Milhas são acumuladas, muitas vezes, para uso em viagens, principalmente na compra de bilhetes aéreos. Normalmente, tarifas entre voos Brasil-Europa sempre foram muito parecidas com os trechos Brasil-Estados Unidos por terem duração de voos e procura similares. Porém, nas últimas semanas, um voo para a Lisboa, Portugal, tem custado o dobro do preço de uma ida a Miami, nos Estados Unidos.
Este cenário de aumento que também pode ser percebido no universo das milhas aéreas. É o caso do voo São Paulo-Los Angeles (Estados Unidos) que custa mais de 6.100 milhas – equivalente a R$ 2.565. Diferente do trajeto São Paulo-Paris que não sai por menos de R$ 3,6 mil – rota que é ainda mais perto do Brasil do que Los Angeles.
Rodrigo Góes, educador financeiro em milhas aéreas, diz que o principal fator que está gerando este deslocamento é a relação oferta e demanda, sem descartar low-cost, dólar, fusões e até atraso na entrega de aeronaves: “O principal fator que influencia no valor das passagens aéreas é a relação entre oferta e demanda. Hoje em dia, é possível realizar voos diretos entre Brasil- Europa, como também entre Brasil-Estados Unidos, contudo os voos para a Europa estão com uma maior procura, fazendo com que as companhias aéreas não precisem oferecer descontos para encher os aviões. Com isso, os preços seguem de normais a altos, com rotas 100% ocupadas. Já os voos para os Estados Unidos continuam com demanda regular para baixa, fazendo com que as companhias precisem oferecer descontos mais agressivos para preencher uma rota”.
TURISMO: Destino para viajar na Europa
Ainda segundo Rodrigo Góes, outros fatores também explicam essa diferença na demanda por passagens para as duas regiões. “A entrada de duas empresas de ultrabaixo custo e baixo custo no mercado brasileiro com destino aos Estados Unidos, as chamadas low-cost, puxaram os preços para baixo. Já para a Europa, atualmente não temos nenhuma companhia aérea desse segmento atuando. Antes da pandemia havia a Norwegian, que encerrou suas rotas no Brasil. Também houve a questão da emissão de vistos americanos aqui no Brasil, que ainda está com uma grande fila de espera, com locais fazendo agendamentos até aos sábados para emitir o documento. O preço do dólar também foi um fator desse aumento. E por fim, os problemas na cadeia de fornecimento, que está atrasando a entrega de Boeing e Airbus. E somado a isso, as fusões de companhias aéreas na Europa”, destaca Góes.
Ainda assim, segundo o educador em milhas aéreas, é possível aproveitar o acúmulo de milhas para conseguir bons descontos. Isso porque as passagens aéreas aumentaram tanto para as compras em dinheiro, quanto nas compras por aquisição com milhas.
“Já ouvi muitas pessoas falando que não vale mais a pena utilizar milhas aéreas para adquirir passagens, porque elas aumentaram. Mas o que não aumentou nos últimos meses? Com a inflação, tudo teve alteração de preço: gasolina, mão de obra, consumo e até mesmo o salário-mínimo. Hoje você não compra com mil reais as mesmas coisas que comprava há cinco anos. Mas isso não quer dizer que as milhas deixaram de ser uma estratégia favorável e eficiente para quem quer economizar, viajar e até fazer uma renda extra. Se sai mais barato do que comprar uma passagem da maneira convencional com gastos fixos que você já teria na sua casa, então compensa”, fala o especialista em milhas áreas
Esperar ou comprar agora?
Para Rodrigo Goés é sempre melhor ter estratégias para comprar as passagens com as milhas. “O ideal é fazer um planejamento de seis a doze meses antes da viagem internacional para aproveitar as boas ofertas do mercado. Use sempre um buscador para achar o preço mais interessante, como Sky Scanner, Kayak e Google Flights. Às vezes, uma combinação das informações dessas plataformas traz boas compras”, esclarece Góes.
Para pagar mais barato, Rodrigo que já viajou mais de quarenta países usando milhas explica: “Procure as companhias que têm parcerias com as companhias aéreas internacionais e tenham preços tabelados. Você pode usar suas milhas para viajar na companhia parceira por um valor fixo bastante atraente. Por exemplo: a American Airlines tem parceria com a Gol. Qualquer passagem deles para viajar dentro do Brasil é 8.500 milhas. E lá fora, tem passagem aéreas por 30 mil, 40 mil milhas viajando de classe executiva. É uma excelente estratégia para viajar barato e com conforto. É bom ficar de olho nessas alianças e parcerias”, finaliza o especialista.
Com apoio Broto Comunicação
“Este cenário de aumento que também pode ser percebido no universo das milhas aéreas. É o caso do voo São Paulo-Los Angeles (Estados Unidos) que custa mais de 6.100 milhas”
kkkkkk vcs copiarom errado do site melhores destinos, que vergonha
Elvis, bom dia!
A informação veio da Assessoria de Imprensa e foi confirmada pela redação.