Se alguém fala do Uruguai e só lhe vem à mente o verão em Punta del Este, saiba que há muito mais a descobrir, inclusive deste charmoso balneário, em todas as estações do ano.

Os encantos do país vizinho se estendem por todos os seus 176,2 mil km² numa cativante descoberta de paisagens de tirar o fôlego. Uma aposta que vale a pena para o turista, mesmo aquele que não pretende se dedicar aos jogos nos cassinos.

De Norte a Sul, acompanhando o Rio da Prata em seu caminho ao encontro do Oceano Atlântico, inúmeras praias se descortinam exuberantes e, rumo ao Interior, o verde surpreende revelando arroios, lagos e rios em profusão junto a fazendas de gado ou vinhedos.

Há também cidades que conservam em suas ruas e casarios a memória dos primeiros anos de colonização, como a pequena Colônia Del Sacramento, tesouro histórico da Humanidade a poucos quilômetros da capital Montevidéu.

Aliás, Montevidéu é imperdível. À onipresença do Rio da Prata se somam a riqueza arquitetônica da cidade velha, os belos parques e a convidativa arquitetura da parte nova entremeada de plátanos centenários e palmeiras.

Neste momento, em especial, o país oferece um forte atrativo para o brasileiro: um real compra quase 11 pesos uruguaios. E os reais são aceitos em praticamente todo o comércio, menos nos táxis, assim é preciso fazer câmbio somente para despesas pequenas.

Lógico que os cassinos são outra atração para nosotros.

O luxuoso Enjoy Punta del Este, de Punta, por exemplo, é ocupado mensalmente por 40% de brasileiros, a maioria com só um objetivo: tentar a sorte contra a banca.

Com o tamanho dos Estados do Ceará e Alagoas juntos, o Uruguai cabe 48 vezes no Brasil e tem pouco mais de três milhões de habitantes (na capital vivem pouco mais da metade, 1,5 milhão). Separado do Brasil em 1494 pelo Tratado de Tordesilhas, acordo entre Portugal e Espanha, o antigo irmão é pequeno apenas em tamanho.

Seu território, rico em agricultura e altamente irrigado tem ótimas opções de turismo em todos seus recantos. Rotas Rurais e de Ecoturismo, Roteiros de Vinhos, Termas com águas até 46°C são exemplos das boas surpresas para os visitantes, além das praias.

No entorno de Montevidéu se o turista quiser, um final de semana não basta para conferir tudo o que se coloca à sua disposição. A capital que preserva suas construções, mas não deixa de ser moderna, tem muita história para contar e outras tantas curiosidades.

Um exemplo é o Shopping Punta Carretas, erguido numa antiga prisão onde ficavam confinados os tupamaros, extinto grupo guerrilheiro de luta contra a ditadura sofrida por dez anos no país. Outro: em Piriápolis, o Hotel Argentino, da década de 30, foi construído com elementos da alquimia e, dizem, marca a existência de um potente fluxo de energias mágicas.

Mais: a monumental casa do artista plástico mais famoso do país, Carlos Páez Vilaró, que hoje, além de sua residência, anexa museu, restaurante, galeria de arte e hotel, começou sendo construída por suas próprias mãos, quando ele ainda não conquistara o reconhecimento público internacional.

Viver o Uruguai é compartilhar ares de história e, principalmente, de tranquilidade, visível no povo que anda com calma pelas ruas e que preserva seus patrimônios históricos com o orgulho de quem respeita as próprias raízes.

Lá, esqueça a pressa e dê tempo para umas boas conversas com a gente da terra que parece não se importar com o relógio quando requisitada. E é fácil reconhecê-la pela companhia inseparável da garrafa térmica e cuia de mate.

No mais, aproveite também a gastronomia local, das parrillas às sobremesas, dos queijos e embutidos aos pães, tudo dá água na boca. Melhor só se acompanhado de um vinho. Nacional.

