Junho é o mês que celebra o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+. O turismo voltado para esse público vem sendo fomentado nas últimas décadas como consequência dos avanços dos direitos LGBT ao redor do mundo e tem como objetivo proporcionar experiências exclusivas.

O viajante LGBTQIA+ busca destinos em que vá se sentir acolhido, respeitado e, principalmente, seguro. Apesar de parecer óbvio, ainda existem lugares que não garantem esses princípios básicos para todo mundo.

Essa situação também é vivida por pessoas negras e não-brancas que passam por situações racistas. Ou pessoas com deficiência, que sofrem com a falta de acessibilidade. Já as mulheres que viajam sozinhas, dependendo do lugar, temem não só pela discriminação como também pela violência.

Os avanços em políticas públicas para esses grupos têm gerado melhorias em diferentes aspectos da vida. É o caso das viagens, em que é cada vez mais comum encontrar destinos “friendly” que oferecem segurança e atrações para o turismo LGBTQIA+.

Inclusive, esse segmento estava em grande expansão antes da pandemia. De acordo com informações da Organização Mundial do Turismo (OMT), o público LGBTQIA+ representava 10% do fluxo de turistas do mundo todo antes do surto sanitário. No Brasil, segundo dados apresentados em 2017 no Fórum de Turismo LGBT, esse nicho registrou, à época, um aumento de 11% enquanto o turismo geral apresentava um crescimento de 3,5%.

Aqui, estão quatorze destinos no Brasil e no Exterior abertos sem preconceitos ao público LGBTQIA+.

São Paulo

A vida noturna em São Paulo é famosa no mundo inteiro. As baladas aquecem o corpo e o coração dos turistas e moradores da cidade. Mas há também inúmeras atrações turísticas para aproveitar durante o dia e elas têm sido cada vez mais procuradas por conta das restrições da pandemia da Covid-19.

A capital paulista é conhecida por ser um dos melhores destinos LGBT friendly. São muitos os bares e boates LGBT+, além de farta hospitalidade com muito respeito e cortesia.

É sempre bom lembrar que São Paulo tem a maior Parada do Orgulho LGBT do mundo. Na 19ª edição do evento, realizada em 2019, mais de 3 milhões de pessoas foram à Avenida Paulista erguer as bandeiras do movimento. As edições de 2020 e 2021 aconteceram online, mantendo sua importante presença e luta.

Avenida Paulista e arredores

A Avenida Paulista é uma das principais atrações da cidade. Pulsante e diversa, além de sediar a Parada do Orgulho LGBT, ela oferece inúmeras atrações culturais.

Na Paulista e nas ruas ao seu redor é possível encontrar museus, parques, espaços culturais, locais para fazer compras e excelentes opções de restaurantes e bares acolhedores ao público LGBTQIA+.

E quem curte um passeio cultural, não pode ir à Paulista sem dar uma passadinha em locais como o Mirante do Sesc, o Museu da Arte de São Paulo (Masp), o Centro Cultural Fiesp, as exposições no Itaú Cultural e no Japan House, além de conhecer a Casa das Rosas e descansar no Parque Trianon.

Museu da Diversidade Sexual

As atrações em São Paulo não param por aí. No Largo do Arouche, coração LGBT da cidade, o Museu da Diversidade Sexual (MDS) merece uma visita demorada e atenciosa.

Criado em 2012, o MDS fica próximo à estação de metrô República e é o primeiro equipamento cultural da América Latina relacionado à temática LGBT.

As atividades e atrações culturais do espaço têm como foco questões inerentes à identidade de gênero, orientações sexuais e expressões de gênero das minorias sexuais.

Infraestrutura na conhecida “terra da garoa” é o que não falta. Afinal, São Paulo é a maior metrópole do país, com quase 12 milhões de habitantes. Se você (ainda) está só, no meio desse povo todo vai ser muito mais fácil encontrar companhia.

Rio de Janeiro

Quando o assunto é romance e sensualidade, não dá para deixar o Rio de Janeiro de fora — principalmente para turismo LGBT.

A Cidade Maravilhosa foi eleita duas vezes o destino LGBT-friendly mais sexy pela revista Trip Out Gay.

