O Aeroporto Jornal visitou a África do Sul. Foram três cidades escolhidas para a reportagem de capa desta edição: Joanesburgo, Durban e Cidade do Cabo, nesta ordem.

Daniella Bittencourt Féder

De todos os lugares que visitei e países que conheci, nenhum me despertou tamanha saudade quanto a África do Sul. Estive lá durante cerca de um mês, na companhia do meu grande amigo Diego Franceschini e posso contar que o país é verdadeiramente acolhedor. A pergunta “Olá, como vai?” inicia as conversas seja entre amigos ou com a recepcionista do hotel e vendedores dos comércios.

O bom humor e bem-estar parece estar sempre em primeiro lugar.

Estratégia inteligente para tornar a vida leve. Viajar à África do Sul é retornar com as energias renovadas e um semblante cheio de sorrisos.

As marcas da colonização inglesa são evidentes por toda a parte. Na excelente urbanização e arquitetura de tijolos à vista, no sotaque britânico, no trânsito em mão inglesa, na fixação por tecidos xadrezes (o que faz um interessante contraste com os fascinantes estampados africanos ultra coloridos) e no café da manhã pesadíssimo – o tradicional “english breakfast” leva pelo menos linguiças, ovos e bacon, o que parece fazer mais sentido no clima frio e chuvoso da Inglaterra que no calor sul-africano.

Porém, não sou eu que faço as regras.

 

Desembarque em Joanesburgo

A chegada ao país foi pelo aeroporto internacional de Joanesburgo, após escala na Luanda (Angola).

Uma dica: se você não estiver levando cartão da bandeira Visa, abasteça a bagagem de mão com os petiscos do avião e água antes de descer, porque as lanchonetes do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro até aceitam dólar, mas devolvem o troco em Kwanza e lá não tem câmbio para fazer a troca.

Coisas que não fazem sentido…

Na África do Sul, a moeda é o Rand. O fuso horário marca 4 horas de diferença para mais, contando o horário de verão brasileiro. Na capital, carinhosamente apelidada de Joburg, dois ou três dias de estadia são suficientes – se um deles for dedicado ao city tour, essencial para se ter um parâmetro da cidade e conhecer os principais pontos turísticos. Ao comprar o bilhete, escolha a opção que inclui o bairro Soweto.

Soweto

Entre as suas paradas, conheça o Carlton Centre, prédio com vista aérea de 360º da cidade, a cervejaria SAB World of Beer, que proporciona uma viagem no tempo fantástica sobre a história da cerveja na África, vinda dos sistemas tribais.

Finalize com o Apartheid Museum para entender a fundo as terríveis ações que segregaram a população a partir da cor da pele, e em seguida, visite o bairro Soweto.

Os negros de Joburg foram expelidos para aquela região periférica da cidade para que os europeus de cor branca pudessem desfrutar da cidade sem incômodos.

Isso não faz sentido. Os estrangeiros lá eram eles.

Visualmente, o Soweto lembra as favelas brasileiras, com pobreza e muitas casas com menos que o mínimo necessário. Foi lá que começaram a se deflagrar, com determinação, as lutas contrárias ao Apartheid. Tudo isso torna a região extremamente rica em história.

É por isso que Nelson Mandela, na sua vida adulta, morou lá enquanto não esteve preso.

Estar no Soweto e ciente do importante significado de tudo isso é de arrepiar.

A hospedagem foi no hostel Once em Joburg. Engana-se quem tem a imagem de uma acomodação exclusiva para jovens. Além de muito bem localizado, o hostel tem tudo o que um hotel 4 estrelas oferece, com o “plus” de ser todo de design – os quartos são lindos!

Safári e os Big Five

Joanesburgo foi, também, o ponto de partida para o safári. Escolhi passar três dias no Kruger Park hospedada no camping do Pretoriuskop. O pacote com transfer me buscou no hotel. Dividi a van com outros passageiros, entre eles Magdalena e Tabayi duas divertidas garotas suecas que se tornaram minhas amigas.

