O presidente da Rússia, Vladimir Putin, firmou uma lei que mexe com o status de origem de uma das mais tradicionais bebidas francesas: o Champanhe. Com a nova legislação, todas as garrafas devem vir com a descrição de “vinho espumante” e apenas as que forem produzidas em território russo poderão usar a terminologia champanhe.

No entanto, a mudança atinge em cheio os produtores da região francesa, que fica a cerca de 150 km de Paris, e que são os únicos do mundo a poder usar o título mais prestigioso.

Como resposta, o grupo francês de luxo LVMH – que produz as marcas Möet & Chandon, Veuve Cliquot e Dom Perignon – informou que suspendeu temporariamente as exportações para a Rússia para as “adequações”. Em nota, o grupo informou que os rótulos receberão a informação “vinho espumante” na parte de trás da garrafa.

Essa não é a primeira vez que Putin firma uma lei que atinge em cheio alguns dos produtos de excelência dos países europeus. Em 2014, uma série de queijos foi alvo de embargos do governo russo, incluindo o Parmeggiano Reggiano da Itália e o Gouda holandês.

A decisão ocorre em um dos piores momentos das relações bilaterais entre Rússia e União Europeia e após a tentativa frustrada de países como Alemanha e França de levar adiante uma cúpula com Putin.

Só pode ser considerado um Champagne os vinhos produzidos na região homóloga da França. Os demais devem receber a terminologia de “espumantes”. No entanto, a Rússia tem o seu “shampanskoye”, a terminologia cirílica do termo champanhe.

Fonte: Ansa

Foto: Ansa/Ufficio Stampa

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