Cada cantinho do Rio tem seu charme, mas não dá para negar que, nesse caso, a Zona Sul é um reduto de hospitalidade. O Posto 9 da Praia de Ipanema, por exemplo, é conhecido por ser um verdadeiro ponto de encontro da comunidade.

E a diversão é para o dia inteiro. Com ou sem sol, faça calor ou faça frio. Em Ipanema mesmo, a Rua Farme de Amoedo é famosa por seus muitos bares com predominância do público LGBT.

Praias

Principal cartão postal da Cidade Maravilhosa, as praias oferecem experiências únicas aos turistas. As paisagens são paradisíacas e refletem a essência do Rio de Janeiro.

E olha que há opções para todos os gostos. As mais famosas são as praias de Copacabana (na região próxima à Barraca do Fau, em frente à Avenida Atlântica), do Arpoador (na altura do Posto 8) e de Ipanema (ao lado do Posto 9, perto da Rua Farme de Amoedo).

Já quem curte praticar o naturalismo não pode deixar de conhecer a praia de Abricó, que fica no Parque Municipal do Grumari e contém uma área de nudismo.

Belo Horizonte

A capital de Minas Gerais tem feito de tudo para despontar cada vez mais como destino LGBT friendly — inclusive fora do país.

Em 2014, por exemplo, juntamente com Rio de Janeiro e Brasília, Belo Horizonte lançou na Espanha o projeto “¡Trae Tus Colores!” (Traga suas Cores!) para promover as cidades brasileiras.

Outras iniciativas, como a Associação de Turismo LGBT e a Câmara de Comércio LGBT, foram criadas especialmente para pensar o cenário LGBT na cidade.

O bairro Savassi é uma ótima opção de hospedagem. Além de super bem localizado, o lugar é repleto de hotéis, academias, baladas e muitos bares com ótima acolhida.

Atrações diversas

Entre as atrações para turismo em BH, é imprescindível começar as citações pelo Café com Letras, um espaço único, personalizado, que mistura características de bar, restaurante, livraria e que ainda conta com apresentações de jazz e outros gêneros musicais. O local fica no bairro Savassi.

Para quem deseja um programa mais agitado, o lugar ideal talvez seja o GIS Club, uma das casas noturnas mais tradicionais de BH voltadas para o público LGBTQI+.

Há também passeios alternativos e diferenciados em Belo Horizonte, como as saunas localizadas na cidade. A Kratos, por exemplo, além de sauna, exibe cinema adulto.

Outra opção é a sauna gay Olimpo BH, um espaço aconchegante, com shows de drag queens, massagistas, entre outras atrações.

Juiz de Fora (MG)

Ainda em Minas Gerais, a cerca de 280 km de Belo Horizonte, é possível encontrar outro destino LGBTQIA+: Juiz de Fora. A cidade mineira pode não ser muito conhecida, ainda mais para o turismo friendly, mas tem se destacado como um município que promove eventos para esse público.

Um exemplo disso é o Miss Brasil Gay, um concurso de beleza que reúne candidatos do país inteiro. Realizado desde 1976, o evento elege o mais belo transformista do Brasil. Além do mais, a competição é conhecida internacionalmente e conseguiu, em 2007, o registro de patrimônio imaterial do município.

Juiz de Fora também oferece excelentes opções de passeios pelos Parque do Museu Mariano Procópio e da Lajinha, o Morro do Imperador, sem contar os complexos de lojas, shoppings centers, galerias e feiras de artesanato da cidade.

Florianópolis

A capital de Santa Catarina é, por si só, destaque no Estado e na região Sul do país. E para o público LGBTQIA+ não é diferente. Com sua beleza e magia, a cidade é um dos destinos ideais para quem deseja se divertir, desfrutar de belas paisagens e atrações turísticas sem receio de ser quem é.

Isso porque Florianópolis já é amada pela comunidade LGBT há muitos anos. Em 2012, por exemplo, recebeu a convenção anual da Associação Internacional de Turismo LGBT+ (IGLTA) e Floripa foi eleita, em 2009, como destino “Party e LGBT” do ano pelo jornal The New York Times.

Seja no inverno ou no verão, a capital catarinense dispõe de lugares incríveis para conhecer, como as belas praias do Norte, Leste e Sul, o Centro Histórico, o Beto Carrero World, a Ponte Hercílio Luz, o Mirante do Morro da Lagoa, entre outros.

