A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) reforçou ontem (29 de junho) em Audiência Pública na Câmara dos Deputados, a importância dos protocolos sanitários a bordo dos aviões, em conjunto com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A reunião foi solicitada pela Comissão Externa de Enfrentamento à Covid-19 e pela Comissão de Seguridade Social e Família.

“Criamos protocolos de treinamento de funcionários, reforçamos a comunicação nos aeroportos sobre medidas de precaução como o uso da máscara e do álcool gel e o incentivo ao uso de plataformas digitais para evitar contato físico, como o check-in remoto para mais segurança do público e o incentivo ao distanciamento entre passageiros para embarque e desembarque. Essas medidas estão sendo importantes para a segurança sanitária dos passageiros”, disse o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz. Hoje, a ocupação das aeronaves está entre 75% e 78% em média.

Ele lembrou aos parlamentares os principais protocolos adotados pelas empresas aéreas desde o início da crise, destacando também a importância da higienização das aeronaves, que foi reforçada na pandemia, além da utilização durante todo o voo do filtro Hepa, que retém 99,97% de vírus e bactérias, incluindo o novo coronavírus.

Restrições

Giovana Palma, superintendente de Infraestrutura Aeroportuária da Anac, afirmou que o “que se percebe é uma vontade muito grande do passageiro brasileiro viajar. Mas por outro lado, se espera uma conscientização e responsabilidade dos passageiros. A Anac, juntamente com o setor, construiu uma campanha chamada Passageiro Responsável, destacando que ele tem que seguir as regras do setor e preservar a sua saúde e dos demais. Se espera o aumento da vacinação e, com isso, a manutenção da recuperação da aviação, que tem que ser feita de forma segura e eficiente”.

E destacando os protocolos sanitários nos aviões, o gerente-geral de Portos, Aeroportos, Fronteiras, e Recintos Alfandegados da Anvisa, Nélio César de Aquino, também reforçou os procedimentos adotados pela agência em sinergia com o setor aéreo, cintando como exemplo o reforço da limpeza dos aviões em cada trânsito, o monitoramento de passageiros com suspeita de Covid-19 e a exigência de testes para passageiros vindos do Exterior.

Recentemente, foi publicada uma portaria interministerial (655/21) com restrições à entrada no Brasil de passageiros que, nos últimos quatorze dias, tenham passado por Índia, Reino Unido e África do Sul, onde há registro de variantes mais agressivas do coronavírus. A mesma portaria tem regras para o embarque de estrangeiros com destino ao Brasil, como a exigência de teste RT-PCR negativo nas últimas 72 horas, declaração de saúde e informação do local de quarentena no país, caso seja necessário.

O presidente da Abear elogiou as medidas provisórias (MPs 925/20 e 1024/20) que garantiram o reembolso das passagens aéreas sem custo para os usuários durante a pandemia, mas lamentou a não aprovação de outras medidas que poderiam ajudar o setor, como novas linhas de crédito e a liberação do FGTS dos aeronautas e aeroviários. Sanovicz fez questão de ressaltar que, durante a pandemia, as companhias aéreas já garantiram o transporte gratuito de 7,5 mil profissionais de saúde, 500 toneladas de alimentos, equipamentos de proteção individual (EPIs) e respiradores e 80 milhões de vacinas.

Fonte: Abear e Agência Câmara de Notícias

Foto: Lukas Souza/Unsplash

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