“Assassinos econômicos” (AE) são profissionais altamente remunerados cujo trabalho é lesar países ao redor do mundo em golpes trilionários. Suas ferramentas de trabalho são relatórios financeiros adulterados, pleitos eleitorais fraudulentos, extorsão, sexo e assassinatos. Com relatos que beiram a ficção, John Perkins conta boa parte de seu trabalho e das artimanhas usadas por ele durante sua atividade como AE.

Normalmente, a linha de conduta era estabelecer projetos de desenvolvimento para o país, como um moderno sistema de abastecimento elétrico, estradas e portos. O aspecto velado de cada projeto sempre foi a dependência externa de manutenção e tecnologia, além dos elevados custos de juros do empréstimo necessário para a execução. Normalmente as projeções eram distorcidas, extremamente otimistas, o que exigiria mais investimento e acarretariam mais juros. No final, a dependência de tecnologia externa, os elevados custos de juros e a falta de unidade nacional transformavam o país em um fácil fantoche manipulável, seja para votos na ONU, concessões de extração mineral, manipulação de preços de commodities, entre outras questões.

Assassinos Econômicos é um livro para quem deseja conhecer a história por trás da história mundial. Perkins revela os mecanismos de controle em acontecimentos como a queda do Xá do Irã, a morte do presidente do Panamá, Omar Torrijos, e as invasões americanas no Iraque.

A impressão que temos ao ler Confissões de um Assassino Econômico, uma narrativa vertiginosa, é a de que estamos com uma obra de ficção. “Mas essa história não é ficção. É a história da minha vida” já esbraveja o autor nas primeiras páginas. O livro não expõe documentos, sendo exatamente como o título propõe. Editora Cultrix. R$ 44,00.

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Amanda Chain

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Publicado no Aeroporto Jornal – abril/2016

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