Outro destino friendly em Florianópolis é a Praia Mole, conhecida como a praia gay da cidade. Ela também é porta de entrada para outra atração: a Praia de Galheta, onde se pratica o naturalismo e o uso de roupas é opcional. Trata-se de uma ilha quase deserta que oferece paisagens maravilhosas.

Salvador

Conhecida internacionalmente por sua diversidade e acolhimento, Salvador oferece excelentes condições para o turismo LGBTQIA+. A capital da Bahia conta com praias, bairros que concentram a cena LGBTQIA+ local e outros pontos turísticos imperdíveis. O Centro e os bairros de Rio Vermelho, por exemplo, são paradas obrigatórias.

É o caso, também, da Praia do Porto da Barra, conhecida por ser a preferida do público LGBTQIA+. Ela fica no bairro turístico da Barra e foi apontada pelo jornal britânico The Guardian como uma das melhores praias do mundo.

Vale lembrar, ainda, do bairro Pelourinho, onde Michael Jackson gravou um videoclipe e que concentra bares ao ar livre, lojas de souvenirs afrobaianos e belas praças. Outro ponto turístico imperdível é o Elevador Lacerda, de onde os turistas aproveitam uma vista privilegiada.

Não se pode deixar de citar que a cidade é destaque no mês de fevereiro por sediar uma das mais tradicionais e calorosas festas do país. O Carnaval em Salvador recebe turistas de vários países e é uma atração à parte para o público LGBT. O evento promete voltar com tudo após a pandemia.

São Francisco (Estados Unidos)

Bastante popular entre o público LGBT, São Francisco é considerada por muitos como a capital LGBT do mundo. É possível encontrar bandeiras arco-íris por todos os lados. O bairro Castro talvez seja o local mais LGBT friendly de todos, com comércios e bares voltados para o público.

O bairro é tão atrativo que sedia o GLBT History Museum, um museu localizado na 18th Street e que reúne mais de cem anos da trajetória LGBT em São Francisco.

Nesse tesouro histórico, os turistas têm acesso a diversos documentos, vídeos, imagens e outros itens que retratam a vida, orgulho, dificuldades e avanços do público LGBTI. Trata-se de uma viagem no tempo para quem quer “turistar” na quarta cidade mais populosa do estado da Califórnia.

Berlim (Alemanha)

A capital alemã é um dos melhores destinos LGBT friendly do mundo. Desde a década de 1920 existe uma tradição de lazer LGBT na cidade.

Não há um distrito específico, mas o público pode encontrar uma infinidade de pontos de encontro, como baladas, bares e restaurantes por toda a cidade.

Três pontos certos de atividades voltadas para esse público são os bairros Kreusberg, Schöneberg e Friedrichshain. Eles são recheados de opções de bares, baladas, lojas e outras atrações para o turismo LGBT friendly. As ruas mais famosas na cidade são a Motzstrasse e a Fuggerstrasse.

Outro ponto de parada obrigatório em Berlim é o Schwules Museum. Por meio de seu extenso acervo, o museu relata a história da comunidade LGBT e aborda diversas outras questões históricas relacionadas à sexualidade. Vale a pena visitar para aumentar a bagagem cultural sobre o assunto.

Quem vai a Berlim também não pode deixar de visitar o memorial dos homossexuais perseguidos pelo regime nazista, liderado por Adolf Hitler. Situado em frente ao Memorial do Holocausto, o monumento faz referência às colunas retangulares, de cor cinza, do memorial que homenageia os judeus assassinados.

Mas além de honrar as vítimas do nazismo, o monumento visa manter acesa a lembrança da intolerância, injustiça e violência contra gays e lésbicas, como uma forma de estabelecer uma mensagem duradoura contra qualquer expressão de preconceito.

Sydney (Austrália)

Além de toda a sua beleza, marcada por lindas praias e muito sol, a cidade australiana é conhecida por ser um local bastante LGBT friendly. Isso porque Sydney é um lugar muito acolhedor, com visitantes do mundo todo.

Sydney tem uma relação colorida com a comunidade LGBTQI+. Foi anfitriã dos Jogos Gays em 2002 e sedia, anualmente, um dos maiores eventos turísticos do país: o Mardi Gras LGBT Sydney.

