TALVEZ VOCÊ NÃO SAIBA: a radiação ultravioleta A ultrapassa vidros e janelas do avião e, em altas altitudes, as doses de radiação são mais elevadas. Por isso, se reservou seu assento na janela e a viagem for longa, use protetor solar. O conselho é da dermatologista paulista Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da American Academy of Dermatology (AAD).

Ela explica que “existem dois tipos de radiação UV ligada ao câncer de pele, UVA [ultravioleta A] e UVB [ultravioleta B]. Quando você está em um avião, a radiação UVB, mais associada a queimaduras solares, é bloqueada pelas janelas do avião, mas a radiação UVA não é. Como você está muito mais perto da camada de ozônio, os raios do sol são muito mais nocivos”.

Um estudo publicado na revista de Dermatologia da Associação Médica Americana revelou, em 2015, que os pilotos que voavam por cerca de 56 minutos recebem a mesma quantidade de radiação UVA carcinogênica que 20 minutos em uma cama de bronzeamento.

A dermatologista recomenda para voos longos:

– Use protetor solar de “alta proteção” de pelo menos FPS 30 e PPD 10;

– Use o equivalente a uma colher de chá para o rosto todo e aplique também no pescoço e nos braços;

– Reaplique a cada 2 horas;

– Prefira fórmulas que contenham antioxidantes e ativos hidratantes, por conta do ressecamento da pele dentro do avião;

– Os óculos de sol podem evitar o contato da radiação com as pálpebras, região de pele extremamente fina e suscetível ao câncer;

– Feche a janela sempre que não quiser ver a paisagem;

– Mantenha bebês e crianças pequenas fora da luz solar direta.

Publicada na Now Boarding – junho/2018

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