O trajeto de cerca de 4 horas até o Kruger Park é decorado pela imensidão de montanhas verdejantes que muito lembra as serras brasileiras, mas com alguma tonalidade diferente na cor da vegetação.

Bem, é quase o outro lado do mundo.

Tabayi pediu permissão ao motorista para plugar o celular no aparelho de som com uma “playlist” animadíssima de “hits” da música pop africana. O motorista – adivinhe – sabia cantar todas e até dançava durante as favoritas. Sobre acampar no meio do safári, erra quem associa as barracas a perrengue. A estadia foi digna de 5 estrelas tanto nas acomodações quanto no serviço, se é que no universo da hotelaria existe a categoria Camping 5 Estrelas. Se você pensa que vai dormir em colchonetes, engana-se: são confortáveis camas com lençóis brancos de algodão. A barraca tem iluminação, ventilador e espaço de sobra para ficar de pé e comportar as bagagens.

Safári

Eu e a turma da van chegamos à tarde, nos instalamos e logo partimos para uma expedição, o “Sunset Outlook”.

As saídas de jipe acontecem pouco antes do entardecer e no primeiro horário da manhã, pois é mais fácil observar os bichos quando o sol não está a pino.

A empreitada dos safáris é encontrar os “Big Five” (Cinco Maiores), os cinco maiores mamíferos selvagens mais difíceis de serem caçados pelo homem. São eles o leão, elefante, búfalo, leopardo e rinoceronte. Avistamos todos eles logo no nosso primeiro safári, além de zebras, girafas, impalas, babuínos, oryx e muito mais.

A estadia no Kruger Park inclui quantos passeios o hóspede der conta de fazer. Além do safári, há o roteiro pelas belezas naturais da região. Leva o dia todo e passa por cachoeiras, o deslumbrante mirante God’s Window (Janela de Deus) e o Blyde River Canyon, com 25 km de extensão, 750 metros de altura e o rio azul que caminha entre as montanhas. Numa das cachoeiras, você pode arriscar um “bungee jump”. Eu fiquei só olhando.

Verão praiano em Durban

A cidade de Durban é o Litoral da África do Sul banhado pelo Oceano Índico. Águas azuis, translúcidas, calmas, com a temperatura perfeita para banho e muito sol para proporcionar aquele bronzeado. Minha ideia era passar todos os dias cozinhando ao Sol.

No verão, acorde bem cedo. Como amanhece cedo, a praia começa a encher a partir das 6h.

Lembra-se da Magdalena e Tabayi? Elas me contaram que locaram um apartamento pelo Airbnb em Downtown (Centro) e, chegando lá, a localização era extremamente insegura. Mesmo tendo ouvido as histórias de horror delas, passei pela mesma situação dias depois. No meu apartamento, também pelo Airbnb, não havia condições de sequer passar a noite, tamanha a estranheza do local.

Fuja do centro de Durban, especialmente à noite, quando se torna ponto de tráfico de drogas e coisas piores ainda, de acordo com o motorista do Uber e dos funcionários dos hotéis de verdade.

Vão te dizer para conhecer o Victoria’s Market, mas é furada.

Fica no meio da muvuca e é impossível conseguir táxi ou Uber para ir embora depois de horas adquirindo artesanatos.

Você pode encontrar bibelôs em outros lugares. Por sorte, a equipe do Aeroporto Jornal estava de prontidão para me atender e logo alterei minha hospedagem para a região da Golden Mile.

Do lixo ao luxo. Vale a pena pagar mais para acordar numa vizinhança de hotéis pomposos de frente para o mar e explorar os estabelecimentos gastronômicos do calçadão logo no café da manhã. Ah, passe um fim de tarde olhando o mar no bar California Dreaming, onde a cozinha é impecável. Depois, a “night” é nos bares da Florida Road.

A diversidade de povos de Durban traz riqueza cultural (observe os costumes de cada etnia, é muito interessante), mas também uma situação adversa: as praias se enchem de farofeiros do mundo todo e restos de comida, que por sua vez trazem…

Formigas! Talvez Durban seja melhor ideia na baixa temporada.