Trata-se de um grande festival LGBT, que ocorre desde 1978, quando a homossexualidade ainda era proibida no país. Com desfiles e diversas atrações, o evento recebe pessoas de vários países.

E como não pode faltar uma dica cultural, se você for para Sydney, não deixe de conhecer a Galeria de Arte New South Wales (Galeria de Arte de Nova Gales do Sul), situada na região de The Domain, ao lado do Royal Botanic.

Ela é a mais importante galeria de arte pública da cidade mais populosa da Austrália. Criada em 1874 com o objetivo de promover as artes, a galeria conta com obras de arte nacionais e de diversos países da Europa e da Ásia.

Brighton (Inglaterra)

Localizada no Sul da Inglaterra, a menos de uma hora de Londres (se for de trem), essa cidade sempre esteve fortemente associada à cena teatral e é muito visitada por quem busca roteiros artísticos.

Há mais de cem anos, Brighton é considerada um paraíso LGBT, onde quase um quarto de sua população é formada pela comunidade. No bairro de Kempton, o público pode encontrar inúmeros bares, hotéis e saunas.

Para quem tem interesse em aprender tudo sobre a história queer de Brighton, vale a pena fazer o tour gay Piers & Queer, um passeio pelos principais pontos gays que oferece a experiência única de conhecer o passado LGBT da cidade.

Vale destacar também que Brighton realiza um dos maiores eventos de orgulho gay do Reino Unido: o Brighton Pride. O festival realizado anualmente no mês de agosto atrai gente do mundo todo e tem diversas atrações, como desfiles pela cidade.

Amsterdã (Holanda)

Amsterdã é famosa por ser um local livre de preconceitos e aberto para receber visitantes de todos os cantos do mundo.

É considerada a capital gay e lésbica da Europa, com uma infinidade de estabelecimentos como livrarias, bares, hotéis e baladas voltados à comunidade LGBT.

Mas o melhor de tudo é que lésbicas, gays, bissexuais e transexuais podem se sentir à vontade para curtir a cidade, livres de olhares de reprovação.

Conhecida no imaginário coletivo como uma “cidade liberal”, a cidade foi a primeira a legalizar, em 2001, o casamento homoafetivo.

No turismo, atrações não faltam em Amsterdã, entre restaurantes, bares e baladas, sobretudo em regiões como Reguliersdwarsstraat, Kerkstraat e Amstel, bem como na Warmoesstraat e no Distrito da Luz Vermelha.

E se tem um local que não pode ficar de fora do seu roteiro, ele se chama Homomonument. Trata-se de um monumento que fica ao lado da Igreja Westerkerk, bem no centro da cidade.

Ele é um memorial dedicado a todos os homens e mulheres homossexuais que foram perseguidos e que lutaram em prol da liberdade e dos direitos LGBT.

Bangkok (Tailândia)

Bangkok talvez seja um dos destinos LGBT friendly mais interessantes para LGBTs que desejam ter contato com uma cultura diferente. A homossexualidade é bem aceita na Tailândia e lá é possível encontrar desde hotéis, salões de massagens e saunas até bares de karaokê voltados ao público.

É na região de Silom que se encontram os principais bares e clubes de dança gays. A cidade também dispõe de uma rica variedade de saunas voltadas para esse público, como a Ratchada e a Babilônia, duas das mais populares por lá.

Entre as áreas mais frequentadas por turistas na cidade estão Sião e Lumpini (região metropolitana), Silom & Sathorn (distrito financeiro) e Sukhumvit (área nobre com grandes shoppings e hotéis).

Bangkok, além de Capital da Tailândia, é a cidade mais populosa do país, foi fundada em 1782 e é uma excelente opção para quem quer experiências culturais diferentes.

Nova Iorque (EUA)

Foi na cidade de Nova Iorque onde aconteceu a primeira parada LGBT do mundo. Inclusive, a data em que se comemora o Dia do Orgulho LGBTQIA+, 28 de junho, é em alusão a um episódio de violência policial — motivada por intolerância — contra frequentadores do bar Stonewall Inn, em Nova Iorque, no ano de 1969. O episódio desencadeou uma série de protestos e representa um marco de luta pela liberdade e de combate à homofobia, bifobia, lesofobia e transfobia.

