Com apenas 24 horas de antecedência fomos informados para buscar o fabuloso Taos, o novo SUV médio da VW, cinco estrelas em testes de impacto no Latin NCap, para nossa avaliação. Foi entregue a versão Comfortline, sem opcionais, na cor Deep Black, que custa hoje R$ 171.070.

Com linhas clássicas e tradicionais da VW, longe de ser chamativo, o carro impressiona pelo seu porte e é claro, pelo seu espaço interno, pois tem 2,68 metros de entre eixos. Quatro adultos viajam confortavelmente, isso porque o quinto passageiro ao sentar no meio do banco traseiro tem seu espaço reduzido pelo túnel central alto e pelo encosto escamoteável que permite o acesso interno ao porta-malas. Este por sua vez, tem 498 litros, sendo o maior da categoria, podendo ser ampliado ainda mais com o rebatimento parcial ou total dos bancos traseiros.

Impulsionado pelo já conhecido e confiável motor 250 TSI, 1.4 turbo de 150CV e 25,5 kgfm de torque, aliado ao câmbio automático Aisin de 6 velocidades e a suspenção traseira multilink, o carro tem agilidade surpreendente para impulsionar seus 1.420 kg, tanto na cidade quanto na estrada. As rodas são de liga leve aro 18 e calçam pneus 215/55 Good Year Wrangler.

Os bancos são muito confortáveis, revestidos em tecido cinza com bela padronagem. O do motorista tem ajuste lombar e todos os comandos são manuais por alavancas. É fácil e rápido encontrar a melhor posição para dirigir.  Ao total são seis airbags.

Seu quadro de instrumentos digital de oito polegadas é onde a Volks errou feio, uma economia sem sentido em um carro deste porte e valor. Deveria sim, ter o mesmo painel do T-Cross ou do próprio Taos Highline. Não reclamo por ser menor e ter menos funções, mas sim por suprimir funções básicas como o hodômetro parcial e não ter como zerar o computador de bordo para cálculo de consumo. É zerado somente quando se completa o tanque. A conectividade é garantida pela VW Play, sua famosa central multimídia de dez polegadas que já equipa vários modelos da linha. São três entradas USB tipo C, o que exige um adaptador para usuários de Android e Apple não tão recentes. O som é de qualidade distribuído em seis alto falantes.

No uso urbano o silêncio ao rodar se faz presente. O sistema start-stop funciona bem e age em silêncio, ajudando a poupar combustível nos lentos e dessincronizados semáforos de nossas cidades. O ar-condicionado é digital, com duas zonas e tem saída para o banco traseiro.

Na estrada senti falta de um melhor isolamento acústico nas caixas de roda, pois os pneus passam para o habitáculo o ruído do asfalto irregular. Todavia tem excelente isolamento quanto a ruídos de vento. Por R$ 5.280 a mais você compra o pacote segurança composto do “ACC” controle adaptativo de velocidade e distância em relação ao carro da frente, o “AEB” que é a frenagem autônoma de emergência e o detector de pedestre, sempre útil ao se dar a ré.

É um carro para quem prioriza segurança e espaço interno. Quem aprecia mais tecnologia e tem maior folga na conta bancária, deve ficar sem dúvida com a versão Highline, que parte de R$ 200.640. Ambos são produzidos na Argentina que ainda não possui capacidade plena de produção para atender a demanda de exportações para o Brasil.

Abastecido com etanol, a média geral do Taos Comfortline foi de 8,35 Km/l percorrendo ao total 388 km. Melhor média cidade: 6,47 km/l e melhor média estrada: 13,9 km/l.

Texto e fotos: Carlos Fernando Schrappe Borges

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