced without water, and the cakes served morning and afternoon. On weekends, it is common for there to be queues at the place. Therefore, plan to arrive early.

Another option for lunch or dinner in Areia is the Matuto Adaptado restaurant, it has an excellent varied buffet and dozens of options for snacking.

It’s also worth visiting and trying De’ Lelis, which focuses on regional food with inspiring recipes.

Another interesting restaurant is Bambu Brasil, which is located inside Pousada Villa Real, has a wonderful view and perfect service. It’s more intimate and has a varied menu.

Another highlight is Aroma da Serra’s democratic menu, which offers flavor and creativity in its contemporary cuisine and is the pioneer in the region in offering delicious vegan dishes.

Those who prefer something more casual can go to the A Talha coffee shop. The place has a cozy and romantic atmosphere. Try Maria Bonita tapioca with edible flowers.

In fact, all the restaurants in Areia have these flowers on their menu that use creativity.

At night, the Food Park Emporium 31 has well-organized and very colorful kiosks and is a vibrant and unique experience that combines flavors with a perfect aesthetic. It has regional dishes, gourmet snacks, and international dishes, an excellent option for tourists and the whole family.

Another unmissable place is the famous Casa do Doce at dessert time. Accessible via PB-079, the space, a straw-covered hut, brings together unusual combinations of flavors. The macacada is the most famous sweet. It contains papaya, banana, coconut, brown sugar and cinnamon. Also try the dulce de leche with touches of coffee and cinnamon.

Areia has three important titles: Capital of Cachaça, Capital of Paraibana das Flores and National Cultural Heritage. The person who has made a difference in consolidating local tourism is Sebrae-PB, which recently handed over the important Rota das Flores to Brejo Paraibano.

On the cultural and historical side, Areia also has two churches that are considered some of the oldest in Paraíba: Nossa Senhora do Rosário dos Pretos and the Nossa Senhora da Conceição church. Both are currently undergoing rigorous restoration by Iphan, and should be reopened for visitors from next year. It is also worth highlighting the First Urban Senzala da Paraíba, Casarão José Rufino.

For those who want to go shopping, take an empty bag on your trip because in addition to cachaças and sweets, you can visit places that encourage art and crafts, such as Casa Amor, Chã da Pia, Talha Artesanato and several local painters and artists who have already are highlighted in Brazil and around the world. In addition, flower shops offer colorful, locally produced flowers for decoration.

Where to stay

Lake House

Pousada Casa do Lago offers a unique accommodation experience in Brejo Paraibano. It has comfortable apartments, breakfast, personalized service, swimming pool and is surrounded by nature on all sides. Bird watching is a daily gift to visitors.

Pousada Diamante da Serra

Right in the central area, Diamante da Serra offers a structure with good internet and breakfast. The apartments are complete and the service is highly praised.

Villa Real

Pousada Villa Real is an iconic development, surrounded by flower gardens and contemporary and rustic decor. It has breakfast and a restaurant with exclusive dishes.

Hotel Fazenda Triunfo

Balance of nature combined with maximum well-being. At Hotel Fazenda Triunfo, accommodation is relaxing and provides comfort and ample relaxation. Gastronomy excels in detail and tourists give top marks for service.

With support from Assimptur Press Office

En Brejo Paraibano, Areia tiene cachaça artesanal, flores y mucha historia

Areia es una ciudad de Paraíba, a casi 130 km de la capital João Pessoa, que se desvía completamente de los estándares de un lugar del interior del país: allí la temperatura media anual es de 22,5ºC, y en invierno puede alcanzar los 12ºC.

Allí se conservan las casas coloniales, las iglesias son seculares, el teatro es histórico y las calles empedradas guardan joyas de la arquitectura colonial, ingenios de la época del Ciclo Azucarero y, recientemente, la nueva Ruta de las Flores.

En esta ciudad de Paraíba, los turistas pueden disfrutar de nuevas experiencias sin quedar definitivamente atados al concepto de sol y mar, muy común en la región Nordeste.

Además de ofrecer un clima de montaña, con temperaturas agradables, los visitantes pueden visitar molinos, acudir a museos, embarcarse en una auténtica expedición gastronómica o incluso visitar decenas de productores que cultivan flores de todas las formas y colores.

Areia ofrece restaurantes rurales de carretera y otros más sofisticados. La zona central de la ciudad tiene calles adoquinadas y casas coloridas bien conservadas. El conjunto histórico y urbano está catalogado por el Instituto del Patrimonio Histórico y Artístico Nacional (Iphan) desde 2006. La esencia de los siglos XVIII y XIX confieren al destino un encanto muy especial. En las mansiones, es habitual que los residentes dejen un jarrón con flores apoyado en la ventana, realzando aún más el ambiente de pueblo de montaña.