Além do movimento LGBT, a cidade é marcada por inúmeros movimentos de arte e moda, atraindo turistas do mundo todo. Os bairros mais LGBT friendly são Chelsea e Greenwich Village, onde a comunidade encontra uma grande quantidade de bares e baladas.

Outros pontos imperdíveis para o público na cidade mais populosa dos Estados Unidos são o Leslie-Lohman Museum of Gay and Lesbian Art (Museu de Arte Gay e Lésbica Leslie-Lohman), a Greenwich Village e o Christopher Park, todos localizados no distrito de Manhattan e voltados para a temática LGBT. Este último, inclusive, foi escolhido como Monumento Nacional, em 2016.

E possível fazer uma visita ao Lesbian Herstory Archives, no Brooklyn, que nada mais é do que o maior acervo do mundo de materiais produzidos por e sobre lésbicas.

Copenhague (Dinamarca)

Em 1950, Copenhague inaugurou o primeiro bar gay do continente europeu, mostrando estar livre de preconceitos em relação à orientação sexual de quem quer que seja e abrindo as suas portas aos LGBTs.

A Dinamarca se mostra ainda mais pioneira por ter sido o primeiro país a reconhecer a união de pessoas do mesmo sexo.

E não poderia ser diferente: a capital dinamarquesa, que tem a bicicleta como seu meio de transporte principal, é uma excelente opção de turismo para o público LGBTQI+.

Quem vai a Copenhague tem o privilégio de, entre outras coisas, tirar belas fotografias na Praça Arco-Íris onde está hasteada a bandeira arco-íris, em referência ao movimento LGBT. O local fica bem pertinho do famoso prédio da prefeitura, na avenida H.C Andersens.

Os destinos mais perigosos

Antes de escolher o destino para uma viagem, é imprescindível pesquisar tudo sobre o local.

Se essa máxima vale para uma pessoa heterossexual, para o público LGBTQIA+ ela é ainda mais importante. Isso porque, infelizmente, não são todos os países que abraçam a diversidade de orientação sexual e identidade de gênero.

Aqui estão os cinco países mais perigosos do mundo para turistas LGBT, segundo o mais recente ranking do Spartacus Gay Travel Index, que utiliza dezessete critérios separados em três categorias para fazer a classificação.

A primeira delas diz respeito aos direitos civis, ou seja, considera se gays e lésbicas podem se casar, adotar filhos e se existem leis que punam discriminação no país.

Já na segunda, há critérios que avaliam se os turistas LGBTQIA+ correm o risco de sofrer algum tipo de discriminação, incluindo, por exemplo, a proibição de Paradas LGBTs e restrições para viajantes com HIV positivos.

Por fim, a terceira categoria analisa se a homossexualidade é considerada um crime no país. Para esses locais, você não pode nem pensar em ir.

Chechênia

A República Chechênia faz parte da Federação Russa, mas se estabelece como Estado independente e mantém leis próprias desde o fim da União Soviética, em 1991. O local protagonizou um escândalo em 2017, quando uma matéria do jornal Novaya Gazeta noticiou a criação de um campo de concentração usado para prender e torturar homens gays.

Somália

Localizada na parte mais Oriental da África, a Somália é um país cuja maioria da população é islâmica e pune com a morte práticas como o homossexualidade. Pessoas homossexuais e indivíduos que são pegos realizando furtos são mortos em praças públicas.

Arábia Saudita

Apesar de não ter leis específicas que criminalizem as pessoas homossexuais, a Arábia Saudita é um local extremamente perigoso para o público LGBTQIA+. Em 2019, o país publicou um vídeo no qual rotula o ateísmo, o feminismo e a homossexualidade como extremismo.

Irã

Nesse país, a homossexualidade é passível de pena de morte. Além disso, segundo a Anistia Internacional, pelo menos cinco mil gays já foram assassinados no país desde o fim da década de 1970. Trata-se de um dos destinos mais perigosos do mundo para pessoas LGBTQIA+.

Iêmen

O país árabe é considerado pelo Spartacus Gay Travel Index como o quinto país mais perigoso para viajantes LGBTQIA+. Localizado na extremidade Sudoeste da Península da Arábia, o Iêmen enfrenta, constantemente, crises humanitárias e conflitos civis.

Fonte: Assessoria de Imprensa MaxMilhas

Foto que abre a matéria de Mercedes Mehling/Unsplash

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