Colonia, o começo de tudo

Foram os portugueses, que em 1680, fundaram Colonia del Sacramento, primeira povoação do Uruguai. Alvo de disputa, passou anos trocando de mãos entre portugueses e espanhóis.

O setor histórico da cidade é testemunha disso. Ali, 33 quarteirões guardam algumas das primeiras habitações e o mais antigo Farol e igreja do país, a do Santíssimo Sacramento.

O encanto do passeio começa na porta da cidadela, com ponte levadiça, que revela ruínas das muralhas que protegiam os moradores dos ataques inimigos, ora portugueses, ora espanhóis.

Seguindo pelo calçamento de pedras encontram-se sete museus (ingresso dá direito a entrar em todos) repletos de documentos e objetos históricos, alguns remetendo à história do Brasil, do qual Uruguai fez parte um dia. Aliás, foi em Colonia que nasceu Hipólito José da Costa (1774) que deu origem à imprensa brasileira.

As diferenças das duas culturas européias se percebem em coisas simples: no calçamento português o centro das ruas é rebaixado para escoar a água da chuva, enquanto no espanhol há calçadas para evitar a passagem por poças d’água; as paredes das casas portuguesas são de pedra e as espanholas de tijolos.

Estas são algumas das lições que se aprende Colonia, o começo de tudo em Colonia e visitá-la é como abrir um bom livro de História. A cidade de 25 mil habitantes e Patrimônio Histórico da Humanidade fica a 178 quilômetros de Montevidéu.

As opções de hospedagem são muitas e variadas, desde pousadas em construções seculares, caso da Posada del Angel, até o requintado Sheraton, com spa, piscinas e campo de golfe de nove buracos (já projetado para atingir os dezoito).

Ficando em Colonia se pode conhecer bons restaurantes, locar bicicletas ou carrinhos elétricos e fazer roteiros de turismo rural ou pelas bodegas locais. Outra visita imperdível é o Aquário local, o único do gênero no país.

Gostoso é tentar descobrir preciosidades históricas, como a encontrada numa placa fixada numa casa histórica. Ali, revela, morou Miguel Hines, de 1815 até 1843, quando foi assassinado não se sabe por quem e “Colônia descobriu o que os ingleses sabiam há muito tempo: Hines era o único herdeiro do Rei Jorge IV, da Inglaterra, coroa que rechaçou em 1818 para permanecer no seu pequeno reino coloniense”.

No dia da sua morte, diz a placa, navios ingleses atracados no porto baixaram suas bandeiras a meio mastro.

Montevidéu, linda e tranquila

Uma das duas entradas aéreas no Uruguai é pelo Aeroporto Internacional de Carrasco, em Montevidéu. Dali em diante surpreende que a capital de um país seja tão tranquila, o que é um convite para que se bote o pé no freio.

Arborizada, com ruas e calçamento conversados, Montevidéu nem parece ter mais de 1,5 milhão de habitantes (ali, pasme-se, não existe engarrafamento). Pela avenida que leva ao centro e margeia o Rio da Prata já se começa a sentir que a visita vale a pena.

A paisagem é linda e, olhando as praias, pergunta-se: é rio ou mar?

O Prata estende-se a perder de vista – até a Argentina, do outro lado, são 220 km – e acompanha-nos por quase toda a cidade.

Há muito que se ver, mas 3 ou 4 dias são suficientes para conhecer museus, teatros, o bairro histórico, livrarias, galerias de arte, o artesanato, antiquários, algum show de tango. Vale lembrar: Carlos Gardel nasceu no Norte do Uruguai.

Na Cidade Velha, num circuito a pé, se pode apreciar mais de cinquenta pontos turísticos.

Começando à beira do rio, no Museu do Carnaval, e terminando na principal avenida, a 18 de julho, passa-se pela Plaza Constitución, de 1726, Palacio Salvo, de 1928, Museu y Archivo Histórico Municipal, de 1804, pela Puerta de la Ciudadela, de 1746, que protegia a população de ataques (àquela época toda a cidade era murada) e Plaza Independencia, de 1836, que abriga o memorial do general Artigas, herói nacional e um dos 33 Orientais que lutaram pela independência do país.

