A pequena cidade italiana de Pietrasanta, localizada na região da Toscana, possui um recorde para encantar qualquer amante das artes: é a comuna que possui o centro histórico com a maior quantidade de galerias de arte por metro quadrado do país, talvez do mundo.
São cerca de quarenta galerias, uma a cada 40 metros, em seus cerca de 1.600 metros (lineares) em quatro ruas principais e a praça do Domo. O estudo feito pela prefeitura local em parceria com as galerias, lembra que o pequeno centro histórico foi criado no século 13, sempre tendo a arte em seu DNA.
Com seus pouco mais de 24 mil habitantes, a localidade vem atraindo, ano a ano, cada vez mais galerias. Em 2015, por exemplo, elas eram 32.
“Em cinco anos, o setor continuou a evoluir e crescer graças à exuberância cultural de uma cidade que deve a sua fama histórica à presença dos mais habilidosos artesãos, com quase cinquenta laboratórios artísticos para o processamento de mármore e bronze, outro recorde nacional, e à presença dos maiores artistas contemporâneos, como Fernando Botero, Jeff Koons, o falecido Igor Mitoraj, cujo museu está em construção em Pietrasanta, Kan Yaduda e tantos outros que aqui continuam a realizar as suas obras”, informa em nota a prefeitura de Pietrasanta.
“Pequena Atenas”
Além disso o prefeito Alberto Stefano Giovannetti destaca que o “museu a céu aberto” na cidade acabou se desenvolvendo de “maneira espontânea” e que, anualmente, são realizados cerca de 120 eventos culturais.
“O acesso aos museus municipais, quatro em algumas dezenas de metros, é gratuito e assim permite o acesso também às mostras de arte que continuamente rodam nos espaços públicos. Assim, o centro histórico é reflexo de todo o sistema da cidade e causa benefícios pela simbiose que foi criada com todos esses fatores”, acrescenta Pietrasanta.
Por conta das obras de arte e de ter se tornado moradia de inúmeros artistas, a cidade de origem medieval é chamada de “Pequena Atenas”. Além das galerias e dos museus, os trabalhos com mármore são vistos também em edifícios e nas igrejas da cidade, já que a exploração e o processamento da pedra têm origens muito antigas.
Fonte: Ansa