Cape Town: a estrela da viagem

As paisagens praianas são lindas, mas ordinárias: água congelante e muitos tubarões.

Quem banha Cape Town é a corrente fria do Oceano Atlântico vinda da Antártida.

Vale locar um carro para encher os olhos com as mais belas praias que você verá. A fauna marinha aqui tem baleias, leões marinhos, focas, pinguins. Pegue estrada até o extremo-sul da cidade para conhecer o Cape of Good Hope (Cabo da Boa Esperança) e faça paradas em Boulders Beach para visitar os pinguins, Muizenberg para fotografar os vestiários em formato de casinhas coloridas e Noordhoek Beach. No retorno, assista ao pôr do Sol no Bay Harbour Market, o mercado municipal mais legal e moderninho que já conheci. Num outro dia, curta praia em Clifton e Camps Bay, as duas vizinhas e rodeadas de mansões de veraneio de arquitetura fantástica. Almoce no The Hussar Grill Camps Bay, “steak house” de primeira linha.

Reserve uma tarde para a Table Montain, uma das 7 maravilhas naturais do mundo.

Ponto turístico sabe como é: fila interminável, mas, chegando no topo, a espera valeu a pena.

Cape Town é também o point da vida noturna. A Long Street tem bares e casas noturnas fantásticos, muitos deles temáticos. Fica a gosto de cada um. Exímia boêmia que sou, adoraria passar meses lá para vivenciar todos. Aproveitando o assunto, na África do Sul não tem essa de cerveja popular ser feita com milho.

Até as mais refrescantes são maltadas, então cada gole é um afago no paladar.

O acompanhamento é sempre excelente: durante toda a minha estadia de quase um mês no país, não fiz uma refeição ruim ou satisfatória. Até os salgados dos postos de gasolina de beira de rodovia são saborosos. Na África do Sul, come-se e se bebe muito bem.

Publicado no Aeroporto Jornal – fevereiro/2017

South Africa in three cities

Aeroporto Jornal visited South Africa. Three cities were chosen for the cover story of this issue: Johannesburg, Durban and Cape Town, in that order.

Daniella Bittencourt Féder

Of all the places I’ve visited and countries I’ve known, none of them made me feel so homesick as South Africa. I was there for about a month, in the company of my great friend Diego Franceschini and I can tell you that the country is truly welcoming. The question “Hello, how are you?” starts conversations between friends or with the hotel receptionist and salespeople. Good mood and well-being always seem to come first. Smart strategy to make life light. Traveling to South Africa is to return with renewed energy and a face full of smiles.

The marks of English colonization are evident everywhere. The excellent urbanization and exposed brick architecture, the British accent, the English hand traffic, the fixation by checkered fabrics (which makes an interesting contrast with the fascinating, ultra-colored African prints) and the very heavy breakfast – the traditional ” english breakfast” takes at least sausages, eggs and bacon, which seems to make more sense in the cold, rainy climate of England than in the South African heat. But I don’t make the rules.

Landing in Johannesburg

Arrival in the country was via Johannesburg international airport, after a stopover in Luanda (Angola). A tip: if you are not carrying a Visa card, fill your hand luggage with snacks from the plane and water before getting off, because the cafeterias at the 4 de Fevereiro International Airport even accept dollars, but return the change in Kwanza and there there is no exchange to make the exchange. Things that don’t make sense…

In South Africa, the currency is the Rand. The time zone is 4 hours apart, counting Brazilian summer time. In the capital, affectionately nicknamed Joburg, two or three days of stay are enough – if one of them is dedicated to the city tour, it is essential to have a parameter of the city and get to know the main tourist attractions. When buying the ticket, choose the option that includes the Soweto district.