No percurso não deixe de entrar no Teatro Solis, de 1856. Majestoso, tem 1.250 lugares e um lustre de meia tonelada de cristais Baccarat com 177 lâmpadas sobre a platéia.

No seu palco, de agosto a setembro, acontece uma das melhores temporadas de ópera, que este ano terá, entre outras, apresentações de “Nabucco”, de Verdi, e “Barbeiro de Sevilha”, de Rossini. No mesmo circuito está o Mercado del Puerto, construção de 1855 trazida da Inglaterra, que abriga restaurantes típicos. Aproveite.

Montevidéu tem uma gastronomia irrepreensível e ali se pode provar desde pescados da região a parrillas, churrasco uruguaio feito de cortes especiais em enormes grelhas alimentadas por fogo a lenha.

Uma dica é o requisitado Cabaña Verónica. Duas sugestões de hospedagem: no centro, Hotel Balfer (diárias a partir de US$ 36) e, no setor histórico, o quatro estrelas Radisson (diárias a partir de US$ 160).

E não tente conhecer tudo num só dia. É impossível e um desperdício. Montevidéu é para ficar, curtir e, porque não, fazer compras – principalmente de couros e lãs, de qualidade excepcional a preços razoáveis.

Punta del Este, o charme de Maldonado

De todos os balneários do Departamento de Maldonado Punta del Este é, com certeza, a preferida de nove entre dez turistas. O charme da cidade é irresistível. Belos hotéis dividem as atenções com sofisticadas pousadas, restaurantes e tentadoras lojas das grifes mais famosas do Uruguai e do mundo.

Tudo isso envolto numa paisagem deslumbrante em que acontece o encontro das águas do Rio da Prata com o Oceano Atlântico e onde desfilam barcos, lanchas, iates e navios de cruzeiro.

Tudo é são dedicados à vida ao ar livre e à prática de esportes como surf, pólo, golfe ou vôos de parapente, a noite oferece shows musicais, espetáculos de dança, peças teatrais, festivais de cinema, desfiles de moda, cassinos, discotecas. São várias opções de janeiro a janeiro.

Mas são os cassinos, que funcionam 24 horas no verão e das 11h da manhã às 3 da madrugada nas outras estações, a grande atração dos brasileiros, com apostas a partir de US$ 1.

Ali, junto às mesas de pôquer, black-jack, roletas e até nos caça-níqueis. No luxuoso Enjoy Conrad Punta del Este nada menos que 40% dos hóspedes são brasileiros, média que se mantém o ano todo.

Se você não que viver tão imerso na tentação, uma boa opção é se hospedar no elegante Barradas Parque Hotel, na Playa Mansa. Com duas piscinas, cancha poliesportiva, cozinha e serviços impecáveis tem diárias a partir de U$ 110.

Entre os restaurantes nossa dica é o Lo de Tere, na Rambla del Puerto, que alia o melhor das gastronomias local e internacional à esplêndida vista da baía.

Outra dica é o passeio guiado à Isla de Lobos, em frente ao Iate Clube. São 40 minutos de barco, mas valem a pena. A ilha é reserva ambiental, onde está a maior colônia de lobos marinhos das Américas: mais de 180 mil espécimes.

Aproveite a viagem também para conhecer as outras belezas de Maldonado, como os balneários de Piriápolis ou Punta Ballena, ambos a poucos quilômetros de Punta. Piriápolis (foto que abre a matéria), fundada pelo italiano Francisco Piria em l890, foi inspirada nos balneários europeus da Belle Epoque.

Rodeada por cerros, bosques e praias é conhecida por suas rotas místicas – da Qabbalah e Alquimista Interior, onde peregrinos meditam e se conectam com locais de poder.

