Um feliz conjunto de design e mecânica fazem deste novo modelo da Renault um candidato aos SUV’s mais vendidos? Após percorrer 594 km em um circuito misto cidade e estrada com o Renault Captur 2.0 Intense, acredito que sim.

Atraindo olhares por onde passa, esta versão top de linha sai por R$ 96,300 já incluídos seus dois opcionais, pintura biton, marfim com teto preto nacré (R$ 2.900) e bancos revestidos parcialmente em couro (R$ 1.500).  Já as versões básicas 1.6 SCe Zen partem de R$ 78,900 com câmbio manual e a recém lançada CVT X-Tronic, R$ 84,900.

Equipado com pneus Continental Contycross Contact LX2, 215/60 R17, direção eletro-hidráulica, e com o robusto motor 2.0 flex de 143/148 CV agora com maior eficiência energética, aliado à convencional caixa automática de quatro velocidades, antiga na concepção, mas atualizada eletronicamente, você tem em todas as condições de rodagem, um carro sempre à mão.

Com estas melhorias, nesse test drive fizemos a média de 10 km/l utilizando gasolina.

Você ainda pode ativar, no ciclo urbano, a função Eco-mode que faz as marchas serem passadas em um giro mais reduzido, o que nesta versão 2.0 não é sinônimo de perda de potência, o carro continua ágil mas consumindo menos.

No ciclo rodoviário não faz diferença.

Arrebatador

Tudo isso em um interior ergonômico, espaçoso e confortável. Faltam alguns itens básicos, tais como: espelho retrovisor eletrocrômico, luzes de cortesia nos para-sóis, comandos do volante com iluminação e vidros com controle antivácuo. No conjunto mecânico faltam freios a disco nas quatro rodas, que até o antigo Scénic tinha.

Se o exterior é arrebatador, o interior nem tanto.

Seu painel de instrumentos é amplo, sinuoso, mas de plástico duro, assim como o revestimento das portas, o que traz um ar de simplicidade que contrasta com o belo design do lado de fora.

Já os mostradores são bem visíveis e de fácil leitura, com as informações do computador de bordo de seis funções centralizadas no topo do LCD do velocímetro.

Os principais comandos estão todos à mão facilitando o uso e mantendo os olhos do motorista na estrada.

Os bancos têm bom acabamento, seguram bem o corpo mas todos os seus ajustes são mecânicos.

O carro acomoda bem cinco pessoas e o seu porta-malas de 437 litros é amplo e bem-acabado.

Na estrada, a rodagem é silenciosa, o que demostra cuidado na utilização de materiais fonoabsorventes. Porém, na unidade testada a coluna central do lado do motorista deixou passar o ruído do vento.

Dentre os diversos itens de conforto e segurança do Renautlt Captur 2.0 Intense  destacam-se: o controle de estabilidade e tração; sua chave-cartão com sistema hands free que detecta, abre as portas, libera a ignição e comanda o alarme periférico; os faróis de neblina,  com função Cornering Light onde a luz de LED acende automaticamente para  o lado em que  o volante for esterçado; as luzes diurnas em LED no formato C;  o assistente de partida em rampas;  os quatro airbags; os cintos de segurança de três pontos para todos; os sensores de chuva e luminosidade; o ar condicionado automático e o já conhecido mídia nav da Renault com GPS e câmera de ré.

Carlos Fernando Schrappe Borges

Publicado no Aeroporto Jornal – julho/2017

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