Among your stops, discover the Carlton Centre, a building with a 360º aerial view of the city, the SAB World of Beer brewery, which provides a fantastic time travel on the history of beer in Africa, coming from the tribal systems. Finish with the Apartheid Museum to fully understand the terrible actions that segregated the population based on the color of their skin, and then visit the Soweto neighborhood. Joburg’s blacks were expelled to that outskirts of the city so that white Europeans could enjoy the city without hassle. Another thing that doesn’t make sense, since the foreigners there were them.

Visually, Soweto resembles the Brazilian favelas, with poverty and many houses with less than the minimum necessary. It was there that the struggles against Apartheid began to break out, with determination. All of this makes the region extremely rich in history. That’s why Nelson Mandela, in his adult life, lived there while he wasn’t in prison. Being in Soweto and aware of the important meaning of all this is chilling.

The accommodation was at the Once hostel in Joburg. Whoever has the image of an accommodation exclusively for young people is wrong. In addition to being very well located, the hostel has everything that a 4 star hotel has to offer, with the “plus” of being all design – the rooms are beautiful!

Safari and the Big Five

Johannesburg was also the starting point for the safari. I chose to spend three days at Kruger Park staying at the Pretoriuskop campsite. The transfer package picked me up at the hotel. I shared the van with other passengers, among them Magdalena and Tabayi, two fun Swedish girls who became my friends. The journey of about 4 hours to the Kruger Park is decorated by the immensity of verdant mountains that are very reminiscent of the Brazilian mountains, but with a different hue in the color of the vegetation. Well, it’s almost the other side of the world.

Tabayi asked the driver for permission to plug his cell phone into the stereo with a lively playlist of African pop music hits. The driver – guess what – knew how to sing them all and even danced during the favorites. About camping in the middle of the safari, those who associate the tents with perrengue are mistaken. The stay was worthy of 5 stars both in terms of accommodation and service, if in the hotel industry there is a 5 Star Camping category. If you think you’re going to sleep on mats, you’re wrong: they are comfortable beds with white cotton sheets. The tent has lighting, a fan and plenty of room to stand up and hold luggage.

The van crew and I arrived in the afternoon, got settled and then left for an expedition, the “Sunset Outlook”. The jeep departures take place shortly before sunset and in the first hour of the morning, as it is easier to observe the animals when the sun is not at its highest. The task of safaris is to find the “Big Five”, the five largest wild mammals most difficult to be hunted by man. They are the lion, elephant, buffalo, leopard and rhinoceros. We spotted them all right on our first safari, plus zebras, giraffes, impalas, baboons, oryx and more.

The stay at Kruger Park includes how many tours the guest is able to do. In addition to the safari, there is a tour of the region’s natural beauty. It takes all day and passes waterfalls, the stunning God’s Window Lookout and the 25 km long Blyde River Canyon, 750 meters high and the blue river that walks between the mountains. At one of the waterfalls, you can risk a “bungee jump”. I just watched.

Beach summer in Durban

The city of Durban is the coast of South Africa bathed by the Indian Ocean. Blue, translucent, calm waters, with the perfect temperature for bathing and plenty of sun to provide that tan. My idea was to spend every day cooking in the sun. In summer, get up very early because the beach starts to fill up as early as 6:00 – no problem, as dawn starts much earlier.

Remember Magdalena and Tabayi? They told me that they rented an apartment through Airbnb in Downtown (Downtown) and, arriving there, the location was extremely unsafe. Because even though I heard their horror stories, I went through the same situation days later. In my apartment, also on Airbnb, there was no way to even spend the night, such was the strangeness of the place. Escape downtown Durban, especially at night, when it becomes a hotspot for drug trafficking and worse, according to the Uber driver and real hotel staff. They’ll tell you to visit Victoria’s Market, but it’s a hole. It’s in the middle of the muvuca and it’s impossible to get a taxi or Uber to leave after hours buying crafts. You can find knickknacks elsewhere. Luckily, the staff at Aeroporto Jornal was ready to assist me and soon I changed my accommodation to the Golden Mile region. From garbage to luxury. It’s worth paying extra to wake up in a neighborhood of pompous oceanfront hotels and explore the boardwalk’s dining establishments over breakfast. Ah, spend an evening looking out to sea at the California Dreaming bar, where the kitchen is impeccable. Afterwards, the “night” is at the bars on Florida Road.