Um deles, diz-se, é o Hotel Argentino (1930) que, inspirado nos palácios italianos, tem 350 apartamentos, lindos jardins e escadarias e é tomado de símbolos alquímicos e cabalísticos.

Também construído por Piria, segundo dizem um notório alquimista, o hotel tem fama de concentrar energias revitalizadoras. De frente para a praia, ele realmente descortina uma paisagem mágica.

Punta Ballena (16 km de Punta del Este) oferece uma das melhores vistas de toda a região e, por isso, é ponto procurado para assistir o pôr do sol. Da estrada Panorâmica, sobre a serra, se pode avistar toda a baía de Maldonado e é dali que saem os passeios de asa delta ou trekking.

Também é ali que está a Casa Pueblo, famosa mistura de construção e obra de arte do Uruguai.

De estilo mediterrâneo e fantásticas proporções abriga hotel, restaurante, museu, galeria de arte e a residência do seu criador, o artista plástico Carlos Páez Vilaró, reconhecido mundialmente. E, para quem quer mais: a apenas 25 minutos do centro de Punta, você encontra a Playa Naturista Chihuahua, com dois quilômetros de praia.

Turismo rural

Com extensas áreas de fazendas, o Uruguai vai se firmando como um destino para quem gosta do turismo rural e de ecoturismo.

Como o tamanho do país permite, é possível ao turista percorrer diversas atrações em pouco tempo e, assim, também se pode praticar o turismo de observação das mais de 450 espécies de aves que habitam, além das terras, aquelas que têm como habitat a enorme rede fluvial do país.

Em diversos pontos existem lugares de observação, seja no Sul, como no Centro e Norte.

E no turismo de campo, várias estâncias estão descobrindo este filão e erguendo construções para receber os turistas para estadias mais longas.

Na Estancia Renacimiento, por exemplo, a pouco menos de 55 quilômetros de Montevidéu, e apenas a 30 minutos do Aeroporto de Carrasco, a exploração turística começou há 19 anos – a fazenda que remonta ao início do século passado e que está com a mesma família desde 1971.

Lá, até recentemente somente se podia passar o dia, fazendo atividades típicas do campo, como cavalgadas de mais de uma hora, ordenha e, por volta das 17h, alimentar com mamadeiras os terneiros. Há um ano foram inaugurados quatro apartamentos, com ar condicionado e tv a cabo, que ficam à disposição dos turistas o ano todo.

Em pouco tempo, estes hóspedes poderão usufruir de uma cozinha campeira e de piscina exclusivas. Atualmente nos finais de semana o movimento é intenso com famílias inteiras passando o dia na estância e saboreando comida típica, a 250 pesos uruguaios por pessoa (cerca de R$ 23,00).

Gastronomia

A parrilla lidera com majestade a cozinha uruguaia. Para isto contribuem tanto os tipos de corte, quanto a excelente qualidade da carne, que é orgânica, sim – no Uruguai é proibido o uso de hormônios e restringida a aplicação de antibióticos.

O resultado é uma carne macia e suculenta, reconhecida mundialmente. Além disso, a tradicional forma de preparo é quase um espetáculo, com os assados feitos à vista dos clientes, em grandes grelhas oblíquas e alimentadas por fogo à lenha da aromática madeira “coronilla”, cuja brasa tem muito calor e duração e desprende perfumes que penetram na carne e inundam o ambiente.

Alguns dos cortes uruguaios já caíram no gosto do brasileiro, como os bifes de chorizo (do miolo de contrafilé) e de ancho (do entrecôte), mas outros podem ser estranhos ao paladar comum.

Para não descobrir tardiamente que os “riñones” e o “chinchulin” que escolheu nada mais são que os rins e o intestino delgado da vaca, convém se informar antes de fazer o pedido.

Explica-se: no Uruguai todas as partes da vaca são aproveitadas, das ditas nobres às vísceras. De resto, renda-se à delícia de comer bem e prove novos sabores. Com a parrilla, experimente o adobo, um molho à base de orégano, pimenta, salsinha, coentro, alho e tomilho, algo similar ao chimichurry mexicano.

