Um ambiente natural e exuberante que compõe a região insular da cidade de Belém do Pará brota cada vez mais no turismo. A Ilha do Combu considerada a quarta maior entre as diversas ilhas existentes na região vem se destacando como o cenário perfeito de passeios imperdíveis para quem busca atrativos na capital marajoara em qualquer período do ano.

Com uma população local composta em geral por ribeirinhos, a Ilha do Combu ganha cada vez mais notoriedade e se torna um destino sublime de contato com a natureza, em um local em que as atividades econômicas estão concentradas principalmente no turismo de lazer e no extrativismo.

Na Ilha do Combu existem cinco comunidades: Beira Rio Guamá, Igarapé do Combu, Furo da Paciência, Igarapé do Piriquitaquara e Furo do Benedito.

Para chegar a Ilha basta pegar um barco na Praça Princesa Isabel, no bairro Condor, na capital Belém, e seguir caminho rumo a um lugar bem tranquilo. No rápido trajeto, a observação de como vivem as pessoas da Ilha e como é o dia a dia na beira do rio.

Ilha do Combu.

Cerca de 200 famílias vivem na ilha do Combu, sendo que cada uma delas possui de seis a dez integrantes.

As casas, bares e restaurantes estão dispostos ao longo das margens das águas que moldam a Ilha e, fora isso, é apenas uma imensa natureza exuberante e ainda bastante preservada.

Vale ressaltar que, devido a esse fator, não há como andar livremente pela Ilha, pois não há caminhos abertos para tal aventura, o que também não é recomendado. Para os que não conhecem bem o território é preciso ser bastante cauteloso. A única maneira de se locomover pela Ilha é pela via fluvial.

Navegando pelo Rio Guamá logo é possível perceber duas paisagens bem diferentes. Olhando para um lado, um horizonte preenchido por variados edifícios que moldam a silhueta da Belém continental e urbana, enquanto ao virar para o lado oposto se tem um verde a se perder de vista. A natureza é predominante no segundo cenário.

Indígenas e negros

Infelizmente não há uma história “oficial” da Ilha do Combu, porém existem várias pesquisas realizadas que resgatam partes do seu passado e, ao que tudo indica, o início dessa história se deu por volta do final do século XIX.

Há registros de indígenas e negros que fugiam para as ilhas para se afastar do movimento da urbanização da cidade de Belém, pois não se adaptavam àquele ritmo. Posteriormente, muitas pessoas vieram de fora da cidade e do Estado; algumas destas tiveram uma longa jornada até encontrar seu lugar na Ilha do Combu, sendo que os moradores têm uma parte de descendência nordestina devido às políticas de incentivo da migração nordestina para trabalhar nos seringais para a indústria da borracha no século XIX.

Com o tempo, mais famílias foram se estabelecendo na Ilha do Combu, vindas de várias localidades e descendência, sendo a maioria de localidades do Interior do Pará onde já havia familiaridade com a vivência rural. Quanto mais gente chegava, mais foram formando laços familiares, realizando trocas de saberes, e a população assim foi crescendo e constituindo seu modo de vida como é hoje. O vínculo com o lugar é muito forte, e faz com que mesmo com as dificuldades que desde o início enfrentam pesem bem menos com relação ao que de bom proporciona para suas vidas.

Restaurantes e bares ficam à beira do rio.

A Ilha é uma Área de Proteção Ambiental (APA), o que, aparentemente, poucos visitantes têm conhecimento, sendo oficializada como tal em 1997. Foi um passo importante para a preservação ambiental e do modo de vida da população local. O órgão gestor da APA era a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS), porém, atualmente, a responsabilidade foi transferida para o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio).

A APA Ilha do Combu vem ganhando cada vez mais destaque no cenário belenense, se tornando um dos principais pontos turísticos da cidade de Belém.

Assim, se faz importante buscar um lazer e turismo sustentável, responsável e consciente para que haja benefícios para todos e que sejam reduzidos os impactos negativos.