Para llegar al municipio de casi 25 mil habitantes hay que subir a la Serra da Borborema. En verano, la brisa ayuda a combatir las altas temperaturas y en invierno, los visitantes pueden usar blusas, botas y conchas de entretiempo para experimentar el aire frío y muy refrescante que sopla en esta región. La Serra da Borborema rodea gran parte de Brejo Paraibano. Ésta es la explicación de las temperaturas suaves, donde en los meses de invierno los termómetros rondan los 10ºC.

Fotografía: Canindé Soares

Tierra de alambiques y flores

Debido a que formó parte del Ciclo del Azúcar en el siglo XVIII, Areia está rodeada de molinos. En ese momento, la mayoría de las más de 250 propiedades activas se dedicaban a la producción de azúcar y melaza. Actualmente, poco menos de dos docenas han resistido el paso del tiempo y sobreviven a base de cachaza. Entre ellos, Engenho Triunfo es responsable de producir la etiqueta más famosa de Paraíba, fácilmente encontrada en bares y restaurantes.

El Engenho está abierto a las visitas del público. La visita guiada cuesta R$ 30 e incluye visita a las bodegas de molienda, fermentación y destilación, además de una degustación.

Es un itinerario que rescata el pasado y aún preserva el futuro de la bebida que dio a Areia el título de Capital del Nordeste de la Cachaça.

Hay otras propiedades que reciben visitantes, como Engenho Ipueira, también considerada un ícono local. Inaugurado en 1936 por Donato Feitosa, el lugar comenzó en aquella época a producir piloncillo y cachaça. La maquinaria de este molino es una reliquia inglesa y su superficie abarca nada menos que 400 hectáreas, de las cuales 42 se utilizan para la cría de ganado Nelore. Actualmente también produce miel de excelente calidad. Al igual que en Engenho Triunfo, los propietarios cuentan detalladamente cómo se produce la cachaça y traen historias del pasado. En Engenho Ipueira también vale la pena visitar la producción de hortalizas orgánicas.

Otro punto destacado es Engenho Santa Vitória, que data de 1870. Actualmente produce cachaza y en el pasado produjo mucha rapadura. La producción es a gran escala, atendiendo prácticamente a todo el mercado nacional.
El Camino dos Engenhos es un nuevo producto turístico en Areia y comienza en el Museo Rapadura.

Una ciudad del siglo XIX

Sand está llena de recuerdos del pasado. La ciudad fue fundada en el siglo XIX, el 18 de mayo de 1846, después de haber sido villa y asentamiento. Parece un belén, es tan perfecto. El nombre del municipio no es un homenaje a la tierra montañosa y oscura, sino a un arroyo bordeado por porciones de arena clara. El curso de agua fue la principal referencia para que los exploradores del pantano de Paraíba encontraran la ciudad.

Los atractivos relacionados con el Ciclo del Azúcar incluyen los obvios ingenios azucareros, pero pasan por lugares insólitos, como el campus de la Universidad Federal de Paraíba (UFPB). El Museo Rapadura, también conocido como Museo Brejo Paraibano, es una buena opción para viajar en el tiempo. Quien visite el sitio, donde funciona el Centro de Ciencias Agrícolas, podrá ver piezas originales de 1870. Entre ellas, un alambique de barro, utilizado en la producción de cachaça exclusivo de los dueños de la propiedad. Los visitantes tienen acceso a un auténtico molino impulsado por esclavos y a todo el sistema de producción de panela, cachaza y rapadura.

Teatro Minerva

Otro atractivo digno de visitar en el centro de la ciudad es el Teatro Minerva, el primero construido en Paraíba. Está en R. Epitácio Pessoa.

El lugar fue escenario durante varios años de actuaciones de música clásica, obras de teatro, conciertos e incluso óperas internacionales. En el pasado, Areia también fue un importante centro cultural y artístico de la región Nordeste y uno de los más importantes de Paraíba.

Museo Regional y Casa de Pedro Américo

El Museo Regional de Areia, en la R. Profesor Xavier Júnior, merece ser incluido en el itinerario. La colección reúne obras de arte y reliquias de los indios Witchaxá, originarios de la región de brejo.

Para los amantes de la historia, es imprescindible una visita a la Casa de Pedro Américo, el artista que pintó el famoso cuadro “El Grito de Ipiranga”. Del otro lado de la avenida, cerca de la Praça João Pessoa, el espacio funciona como museo y tiene réplicas de obras del artista paraibeño que se hizo conocido internacionalmente y conserva parte de su historia, además de algunos de sus objetos personales.