Para acompanhar, quatro opções: cerveja (atenção, que as garrafas são de um litro), vinho Tannat, o típico Medio y Medio (tipo de vinho espumante) ou suco de Pomelo (da fruta uruguaia) e, de sobremesa, um chajá (doce gelado moldado em bola de suspiro com chantily, recheado com massa leve, doce de leite e pêssego em calda).

Combinação divina.

A gastronomia uruguaia é uma harmoniosa alquimia de sabores, cores, cheiros, formas e apresentação. Os pães, as medialunas (croissants), as empanadas, os alfajores e os doces em geral são inesquecíveis, mas visitar o Uruguai e não experimentar o seu doce de leite é pecado mortal.

Imperdíveis, também, são os finos e crocantes biscoitos, doces ou salgados. Portanto, calma no supermercado.

Alimentos sólidos, líquidos ou crocantes na bagagem de mão são retidos no aeroporto. Então, aproveite-os em território nacional, onde há muito mais que experimentar.

Nas lanchonetes, peça um chivito, sanduíche de alcatra com queijo, presunto e salada, ovo cozido ou frito, acompanhado de batatas fritas, que é como um cheese-mignon à brasileira bem fornido.

E, às vezes, esquecendo que e porque os uruguaios são eminentemente carnívoros, escolha um prato de pescado. Dourado, linguado, sardinha, pescada… O cardápio é fácil e variado.

No litoral pode-se optar por peixes de rio ou de mar, pois as águas do Rio da Prata sempre se confundem com as do Oceano Atlântico; no Interior, as especialidades são os de água doce.

Mas não esqueça: o Uruguai tem 600 quilômetros de Norte a Sul e somente 400 quilômetros de Leste a Oeste, distâncias possíveis de manter quaisquer pescados em ótimas condições de ir à mesa.

Além de tudo, as receitas são boas e diferentes, pois os uruguaios parecem mestres em mesclar ervas nos seus preparos. Vale a pena anotar as receitas que conseguir. Especialmente de carnes. Pois, claro, que país algum alcançaria o consumo de 50 quilos de carne per capita ao ano sem uma cozinha à altura.

O país do melhor vinho Tannat

A variedade de uva Tannat surgiu na França, mas foi em solo uruguaio que ganhou qualidade e sabor. Ela chegou ao país em 1870 e, hoje, se pode afirmar que é neste país que ela tem seu melhor desenvolvimento, tanto assim, que o melhor Tannat do mundo é uruguaio.

E as bodegas, que são quase trezentas, formam um roteiro turístico de encher vários copos, acompanhados, lógico, dos excelentes queijos e embutidos. A Tannat uruguaia forma um vinho tinto de cor intensa, harmonizando cheiros de fruta passa, adocicadas e especiarias.

O circuito do vinho em Canelones, departamento que fabrica mais da metade do vinho do país, integra pelo menos seis vinícolas.

A família Stagnari, tem na região, duas bodegas. Numa delas, a do filho Hector, a H. Stagnari, está assentada numa propriedade de 1890 e é ali, em seus barris de carvalho francês que se produz o orgulho da enologia local: as garrafas do Dinastía, Dayman, únicos campeões uruguaios em concursos mundiais, e o Tannat Viejo, campeão do hemisfério Sul.

A vinícola tem visitas guiadas, de segunda a sábado com reservas antecipadas, que mostram ao turista todo o processo de produção de seus vinhos, que inclui safras das uvas Syrah, Merlot, Cabernet Sauvignon e Chardonnay, entre outras, numa produção de até 1,2 mil garrafas por dia.

Ao final, uma degustação com quatro vinhos tintos.

Tudo isto a US$ 16 por pessoa para grupos de quatro pessoas ou mais. E com outra vantagem: comprar garrafas até três vezes mais baratas que no Brasil. O Dinastía, receita da família desde 1925, sai por R$ 80,00; o Dayman, R$ 58,00 e o Tannat Viejo, R$ 20,00.