TURISMO: Bequimão, pesca e gastronomia no Maranhão

Pirarucu e tambaqui

Conta atualmente com mais de trinta bares e restaurantes na beira do rio, a Casa do Chocolate da Dona Nena, trilhas e roteiros variados para o lazer no local.

Opções gastronômicas variadas privilegiam a culinária paraense, seja charque, camarões, dourados, tambaqui, pirarucu ou filhotes com acompanhamento de farofa molhada, arroz de jambu e outros ingredientes.

Peixe é o prato principal. Foto: Ana Elisa Teixeira

Quem vai para a Ilha do Combu não pode deixar de experimentar o famoso chocolate da Dona Nena, a Filha do Combu. Desde 2006, ela vem trabalhando no resgate de cultura em uma área de proteção ambiental e sustentável fazendo intervenções para melhorias da produção de cacau.

Tudo surgiu quando, com dificuldades financeiras, ela percebeu que poderia comercializar o chocolate artesanal que a família dela fazia para consumo próprio. A aceitação do público foi tão grande que o chef Thiago Castanho, um dos mais premiados do Brasil, virou seu parceiro e levou seu chocolate para servir e vender em seus restaurantes, fazendo parte hoje da Rota do Chocolate da Amazônia no Pará.

Gutemberg Bogéa, jornalista associado à Abrajet-MA

Obtenha a cidadania europeia com tecnologia e desconto

Criada para realizar o sonho de conquistar a cidadania europeia, principalmente a italiana, espanhola e portuguesa, a startup Cidadania4u foi desenvolvida para facilitar os processos que buscam o reconhecimento da cidadania.

Com 5 anos de mercado, a Cidadania4u tem mais de 460 especialistas em cidadania que vão trabalhar por você, e nesses anos teve 100% de sucesso.

A Cidadania4u cuida de 100% do seu processo de cidadania de forma transparente.

Clique nesse link e faça sua cidadania com desconto.

NB Branded Content

Near Belém, Ilha do Combu attracts tourists to Pará

A natural and exuberant environment that makes up the island region of the city of Belém do Pará is increasingly emerging in tourism. Combu Island, considered the fourth largest among the various islands in the region, has stood out as the perfect setting for unmissable tours for those looking for attractions in the capital of Marajoara at any time of the year.

With a local population generally made up of riverside dwellers, Combu Island is gaining more and more notoriety and becoming a sublime destination for contact with nature, in a place where economic activities are mainly concentrated on leisure tourism and extractivism.

On Combu Island there are five communities: Beira Rio Guamá, Igarapé do Combu, Furo da Paciência, Igarapé do Piriquitaquara and Furo do Benedito.

To get to the island, just take a boat from Praça Princesa Isabel, in the Condor neighborhood, in the capital Belém, and follow the path towards a very peaceful place. On the quick journey, you will observe how the people of the Island live and what day-to-day life is like on the riverbank.

Around 200 families live on Combu Island, each of which has six to ten members.

The houses, bars and restaurants are arranged along the banks of the waters that shape the Island and, other than that, it is just an immense exuberant nature that is still quite preserved.

It is worth mentioning that, due to this factor, there is no way to freely walk around the Island, as there are no open paths for such an adventure, which is also not recommended. For those who don’t know the territory well, you need to be very cautious. The only way to get around the Island is by river.

Navigating along the Guamá River it is soon possible to perceive two very different landscapes. Looking to one side, a horizon filled with various buildings that shape the silhouette of continental and urban Belém, while when turning to the opposite side, there is greenery as far as the eye can see. Nature is predominant in the second scenario.

Indigenous and black people

Unfortunately, there is no “official” history of Combu Island, however there is several research carried out that recovers parts of its past and, apparently, the beginning of this history took place around the end of the 19th century.

