Um estudo da plataforma CupomValido.com.br reuniu dados do World Happiness Report, Nature e Harvard sobre o nível de felicidade no mundo e colocou três países nórdicos como os países mais felizes, no topo do ranking mundial da felicidade: Finlândia, Islândia e Dinamarca.

Foram considerados seis fatores para medir o nível de felicidade: apoio social, ausência de corrupção, expectativa de vida, generosidade, liberdade para escolhas na vida, PIB per capita, e vida saudável. Ao somar cada um dos fatores, foi dada uma pontuação para cada país, onde a Finlândia atingiu a nota máxima de 7.80, e o Afeganistão a menor nota, de 2.56.

De um total de 153 países do estudo feito pela CupomValido.com.br, o Brasil ficou na 41ª posição, com a nota 6.11. Longe do topo, mas acima da média mundial (5.5) e bem afastado das piores posições, como o Afeganistão, Sudão do Sul e Zimbábue.

Nórdicos

A Finlândia é considerada o país mais feliz do mundo pelo quarto ano consecutivo.

O motivo dos países nórdicos estarem no topo do ranking, não pode ser explicado por um único fator, mas sim por um conjunto deles.

Nestes países, tanto a saúde quanto a educação são totalmente gratuitos, além de se ter um baixo nível de criminalidade em comparação com a média mundial.

No caso da Suécia, por exemplo, os pais de recém-nascido têm direito a 480 dias de licença trabalhista, com 80% do salário garantido.

Os países nórdicos parecem ter encontrado o balanço entre o trabalho e a vida pessoal, que tem contribuído para estarem continuamente entre os países mais felizes do mundo.

Dinheiro = felicidade?

Após uma análise com mais de 1,7 milhão de pessoas em 164 países, os pesquisadores descobriram a resposta para esta pergunta.

A conclusão é que o dinheiro influencia sim no nível de felicidade. Porém, após se conseguir os itens básicos, como alimentação, saúde e moradia, a quantidade de dinheiro tende a ser cada vez menos relevante.

Segundo a pesquisa, o valor anual para se atingir o ápice de satisfação é de US$ 95 mil dólares por ano (R$ 494 mil por ano, ou aproximadamente R$ 41 mil por mês).

Já para se obter o bem-estar emocional, o valor é menor, varia de US$ 60 mil e US$ 75 mil ao ano (R$ 312 mil e R$ 390 mil por ano, ou R$ 26 mil e R$ 32 mil por mês).

O valor de US$ 95 mil é uma média mundial, porque ao levar em consideração os países da América Latina, o valor é menor, US$ 35 mil ao ano (R$ 182 mil por ano, ou R$ 15 mil por mês).

Lembrando que o estudo mostra o valor máximo, e não o valor necessário para ser feliz.

Portanto, por mais que no Brasil o salário-mínimo seja de R$ 1.100, e a renda domiciliar per capita de R$ 1.380 – valor muito abaixo dos US$ 95 mil anuais – o país se encontra numa posição acima da média ao compararmos o nível de felicidade com outros países do globo. Ao considerarmos somente os países da América Latina por exemplo, o Brasil fica atrás somente do Uruguai.

Não é sobre o dinheiro

Numa pesquisa realizada com millenials (geração nascida entre 1981 e 1996) mais de 80% responderam que a meta número 1 de vida era ser rico, e 50% responderam que a segunda era ser famoso.

Dinheiro e fama dão a impressão de que são itens necessários para uma vida feliz. Porém, pesquisadores de Harvard discordam desta afirmação.

Harvard está realizando o estudo mais longínquo já existente sobre a felicidade. Com início no ano de 1938, o estudo com mais de oito décadas está analisando setecentos homens durante toda a sua vida para descobrir lições sobre a felicidade.

Segundo o atual diretor do estudo, Robert Waldinger, apesar da pesquisa ainda estar em andamento, já existem algumas lições a ser retirada.

“A solidão mata. É tão forte quanto o vício em cigarros ou álcool”, afirma o pesquisador.

O inverso também é verdade. Existe uma correlação muito alta entre as pessoas que tem relações próximas e o nível de felicidade.

Segundo o estudo, o fator principal relacionado a um alto nível de felicidade, são as conexões com os amigos, família e a comunidade ao redor.

“É tudo uma questão de relacionamento. A mensagem resumida é que os relacionamentos nos tornam mais felizes. No entanto, a mensagem mais longa é sobre como é preciso trabalho – e trabalho constante – para cuidar dos relacionamentos. Nunca estamos em um lugar onde podemos dizer: ‘Ok, meus relacionamentos são bons, é isso, terminei’. As pessoas estão sempre mudando, nós estamos sempre mudando, então os relacionamentos estão sempre mudando. Cuidar de nossos relacionamentos é um projeto contínuo, mas vale a pena. Vale a pena o investimento.” afirma o pesquisador.

Fonte: Harvard, Nature, Cupom Válido, World Happiness Report

Foto: Tasy Hong/Pixabay

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