El Grito de Ipiranga

Delicias regionales

Un descanso de las visitas a museos y molinos merece una buena comida.

En Areia hay restaurantes que merecen la pena el viaje. El lugar es en realidad un destino turístico muy inclusivo en cuanto a gastronomía se refiere.

A orillas de la PB-079, el Restaurante Rural Vó Maria está gestionado por vecinos de la comunidad Chã de Jardim. De hecho, el espacio parece la casa de una abuela. Rústico, sirve platos tradicionales elaborados con carne de chivo, carne secada al sol, harina, judías verdes y otros. Los insumos utilizados en la cocina provienen de productores locales. Destacan la pulpa de la fruta, elaborada sin agua, y las tartas que se sirven por la mañana y por la tarde. Los fines de semana es común que haya colas en el lugar. Por lo tanto, planee llegar temprano.

Otra opción para almorzar o cenar en Areia es el restaurante Matuto Adaptado, cuenta con un excelente buffet variado y decenas de opciones para picar.

También vale la pena visitar y probar De’ Lelis, que se centra en comida regional con recetas inspiradoras.

Otro restaurante interesante es Bambu Brasil, que se encuentra dentro de la Pousada Villa Real, tiene una vista maravillosa y un servicio perfecto. Es más íntimo y tiene una carta variada.

Otro destaque es el democrático menú de Aroma da Serra, que ofrece sabor y creatividad en su cocina contemporánea y es pionero en la región en ofrecer deliciosos platos veganos.

Aquellos que prefieran algo más informal pueden acudir a la cafetería A Talha. El lugar tiene un ambiente acogedor y romántico. Pruebe la tapioca María Bonita con flores comestibles.

De hecho, todos los restaurantes de Areia tienen en su carta estas flores que echan mano de la creatividad.

Por la noche, el Food Park Emporium 31 cuenta con quioscos bien organizados y muy coloridos y es una experiencia vibrante y única que combina sabores con una estética perfecta. Cuenta con platos regionales, snacks gourmet y platos internacionales, una excelente opción para turistas y toda la familia.

Otro lugar imperdible es la famosa Casa do Doce a la hora del postre. Accesible por la PB-079, el espacio, una cabaña cubierta de paja, reúne combinaciones de sabores insólitas. La macacada es el dulce más famoso. Contiene papaya, plátano, coco, panela y canela. Prueba también el dulce de leche con toques de café y canela.

Areia tiene tres títulos importantes: Capital de la Cachaça, Capital de Paraibana das Flores y Patrimonio Cultural Nacional. Quien ha marcado la diferencia en la consolidación del turismo local es el Sebrae-PB, que recientemente entregó la importante Rota das Flores a Brejo Paraibano.

En el aspecto cultural e histórico, Areia también cuenta con dos iglesias que son consideradas algunas de las más antiguas de Paraíba: Nossa Senhora do Rosário dos Pretos y la iglesia Nossa Senhora da Conceição. Actualmente ambos están siendo restaurados rigurosamente por Iphan y deberían reabrirse para los visitantes a partir del próximo año. También vale la pena destacar la Primera Senzala Urbana de Paraíba, Casarão José Rufino.

Para aquellos que quieran ir de compras, lleven una bolsa vacía en su viaje porque además de cachaças y dulces, podrán visitar lugares que fomentan el arte y la artesanía, como Casa Amor, Chã da Pia, Talha Artesanato y varios pintores y artistas locales. que ya se destacan en Brasil y en el mundo. Además, las floristerías ofrecen flores coloridas de producción local para decoración.

Donde quedar

Casa del Lago

Pousada Casa do Lago ofrece una experiencia de alojamiento única en Brejo Paraibano. Cuenta con cómodos departamentos, desayuno, servicio personalizado, piscina y está rodeado de naturaleza por todos lados. La observación de aves es un regalo diario para los visitantes.

Pousada Diamante da Serra

Justo en la zona central, Diamante da Serra ofrece una estructura con buen internet y desayuno. Los apartamentos son completos y el servicio es muy elogiado.

Villa Real

Pousada Villa Real es un desarrollo icónico, rodeado de jardines de flores y una decoración rústica y contemporánea. Cuenta con desayuno y un restaurante con platos exclusivos.

Hotel Hacienda Triunfo

Equilibrio de la naturaleza combinado con el máximo bienestar. En el Hotel Fazenda Triunfo, el alojamiento es relajante y brinda comodidad y amplia relajación. La gastronomía destaca en los detalles y los turistas dan las mejores calificaciones por el servicio.

Con el apoyo de la Oficina de Prensa de Assimptur

Comentários

Leave A Comment