The diversity of peoples in Durban brings cultural richness (observe the customs of each ethnic group, it’s very interesting), but also an adverse situation: the beaches are full of farofeiros from all over the world and food scraps, which in turn bring… Ants! Perhaps Durban is a better idea in the off-season.

Cape Town: the star of the journey

The beach landscapes are beautiful but ordinary: freezing water and lots of sharks. Cape Town is washed by the cold current of the Atlantic Ocean from Antarctica. Still, it’s worth renting a car to feast your eyes on the most beautiful beaches you’ll see. The marine fauna here has whales, sea lions, seals, penguins. Take the road to the southern end of town to see the Cape of Good Hope and stop at Boulders Beach to visit the penguins, Muizenberg to photograph the colorful locker rooms and Noordhoek Beach. On your way back, watch the sun set at the Bay Harbor Market, the coolest, hippest municipal market I’ve ever seen. On another day, enjoy the beach at Clifton and Camps Bay, the two neighbors and surrounded by fantastically architectural summer mansions. Have lunch at The Hussar Grill Camps Bay, a world-class steak house.

Reserve an afternoon at Table Mountain, one of the 7 natural wonders of the world. Tourist spot knows how it is: endless queue, but, reaching the top, the wait was worth it. Cape Town is also the hotspot for nightlife. Long Street has fantastic bars and nightclubs, many of them themed. It’s up to everyone. Excellent bohemian that I am, I would love to spend months there to experience them all. Taking advantage of the subject, in South Africa there is no such thing as a popular beer made with corn. Even the most refreshing ones are malty, so every sip is a caress on the palate. The accompaniment is always excellent: during my entire stay of almost a month in the country, I didn’t have a bad or satisfying meal. Even the snacks from gas stations along the highway are tasty. In South Africa, you eat and drink very well.

Sudáfrica en tres ciudades

Aeroporto Jornal visitó Sudáfrica y se eligieron tres ciudades para la portada de este número: Johannesburgo, Durban y Ciudad del Cabo, en ese orden.

Daniella Bittencourt Féder

De todos los lugares que he visitado y países que he conocido, ninguno me hizo sentir tanta nostalgia como Sudáfrica. Estuve allí como un mes, en compañía de mi gran amigo Diego Franceschini y les puedo decir que el país es verdaderamente acogedor. La pregunta “Hola, ¿cómo estás?” inicia conversaciones entre amigos o con la recepcionista y los vendedores del hotel. El buen humor y el bienestar siempre parecen ser lo primero. Estrategia inteligente para aligerar la vida. Viajar a Sudáfrica es regresar con energías renovadas y un rostro lleno de sonrisas.

Las marcas de la colonización inglesa son evidentes en todas partes. La excelente urbanización y la arquitectura de ladrillos a la vista, el acento británico, el tráfico de manos inglés, la fijación por telas a cuadros (que contrastan de manera interesante con los fascinantes estampados africanos de ultra colores) y el desayuno muy pesado: el tradicional “desayuno inglés”. toma al menos salchichas, huevos y tocino, lo que parece tener más sentido en el clima frío y lluvioso de Inglaterra que en el calor de Sudáfrica. Pero yo no hago las reglas.

Aterrizando en Johannesburgo

La llegada al país fue a través del aeropuerto internacional de Johannesburgo, luego de una escala en Luanda (Angola). Un consejo: si no lleva tarjeta Visa, llene su equipaje de mano con bocadillos del avión y agua antes de bajarse, porque las cafeterías del Aeropuerto Internacional 4 de Fevereiro incluso aceptan dólares, pero devuelva el cambio en Kwanza y allí. No hay cambio para hacer el cambio. Cosas que no tienen sentido …

En Sudáfrica, la moneda es el rand. La zona horaria está separada por 4 horas, contando el horario de verano brasileño. En la capital, cariñosamente apodada Joburg, bastan dos o tres días de estancia, si uno de ellos está dedicado al city tour, es fundamental tener un parámetro de la ciudad y conocer los principales atractivos turísticos. Al comprar el boleto, elija la opción que incluye el distrito de Soweto.