Este mesmo tipo de visita acontece também em outras partes do Uruguai, como no departamento de Colonia del Sacramento, onde fica a bodega Los Cerros de San Juan, fundada em 1854 e hoje monumento histórico do Uruguai.

Jean Luiz Féder e Sonia Bittencourt
Fotos de Carlos Fernando Schrappe Borges
Publicado no Aeroporto Jornal – maio/2009

Uruguay, for the entire year

If someone speaks of Uruguay and it only comes to mind the summer at Punta del Este, know that there is much more to find out, even of this charming balneary, during all the seasons of the year.

The charms of this neighboring country extend to all its 176.2 thousand square kilometers in a captivating discovery of breathtaking landscapes .

A gamble that it is worth for the tourist, even for those who don’t want to devote to games in casinos.

From north to south, following the Plate River in its way towards the Atlantic Ocean, numerous outrageous beaches appear and, going to the country green surprises reveal streams, lakes and rivers in profusion near the farms of cattle or vineyards.

There are also cities which retain in its streets and set of houses the memories of the early colonization years, as the small Colonia del Sacramento, a humanity historic treasure, just a few kilometers from the capital Montevideo. Moreover, Montevideo can’t be missed.

Add to the omnipresence of the Plate River the old town’s architectural richness, the beautiful parks and the inviting architecture of the new part surrounded by centenaries Planatus and palm trees .

At the moment, in particular, the country offers a strong attractive for the Brazilians: a real purchases almost 11 Uruguayan pesos.

And the real is accepted in virtually all trade, but in taxis, so we need to exchange only for small expenditure.

Of course that the casinos are another attraction for nosotros.

The elegant Enjoy Punta del Este, in Punta, for example, is 40% occupied by Brazilians monthly, most of them with only one aim: to try the luck.

With the size of the states Ceará and Alagoas together, Uruguay fits 48 times in Brazil and has little more than three million inhabitants (in the capital live little more than half, 1,5 million).

Separated from Brazil in 1494 by the Treaty of Tordesilhas, agreement between Portugal and Spain, the old brother is smaller only in size. I

ts territory, rich in agriculture and highly irrigated has excellent choices of tourism in all its corners. Rural routes and ecotourism, route of wines, spas with waters until 46 C are examples of good surprises for visitors, in addition to the beaches.

Montevideo surroundings if the tourist wants, one week isn’t not enough to see everything that arises as options.

The capital which preserves its buildings, but it is also modern, has much history to tell and many other curiosities.

One example is the mall Punta Carretas, built in a former prison where the tupamaros remained confined, an extinct guerrilla group in the fight against dictatorship suffered by ten years in the country.

Other: In Piriápolis, the Hotel Argentino, from the 30’s, was built with elements of alchemy, as told, marking the existence of a powerful magic flow of energy.

More: the monumental house of the most famous plastic artist in the country, Carlos Páez Vilaró, that today, in addition to the residence, it is also a museum, a restaurant, an art gallery and a hotel, started being built with his own hands when he still hadn’t the international public recognition.

Living Uruguay means to share an atmosphere of history and, mainly, of tranquility, visible in people that walk with ease through the streets and preserve the historical patrimonies with the pride of who respect their own roots.

There, forget the haste and spend some time for some good conversations with the local people that seem not to care about the time when requested.

And it is easy recognize them, once they are inseparable from the thermos bottle and cuia mate.

Moreover, enjoy the local gastronomy, the parrillas, desserts, cheese, sausages and breads, everything simply tasty.

Better only if accompanied by a wine. National.

The pictures to illustrate this were taken by Carlos Fernando Schrappe Borges

Translation M. Claudia Trevisan Borges

Uruguay, para todo el año

Si alguna persona habla del Uruguay y solamente le viene en la mente el verano en Punta del Leste, sepa que hay mucho más para descubrir, incluso de este encantador balneario, en todas las estaciones del año.

