Foi de 70,6% a redução da demanda total de passageiros em outubro de 2020 comparando-se com outubro de 2019. A informação é da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) que considerou o resultado decepcionantemente lento. Este número é uma leve recuperação se considerando com setembro de 2020 que teve queda de 72,2%. A capacidade das companhias aéreas diminuiu 59,9% em relação ao mesmo período do ano passado e a taxa de ocupação caiu 21,8 pontos percentuais, atingindo 60,2%.

A demanda doméstica de outubro caiu 40,8% em relação ao ano anterior, um pouco melhor que a queda de 43,0% registrada em setembro. Em relação a 2019, a capacidade caiu 29,7% e a taxa de ocupação caiu 13,2 pontos percentuais, atingindo 70,4%.

“Os novos surtos de Covid-19 e a adoção contínua de quarentena rigorosa por parte dos governos resultaram em outro mês catastrófico para a demanda por viagens aéreas. Embora o ritmo da recuperação seja mais acelerado em algumas regiões, o quadro geral para viagens internacionais é sombrio. Esta recuperação desigual é mais evidente nos mercados domésticos; por exemplo, o mercado interno da China quase se recuperou por completo, enquanto a maioria dos outros mercados continua profundamente enfraquecida”, disse Alexandre de Juniac, diretor geral e CEO da Iata.

Na análise da Associação, o tráfego doméstico chinês caiu apenas 1,4% em outubro em relação a outubro do ano passado. A economia doméstica próxima da normalidade, as tarifas baixas e as promoções impulsionaram a demanda.

América Latina

As companhias aéreas da América Latina registraram queda de 86,0% na demanda de outubro em relação a outubro de 2019.

A região apresentou o melhor resultado em relação a setembro, quando foi relatada queda de 92,3% na demanda. Em outubro, a capacidade encolheu 80,3% e a taxa de ocupação caiu 23,5 pontos percentuais, atingindo 57,7%, a maior entre todas as regiões

“Esta crise é implacável. Segundo a nossa previsão econômica mais recente, as companhias aéreas teriam perda de US$ 118,5 bilhões este ano, ou US$ 66 para cada passageiro transportado. Supondo que as fronteiras sejam reabertas em meados de 2021, o setor perderá ‘somente’ US$ 38,7 bilhões em 2021. Agora é a hora de ações dos governos. Os US$ 173 bilhões de apoio fornecidos até o momento permitiram que o setor sobrevivesse, mas é necessário mais para manter o setor até o próximo verão no Hemisfério Norte. A Iata identificou uma série de medidas para estimular o mercado que vão apoiar a viabilidade das rotas aéreas e estimular as pessoas a viajar. Sem a contribuição de US$ 3,5 trilhões da aviação para o PIB global, não pode haver uma recuperação econômica mais ampla”, disse de Juniac.

Fonte: Assessoria de Imprensa

Foto: Johnnie Shannon/Pixabay

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