Entre sus paradas, descubra el Carlton Center, un edificio con una vista aérea de 360º de la ciudad, la cervecería SAB World of Beer, que brinda un fantástico viaje en el tiempo sobre la historia de la cerveza en África, proveniente de los sistemas tribales. Termine con el Museo del Apartheid para comprender a fondo las terribles acciones que segregaron a la población en función del color de su piel, y luego visite el barrio de Soweto. Los negros de Joburg fueron expulsados ​​a las afueras de la ciudad para que los europeos blancos pudieran disfrutar de la ciudad sin problemas. Otra cosa que no tiene sentido, ya que los extranjeros eran ellos.

Visualmente, Soweto recuerda a las favelas brasileñas, con pobreza y muchas casas con menos del mínimo necesario. Fue allí donde comenzaron a estallar las luchas contra el Apartheid, con determinación. Todo esto hace que la región sea extremadamente rica en historia. Por eso Nelson Mandela, en su vida adulta, vivió allí mientras no estaba en prisión. Estar en Soweto y ser consciente del importante significado de todo esto es escalofriante.

El alojamiento fue en el albergue Once en Joburg. Quien tenga la imagen de un alojamiento exclusivo para jóvenes se equivoca. Además de estar muy bien ubicado, el albergue tiene todo lo que un hotel de 4 estrellas tiene para ofrecer, con el “plus” de ser todo diseño: ¡las habitaciones son hermosas!

Safari y los cinco grandes

Johannesburgo también fue el punto de partida del safari. Elegí pasar tres días en Kruger Park alojándome en el campamento Pretoriuskop. El paquete de traslado me recogió en el hotel. Compartí la camioneta con otros pasajeros, entre ellos Magdalena y Tabayi, dos divertidas chicas suecas que se hicieron amigas. El recorrido de unas 4 horas hasta el Parque Kruger está decorado por la inmensidad de verdes montañas que recuerdan mucho a las montañas brasileñas, pero con una tonalidad diferente en el color de la vegetación. Bueno, es casi el otro lado del mundo.
Tabayi le pidió permiso al conductor para conectar su teléfono celular al estéreo con una animada lista de reproducción de éxitos de la música pop africana. El conductor, adivinen qué, sabía cantarlos todos e incluso bailaba durante los favoritos. Sobre acampar en medio del safari, se equivocan quienes asocian las carpas con el perrengue. La estancia fue digna de 5 estrellas tanto en alojamiento como en servicio, si en la industria hotelera hay una categoría de Camping 5 Estrellas. Si crees que vas a dormir sobre colchonetas, te equivocas: son camas cómodas con sábanas blancas de algodón. La carpa tiene iluminación, ventilador y mucho espacio para pararse y guardar el equipaje.

La tripulación de la camioneta y yo llegamos por la tarde, nos acomodamos y luego partimos hacia una expedición, la “Sunset Outlook”. Las salidas en jeep se realizan poco antes del atardecer y en la primera hora de la mañana, ya que es más fácil observar a los animales cuando el sol no está en su punto más alto. La tarea de los safaris es encontrar los “Cinco Grandes”, los cinco mamíferos salvajes más grandes más difíciles de ser cazados por el hombre. Son el león, el elefante, el búfalo, el leopardo y el rinoceronte. Los vimos a todos en nuestro primer safari, además de cebras, jirafas, impalas, babuinos, oryx y más.

La estadía en el Parque Kruger incluye cuántos recorridos puede hacer el huésped. Además del safari, hay un recorrido por la belleza natural de la región. Toma todo el día y pasa por cascadas, el impresionante Mirador de la Ventana de Dios y el Cañón del Río Blyde de 25 km de largo, 750 metros de altura y el río azul que camina entre las montañas. En una de las cascadas, puedes arriesgarte a hacer un “puenting”. Acabo de ver.

