Histórias como a de Lucie Aubrac são exemplos de resistência individual contra regimes totalitários e desumanos. A ativista, uma mulher determinada e corajosa, criou um jornal clandestino na França para combater a ideologia nazista e ajudou na fuga de seu marido, Raymond Aubrac, e de outros judeus perseguidos enquanto o país era ocupado pela Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial.

Lucie Aubrac: não ao nazismo
Foto: divulgação

O livro Lucie Aubrac: não ao nazismo, escrito por Maria Poblete e publicado por Edições SM, registra essa emocionante trajetória. A narrativa romanceada e adaptada ao público juvenil tem o mérito de cativar o leitor desde a primeira cena: em 1940, quando Lucie e seu amigo Jean relembram o gosto de terem arrancado um cartaz que dizia

“Proibida a entrada de cachorros e judeus”. Na época, ela estava grávida de dois meses. Seu grande amor chamava-se Raymond. Ele, por ser judeu, havia sido demitido de uma hora para a outra de um escritório de registro de patentes.

Os jornais estavam a serviço do governo, que se submetera aos alemães, e veiculavam mentiras que confundiam a população. Lucie e outros ativistas começaram a grafitar paredes, panfletar e investiram na criação do jornal Libération.

Unindo a trama de aventuras com importantes fatos históricos, Lucie Aubrac: não ao nazismo relata como funcionava a falsificação de documentos para que judeus pudessem viver com um pouco mais de dignidade, a realidade das prisões políticas e dos esconderijos e até mesmo os problemas de desabastecimento e escassez de alimentos.

O relato é uma mistura de heroísmo pessoal, incerteza e vontade política. No final da obra, há explicações esclarecedoras acerca dos movimentos neonazistas, aprofundando a reflexão sobre violência e intolerância. 80 páginas.

Publicado no Aeroporto Jornal – outubro/2012


Foto de destaque: Amador Loureiro/ Unsplash

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