Soluções para que turistas possam fazer as malas sem medo, vem sendo tentada por diversos setores mas, hoje (15 de março), a OMS (Organização Mundial de Saúde) jogou um balde de água fria e disse que, momento, não há recomendação sobre o uso de passaportes de vacinação para viagens internacionais. Este passaporte de vacinação havia sido proposto no começo deste mês pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que garantiu que o certificado “respeitará a proteção de dados, segurança e privacidade” dos cidadãos. A Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo) também estuda um passaporte neste sentido para impulsionar as viagens internacionais.
Atualmente, a China já tem um certificado digital com dados de exame e vacina contra o coronavírus Sars-CoV-2, mas válido somente para viagens internas, assim como Israel.
O anúncio da OMS para a não recomendação de passaportes de vacinação foi feito após a exigência de vacinação contra o novo coronavírus Sars-CoV-2 ter sido cogitada mundo afora por destinos e companhias. A medida, no entanto, tem levantado considerações éticas, já que o imunizante não está facilmente disponível para todos os países e indivíduos. “Atualmente não há recomendação sanitária internacional sobre o uso de passaporte de vacinação para viagens internacionais, nem há condições para propô-lo”, afirmou Katherine O’Brien, diretora do departamento de imunização da OMS, em uma audiência no Parlamento Europeu.
Digital Green Pass
A especialista especificou que a Organização é a favor dos passes eletrônicos “para indivíduos”, mas em nível internacional “não há condições” para sugerí-los porque “faltam evidências sobre o quanto as vacinas protegem” e surgem problemas “para viagens, tendo em vista que, para o momento, as doses são administradas apenas a pessoas vulneráveis”.
Nos últimos dias, as autoridades da União Europeia informaram que vão apresentar na próxima quarta, 17, um projeto para a criação do “Digital Green Pass” para a Covid-19, um certificado de saúde com o objetivo de facilitar viagens dentro do bloco europeu antes das férias de verão.
A medida foi anunciada pelo comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton.
De acordo com a imprensa francesa, o documento eletrônico ou impresso contará com dados sobre se o indivíduo “foi vacinado contra a Covid-19, se já recuperou [de uma infecção], ou se teve resultado negativo no teste”.
Fonte: Ansa
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