Verano de playa en Durban

La ciudad de Durban es la costa de Sudáfrica bañada por el Océano Índico. Aguas azules, traslúcidas, tranquilas, con la temperatura perfecta para bañarse y mucho sol para aportar ese bronceado. Mi idea era pasar todos los días cocinando al sol. En verano, levántate muy temprano porque la playa empieza a llenarse a las 6:00 – no hay problema, ya que el amanecer empieza mucho más temprano.

¿Recuerdas a Magdalena y Tabayi? Me dijeron que alquilaron un departamento a través de Airbnb en Downtown (Downtown) y, al llegar allí, la ubicación era extremadamente insegura. Porque aunque escuché sus historias de terror, pasé por la misma situación días después. En mi apartamento, también en Airbnb, no había forma de ni siquiera pasar la noche, tal era la extrañeza del lugar. Escápese del centro de Durban, especialmente por la noche, cuando se convierte en un punto de acceso para el tráfico de drogas y cosas peores, según el conductor de Uber y el personal real del hotel. Te dirán que visites Victoria’s Market, pero es un agujero. Está en medio de la muvuca y es imposible coger un taxi o un Uber para salir después de horas comprando artesanías. Puedes encontrar chucherías en otros lugares. Afortunadamente, el personal del Aeroporto Jornal estaba listo para ayudarme y pronto cambié mi alojamiento a la región de la Milla de Oro. De la basura al lujo. Vale la pena pagar más para despertarse en un vecindario de pomposos hoteles frente al mar y explorar los restaurantes del malecón durante el desayuno. Ah, pasa una velada mirando al mar en el bar California Dreaming, donde la cocina es impecable. Después, la “noche” es en los bares de Florida Road.

La diversidad de pueblos en Durban trae riqueza cultural (observar las costumbres de cada etnia, es muy interesante), pero también una situación adversa: las playas están llenas de farofeiros de todo el mundo y sobras de comida, que a su vez traen .. ¡Hormigas! Quizás Durban sea una mejor idea fuera de temporada.

Ciudad del Cabo: la estrella del viaje

Los paisajes de la playa son hermosos pero ordinarios: agua helada y muchos tiburones. Ciudad del Cabo es bañada por la corriente fría del Océano Atlántico desde la Antártida. Aún así, vale la pena alquilar un automóvil para deleitar sus ojos con las playas más hermosas que verá. La fauna marina aquí tiene ballenas, leones marinos, focas, pingüinos. Tome la carretera hacia el extremo sur de la ciudad para ver el Cabo de Buena Esperanza y deténgase en Boulders Beach para visitar a los pingüinos, Muizenberg para fotografiar los coloridos vestidores y Noordhoek Beach. En su camino de regreso, observe la puesta de sol en el Bay Harbor Market, el mercado municipal más moderno y de moda que he visto en mi vida. Otro día, disfrute de la playa en Clifton y Camps Bay, los dos vecinos y rodeados de mansiones de verano con una arquitectura fantástica. Almuerce en The Hussar Grill Camps Bay, un asador de clase mundial.

Reserve una tarde en Table Mountain, una de las 7 maravillas naturales del mundo. El spot turístico lo sabe: interminable cola, pero, llegando a lo más alto, la espera valió la pena. Ciudad del Cabo es también el punto de acceso para la vida nocturna. Long Street tiene fantásticos bares y discotecas, muchos de ellos temáticos. Depende de todos. Excelente bohemia que soy, me encantaría pasar meses allí para vivirlas todas. Aprovechando el tema, en Sudáfrica no existe una cerveza popular hecha con maíz. Incluso las más refrescantes son las maltas, por lo que cada sorbo es una caricia en el paladar. El acompañamiento es siempre excelente: durante toda mi estadía de casi un mes en el país, no tuve una comida mala ni satisfactoria. Incluso los sabrosos bocadillos de las estaciones de servicio a lo largo de la carretera son sabrosos. En Sudáfrica se come y bebe muy bien.

Comentários

Leave A Comment