Uma decisão da União Europeia pode impactar as rotas de aviação de pequena distância. A entidade que reúne 27 Estados-membros independentes situados principalmente na Europa, autorizou a França a vetar 3 voos curtos internos para ajudar a reduzir a emissão de gases poluentes que causam as mudanças climáticas.
As rotas entre o aeroporto de Orly, em Paris, e as cidades de Bordeaux (585 km terrestres e 1h15 de voo), Nantes (385 km terrestres e 1h05 de voo) e Lyon (465 km terrestres e 1h05 de voo) devem ser realizadas apenas por trens a partir de agora. O tempo de viagem de trem entre Paris e Bordeaux é de 3h06, para Nantes, 2h40 e Lyon, 2h04.
Segundo o governo francês, a medida vai evitar a emissão de 55 mil toneladas de CO².
A Comissão Europeia afirmou, porém, que as rotas afetadas devem ser apenas essas três.
“Os efeitos negativos de qualquer restrição sobre o direito de trafegar dos cidadãos e sobre a conectividade europeia devem ser compensados com a disponibilidade de formas de transportes alternativos com preços acessíveis, que sejam convenientes e mais sustentáveis”, ressalta a decisão.
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Ao todo, as autoridades francesas queriam a supressão de 8 rotas aéreas por serem atendidas por transporte ferroviário, mas a União Europeia barrou 5 delas por considerar que não havia as conexões necessárias para fazer o trajeto.
Obras que estão sendo realizadas também a partir do Aeroporto Charles de Gaulle podem permitir que, em breve, esses trechos também sejam suprimidos. Além disso, o governo da França quer aplicar a medida ainda nos voos Lyon e Rennes e Lyon e Marselha.
Calculando a emissão de CO²
Enquanto isso, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata – International Air Transport Association) e a Travalyst se uniram para fornecer aos consumidores cálculos consistentes, precisos e amplamente disponíveis sobre a pegada de carbono das viagens aéreas.
Todos os segmentos do setor da aviação e de viagens se uniram para atingir a meta de zero emissão líquida de CO². Esse novo e importante esforço de colaboração trará ainda mais transparência, precisão e consistência aos cálculos da pegada de carbono de cada viajante.
A Travalyst e a Iata possuem um profundo conhecimento sobre o viajante, além de dados técnicos e operacionais relevantes, permitindo que as duas organizações colaborem entre si para alinhar os cálculos de emissão de CO². Essa colaboração usará dados e uma metodologia padronizada para calcular a emissão de CO² de passageiros em cada rota da aviação em escala. Isso incluirá dados compartilhados para contabilizar o combustível de aviação sustentável.
“Os consumidores querem entender o impacto ambiental de suas viagens. Tanto a Travalyst quanto a Iata trabalham continuamente para melhorar suas metodologias, incorporando o conhecimento sobre os impactos climáticos. Desta forma, trabalhamos juntos para fornecer ao consumidor acesso fácil a cálculos consistentes do custo ambiental de sua viagem”, disse Willie Walsh, diretor geral da Iata.
Sally Davey, CEO da Travalyst disse que “esta é a primeira vez que as companhias aéreas e o setor de tecnologia de viagens se unem dessa maneira. Por isso, este é um momento marcante na descarbonização do setor. Diante da emergência climática, os viajantes querem e precisam de informações claras e inequívocas sobre sua pegada de carbono para tomar suas decisões de viagem. Hoje estamos reunindo algumas das principais organizações de viagens com a principal associação de companhias aéreas do mundo com o objetivo de fornecer aos consumidores o acesso fácil a cálculos de carbono mais precisos.”
Fonte: Ansa e apoio LLYC