Os 27 países da União Europeia (UE) discutiram ontem (25 de fevereiro) a criação de “passaporte sanitário” para permitir que apenas pessoas vacinadas contra o novo coronavírus viagem livremente dentro de suas fronteiras. O tema foi discutido em reunião virtual dos líderes dos países, mas ainda não há consenso. “Queremos um passaporte verde em nível europeu, com o qual se possa viajar livremente para negócios ou turismo”, escreveu no Twitter o chanceler da Áustria, Sebastian Kurz.

A ideia conta com o apoio da Grécia e mira incentivar o turismo no próximo verão europeu, a partir do fim de junho. Outro defensor da medida é o polonês Donald Tusk, presidente do Partido Popular Europeu (PPE), dono da maior bancada no Euro parlamento.

“Apoio plenamente o certificado de vacinação comum europeu”, escreveu Tusk no Twitter. No entanto, países como Alemanha e Bélgica consideram essa discussão prematura, já que ainda existem poucos dados sobre a capacidade de pessoas vacinadas transmitirem o vírus.

Após a reunião desta quinta, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, defendeu que os 27 membros adotem uma abordagem única sobre a questão, mas disse que o desenvolvimento de um sistema comunitário para o passaporte sanitário exigiria pelo menos três meses.

Segundo ela, os líderes concordaram que esse certificado deve utilizar a “menor quantidade possível da dados” dos cidadãos. “Se não conseguirmos, iniciativas bilaterais podem criar ainda mais dificuldades”, declarou Von der Leyen.

A chefe do Executivo da União Europeia disse que o diálogo com os membros continuará em março, mas que o debate deve levar em conta tanto o risco de discriminação contra não-vacinados – principalmente em um contexto de escassez de doses – quanto a importância do turismo para muitos países.

Fonte: Ansa

Foto: Ansa/Telenews

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