There are records of indigenous people and black people who fled to the islands to get away from the urbanization movement in the city of Belém, as they could not adapt to that rhythm. Later, many people came from outside the city and the state; some of these had a long journey to find their place on Combu Island, and the residents have some northeastern descent due to policies encouraging northeastern migration to work in the rubber plantations for the rubber industry in the 19th century.

Over time, more families began to settle on Combu Island, coming from various locations and descendants, most of them from locations in the interior of Pará where there was already familiarity with the rural experience. The more people arrived, the more they formed family ties, exchanging knowledge, and the population grew and formed its way of life as it is today.

The bond with the place is very strong, and means that even the difficulties they face from the beginning weigh much less in relation to the good things it brings to their lives.

The Island is an Environmental Protection Area (APA), which, apparently, few visitors are aware of, being made official as such in 1997. It was an important step towards preserving the environment and the way of life of the local population. The APA’s managing body was the Secretariat of Environment and Sustainability (SEMAS), however, currently, responsibility has been transferred to the Institute for Forestry and Biodiversity Development of the State of Pará (Ideflor-bio).

APA Ilha do Combu has been gaining more and more prominence in the Belém scene, becoming one of the main tourist attractions in the city of Belém. Therefore, it is important to seek sustainable, responsible and conscious leisure and tourism so that there are benefits for everyone and negative impacts are reduced.

Pirarucu and tambaqui

It currently has more than thirty bars and restaurants on the riverbank, Casa do Chocolate da Dona Nena, trails and varied itineraries for leisure on site.

Varied gastronomic options focus on Pará cuisine, be it beef jerky, shrimp, dorado, tambaqui, pirarucu or puppies accompanied by wet farofa, jambu rice and other ingredients.

Anyone who goes to the island of Combu cannot miss trying the famous chocolate made by Dona Nena, the Daughter of Combu. Since 2006, she has been working to rescue the culture in an environmentally protected and sustainable area, making interventions to improve cocoa production.

It all came about when, with financial difficulties, she realized that she could sell the artisanal chocolate that her family made for her own consumption. Public acceptance was so great that chef Thiago Castanho, a one of the most awarded in Brazil, became his partner and took his chocolate to serve and sell in his restaurants, today forming part of the Amazon Chocolate Route in Pará.

Gutemberg Bogéa, journalist associated with Abrajet-MA

Cerca de Belém, Ilha do Combu atrae turistas a Pará

El entorno natural y exuberante que conforma la región insular de la ciudad de Belém do Pará está cada vez más emergente en el turismo. La isla de Combu, considerada la cuarta más grande entre las diversas islas de la región, se ha destacado como el escenario perfecto para recorridos imperdibles para quienes buscan atractivos en la capital de Marajoara en cualquier época del año.

Con una población local compuesta generalmente por ribereños, la isla de Combu está ganando cada vez más notoriedad y convirtiéndose en un destino sublime para el contacto con la naturaleza, en un lugar donde las actividades económicas se concentran principalmente en el turismo de ocio y el extractivismo.

En la isla de Combu hay cinco comunidades: Beira Rio Guamá, Igarapé do Combu, Furo da Paciência, Igarapé do Piriquitaquara y Furo do Benedito.

Para llegar a la isla, basta tomar un barco desde la Praça Princesa Isabel, en el barrio Cóndor, en la capital Belém, y seguir el camino hacia un lugar muy tranquilo. En el rápido recorrido observarás cómo vive la gente de la Isla y cómo es el día a día en la ribera del río.

En la isla de Combu viven unas 200 familias, cada una de las cuales tiene entre seis y diez miembros.

Las casas, bares y restaurantes se disponen a lo largo de las orillas de las aguas que dan forma a la Isla y, aparte de eso, es sólo una inmensa naturaleza exuberante que aún se conserva bastante.