Los encantos del país vecino se extended por todos sus 176,2 mil km², en una activante descubierta de paisajes de sacar el colego.

Una apueste que vale demasiado para el turista, mismo aquel que no tiene la intención de se dedicar a los juegos en los casinos.

De Norte a Sur acompañando el Río de la Plata en su camino al encuentro del Océano Atlántico, innúmeras playas se descortina exuberantes y, rumo al interior, el verde sorprende revelando arroyos, lagos y ríos en profusión junto a las haciendas de gado o viñedos.

Hay también ciudades que conservan en sus calles y casarios la memoria de los primeros años de colonización, como la pequeña Colonia del Sacramento, tesoro histórico de la Humanidad hacia pocos kilómetros de la capital Montevideo.

Además Montevideo es imperdible. La omnipresencia del Río de la Plata se soman la riqueza arquitectónica de la antigua ciudad, los lindos parques y la arquitectura de la parte nueva éntreme hada de plátanos centenarios y palmeras que es muy atrayente.

En este momento, en especial, el país ofrece un fuerte atractivo para el brasileño ¡ Un real compra casi 11 pesos uruguayos. Y los reales son aceptos en prácticamente todo el comercio, excepto en los taxis, así es necesario hacer cambio solamente para los gastos pequeños.

Lógico que los casinos son otra atracción para nosotros. El lujoso Enjoy Punta del Este, de Punta, por ejemplo, es ocupado mentalmente por 40% de brasileños, la mayoría con un solo objetivo: intentar la suerte contra la banca.

Con el tamaño de los Estados del Ceará y Alagoas juntos, el Uruguay cabe 48 veces en Brasil y tiene poco más de tres millones de habitantes (en la capital viven poco más de la mitad, 1,5 millones).

Separado del Brasil en 1494 por el Tratado de Tordesillas, acuerdo rico entre Portugal e España, el antiguo hermano es pequeño apenas en tamaño.

Su territorio rico en agricultura y altamente irrigado tiene óptimas opciones de turismo en todos sus recantos.

Rotas rurales y de Ecoturismo, Roteros de Vinos, Termas con aguas hasta 46°C son ejemplos de las buenas sorpresas para los visitantes, además de las playas.

En el entorno de Montevideo si el turista desear, un final de semana no basta para conferir Tololo que se coloca a sus disposición.

La capital que preserva sus construcciones, pero no dejas de ser moderna, tiene mucha historia para contar y otras tantas curiosidades.

Um ejemplo es el “Shopping Punta Carretas”, erguido en una antigua prisión donde se quedaban confinados los tupamaros, extinto grupo guerrillero de pelea contra la ditadura sufrida por 10 años en el país.

Otro: en Piriápolis, el Hotel Argentino de la década de 30, que construido con elementos de la alquimia y dicen, marca la existencia de un potente fluxo de energías mágicas.

Más la monumental casa del artista plástico más famoso del país, Carlos Páez Vilanó, que hoy, además de su residencia, anexa museo, restaurante, galería de arte y hotel, empezó sendo construida por sus propias manos, cuando él aún no conquistara el reconocimiento público internacional.

Viver el Uruguay es compartir ares de historia y principalmente, de tranquilidad, visible en el pueblo que aún con calma por las calles y que preserva sus patrimonios históricos con el orgullo de quién respecta las propias raízes.

Lá, olvídate de la rapidez, de tiempo para unas buenas charlas con gente de la tierra que parece no se importar con el reloj cuando requisitaza.

Y es fácil reconocerla de la botella térmica y cuya de mate. Aproveche también la gastronomía local, u las parrillas a los postres, de los quesos e embutidos a los panes, todo muy rico. Mejor solo si acompañado de un vino nacional.

Las fotos que ilustran esta materia son de Carlos Fernando Schrappe Borges

Traducción Cristiane Silva do Nascimento

Comentários

Leave A Comment