O Uruguai tem uma surpresa para quem ama vinhos. O ano de 2020 foi uma excepcional safra para a produção de vinhos. Sobretudo, do vinho uruguaio Tannat, muito procurado por brasileiros que visitam o país.

A safra teve recorde em quantidade: 159 vinícolas moeram mais de 93 milhões de quilos de uva. Isto é 10,75% mais que no ano anterior. E os especialistas afirmam que a qualidade das uvas coletadas foi surpreendente.

Os dados são do Instituto Nacional de Vitivinicultura do Uruguai (Inavi). A partir de julho, a safra estará no Brasil. José Lez, presidente do Instituto, diz que a vindima 2020 foi realmente boa: “nos permitirá seguir o caminho traçado para consolidar nossos vinhos no Uruguai e no mundo”.

Os vinhos Tannat

Nos vinhos do Uruguai, predomina a uva Tannat. A varietal tem origem francesa e, graças ao clima do país, se tornou cada vez mais importante. A cepa é originária das áreas de Madiran e Irouleguy (sudoeste da França). Ela entrou no Uruguai no último quartel do século XIX, quando os imigrantes começaram a cultivá-la no país.

Mas foi o basco Pascual Harriague que deu a essa variedade seu grande ímpeto: este empresário, nascido em 1819, chegou ao Uruguai em 1840 e, após várias atividades pecuárias no país, se estabeleceu na cidade de Salto.

Por volta de 1870, e depois de alguns anos de testes com variedades, ele encontrou as condições nas uvas Tannat para produzir um ótimo vinho tinto. A receita foi apresentada em 1887 e recebeu elogios e prêmios internacionais nas exposições mundiais de Barcelona e Paris em 1888 e 1889.

Pascual Harriague deixou o legado de seu cultivo, que deu ao Uruguai a identidade de uma região vinícola e, desde então, quatro gerações de viticultores uruguaios continuaram seu trabalho.

Fonte: Assessoria de Imprensa

Comentários

Leave A Comment