Cabe mencionar que, debido a este factor, no hay forma de caminar libremente por la Isla, ya que no existen caminos abiertos para tal aventura, lo cual tampoco es recomendable. Para aquellos que no conocen bien el territorio, hay que tener mucha precaución. La única forma de desplazarse por la Isla es por vía fluvial.

Navegando por el río Guamá pronto es posible percibir dos paisajes muy diferentes. Mirando hacia un lado, un horizonte lleno de diversos edificios que configuran la silueta de Belém continental y urbana, mientras que al girar hacia el lado opuesto, el verdor se pierde hasta donde alcanza la vista. La naturaleza es predominante en el segundo escenario.

Pueblos indígenas y negros

Lamentablemente no existe una historia “oficial” de la Isla Combu, sin embargo hay varias investigaciones realizadas que recuperan partes de su pasado y, al parecer, el inicio de esta historia tuvo lugar a finales del siglo XIX.

Hay registros de indígenas y negros que huyeron a las islas para alejarse del movimiento urbanizador de la ciudad de Belém, al no poder adaptarse a ese ritmo. Posteriormente vino mucha gente de fuera de la ciudad y del estado; algunos de ellos tuvieron un largo viaje para encontrar su lugar en la isla Combu, y los residentes tienen cierta ascendencia nororiental debido a las políticas que fomentan la migración nororiental para trabajar en las plantaciones de caucho para la industria del caucho en el siglo XIX.

Con el tiempo, más familias comenzaron a instalarse en la isla de Combu, provenientes de diversas localidades y descendientes, la mayoría de localidades del interior de Pará donde ya se conocía la experiencia rural. Mientras más gente llegaba, más formaban vínculos familiares, intercambiaban conocimientos, y la población creció y formó su forma de vida como es hoy.

El vínculo con el lugar es muy fuerte, y hace que incluso las dificultades que enfrentan desde el principio pesen mucho menos en relación con las cosas buenas que trae a sus vidas.

La Isla es un Área de Protección Ambiental (APA), que, al parecer, pocos visitantes conocen, siendo oficializada como tal en 1997. Fue un paso importante hacia la preservación del medio ambiente y la forma de vida de la población local. El órgano gestor de la APA era la Secretaría de Medio Ambiente y Sostenibilidad (SEMAS), sin embargo, actualmente, la responsabilidad fue transferida al Instituto de Desarrollo Forestal y de la Biodiversidad del Estado de Pará (Ideflor-bio).

APA Ilha do Combu ha ido ganando cada vez más protagonismo en el panorama de Belém, convirtiéndose en una de las principales atracciones turísticas de la ciudad de Belém. Por ello, es importante buscar un ocio y un turismo sostenible, responsable y consciente para que haya beneficios para todos y se reduzcan los impactos negativos.

Pirarucu y tambaqui

Actualmente cuenta con más de una treintena de bares y restaurantes a orillas del río, Casa do Chocolate da Dona Nena, senderos y variados itinerarios de ocio en el lugar.

Variadas opciones gastronómicas enfocan la cocina pará, ya sea cecina, camarones, dorado, tambaqui, pirarucú o cachorros acompañados de farofa húmeda, arroz jambu y otros ingredientes.

Cualquiera que vaya a la isla de Combu no puede dejar de probar el famoso chocolate elaborado por Doña Nena, la Hija de Combu. Desde 2006 trabaja para rescatar la cultura en un área ambientalmente protegida y sustentable, realizando intervenciones para mejorar la producción de cacao.

Todo surgió cuando, con dificultades económicas, se dio cuenta de que podía vender el chocolate artesanal que elaboraba su familia para su propio consumo. Fue tal la aceptación del público que el chef Thiago Castanho, uno de los más premiados de Brasil, se convirtió en su socio y llevó su chocolate para servir y vender en sus restaurantes, hoy formando parte de la Ruta del Chocolate Amazónico en Pará.

Gutemberg Bogéa, periodista asociado a Abrajet-MA

 

Comentários

Leave A Comment