O ano mais quente da história. As Nações Unidas revelaram que o fenômeno El Niño pode ser a causa para 2023 ser o ano mais quente já registrado. E, em 2024, a média de temperaturas pode ser ainda mais alta, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM).

Uma das bases para a projeção é o calor excepcional que vem sendo observado desde junho. A situação está associada ao fenômeno climático e deve durar pelo menos até abril de 2024.

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Hemisfério Norte

A agência das Nações Unidas diz haver 90% de probabilidade de que o evento natural continue durante o inverno do Hemisfério Norte, após uma projeção publicada em outubro passado.

O evento El Niño provoca o aquecimento das temperaturas da superfície dos mares no Oceano Pacífico oriental e central. A situação pode desencadear episódios climáticos extremos, desde incêndios florestais a ciclones tropicais e secas prolongadas.

Em todo o mundo há registros de calamidades. Para o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, há uma contribuição clara e inequívoca das crescentes concentrações de gases do efeito de estufa provenientes das atividades humanas que retêm o calor.

Ondas de calor, secas, incêndios florestais

O chefe da OMM assinalou a previsão de eventos extremos mais fortes como ondas de calor, secas, incêndios florestais, chuvas intensas e inundações.

Desde maio de 2023, a alta da temperatura da superfície do mar no Pacífico equatorial centro-leste oscilou entre cerca de 0,5 °C acima da média e acima de 1,5 °C, em setembro.

O ano 2016 foi até agora considerado o mais quente devido ao efeito duplo de um episódio do El Niño, que foi considerado “excepcionalmente forte”, e ao impacto do aquecimento induzido pela queima de combustíveis fósseis.

Para o líder da organização, ainda é possível evitar o pior do caos climático e não há tempo a perder.

Em relação à extensão do gelo marinho da Antártida manteve-se num nível recorde baixo para esta época do ano, com um valor mensal 12% abaixo da média.

O dado é de longe a maior anomalia negativa para agosto desde que as observações por satélite começaram no final da década de 1970.

A extensão do gelo marinho do Ártico ficou 10% abaixo da média, mas bem acima do mínimo recorde de agosto de 2012.

Em maio, um relatório da OMM e do Met Office do Reino Unido apontava para 98% de probabilidade de que pelo menos um dos próximos cinco anos seja o mais quente já registrado.

Fonte: ONU News

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