Dubai, o maior dos sete emirados árabes unidos, mostra que o presente e o futuro independem dos petrodólares. E é no turismo e na ciência que a cidade projeta como será o mundo tecnológico de amanhã.

O amanhã, no caso, será daqui a exatamente um ano: Dubai se prepara para a Expo 2020, a maior e mais importante feira mundial em que são apresentadas as ideias para um futuro sustentável do planeta, o que cada país está pensando para os próximos séculos.

Mas, ela própria já é o futuro. Deixando de lado a pecha de que as arábias são o que são por conta do petróleo, Dubai é a prova real de que o turismo e a tecnologia podem sim ser os motores do desenvolvimento. Tudo isso aliado ao respeito e à convivência pacífica entre religiões e culturas – 82% da população de quase 3 milhões de habitantes são expatriados.

Dubai o oásis na beira do golfo
Foto: Unsplash

Como em um piscar de olhos, o antigo porto e celeiro de brilhantes pérolas se transformou em uma cidade que cresce a olhos vistos, com paisagens deslumbrantes que até poderiam parecer naturais – mas foram criadas pela mão do homem. Dubai é como uma mistura perfeita de Nova York com Shangai.

Caminhar

Desde que o sheik Mohammed bin Rashid Al Maktoum passou a governar Dubai, as obras faraônicas brotaram das areias, como o maior shopping center e o mais alto edifício do mundo, o Dubai Mall e o Burj Khalifa, respectivamente.

Aliás, é nesta região de Downtown que vale caminhar pelas grandiosas ruas e avenidas e visitar os restaurantes de culinária internacional e a Dubai Opera, a casa de ópera que mais lembra as dhows – antigas embarcações tradicionais da região.

No emirado ainda estão a maior marina artificial do mundo, a Dubai Marina (escavada em uma praia onde não existia nada e hoje parece a nossa Balneário Camboriú), e a maior ilha artificial do mundo (você já ouviu falar da palmeira “Palm Jumeirah”, certo?).

Dubai o oásis na beira do golfo
Foto: Unsplash

Mas, Dubai também tem muito mais para ver e curtir, como uma estação de esqui inteira com CINCO pistas no meio do deserto (22,5 mil m² dentro do Mall of Emirates), belos parques e praias, e um divertido rali pelas areias escaldantes da fronteira com Omã – em grandes utilitários 4×4 com ar condicionado, claro.

Dubai é presente e passado

Embora Dubai seja mais conhecida pela sua “mania de grandeza”, a cidade não deu as costas ao passado. É em Dubai Creek que está devidamente registrada a sua origem humilde de uma tribo de beduínos liderados pela família Al Maktoum. Se acostume, você vai ouvir muito este nome por lá.

A primeira construção desta enseada, o Forte Al Fahidi, data de 1799 e hoje abriga o Museu de Dubai. É nele que estão preservadas as memórias do antigo protetorado britânico que se tornou a joia do Golfo. Por fora parece pequeno, mas as instalações subterrâneas recriam em tamanho natural a antiga vila, em que é possível interagir com as obras.

Dubai o oásis na beira do golfo
Foto: Juliano Maia

É também em Dubai Creek que estão os antigos mercados de ouro, tecidos e especiarias. Os Souks são pequenas vielas repletas de lojinhas de árabes prontos a te vender os trajes típicos beduínos completos por preços que chegam a R$ 300. Como todo bom comerciante árabe, não pechinchar com eles é “haraam”, e a compra pode sair por R$ 180 (vai por mim; dá certo).

Aproveite para curtir o pôr do sol na área de Al Seef, um calçadão antigo que foi todo revitalizado na beira do canal com lojas e restaurantes tradicionais.

Como tudo em Dubai é grande, andar pela cidade (mesmo no centro histórico) pode ser um tanto quanto cansativo. Não se acanhe e pegue o passeio de ônibus City Sightseeing, que passa por tudo o que vale a pena conhecer no emirado. O pacote de três dias é suficiente e sai a R$ 318, com direito a outros passeios em algumas das paradas.

À parte você pode comprar um passeio para Abu Dhabi e conhecer a capital dos Emirados Árabes Unidos. O tour sai pela manhã do hotel em que estiver hospedado, e volta no início da noite, com opções a partir de R$ 228.

Serviço

Chegar em Dubai não é difícil, os voos diretos diários de São Paulo e do Rio de Janeiro têm pouco mais de 14 horas de duração que passam num piscar de olhos e chegam no aeroporto internacional da cidade. Brasileiros não precisam de visto para visitar o emirado, apenas um passaporte válido por pelo menos seis meses.

Se hospedar no emirado também não é nada absurdamente caro, e é possível encontrar bons hotéis a partir de R$ 70 a diária (a moeda local, Dirham, tem uma cotação praticamente igual ao Real, o que facilita muito para nós brasileiros na hora da conversão).

Dubai o oásis na beira do golfo
Foto: Juliano Maia

O serviço de metrô é acessível em toda a cidade, pegue um hotel próximo às estações. Para se locomover dentro dos enormes bairros de Dubai, utilize o Uber ao invés do táxi – pode ser um pouco difícil dos taxistas entenderem inglês ou o local em que você quer ir. Ah, não esqueça de comprar um chip para habilitar a internet no seu smartphone.

E não se preocupe com a língua: tudo lá é bilíngue, em inglês e arábico. Boa viagem!

Juliano Maia (MinhaGula.com.br)

Publicado na Now Boarding – novembro/2019

Dubai, an oasis on the edge of the gulf

Juliano Maia

DUBAI, THE LARGEST OF THE SEVEN UNITED ARAB EMIRATES, SHOWS THAT THE PRESENT AND THE FUTURE ARE INDEPENDENT FROM PETRODOLLARS. And it is in tourism and science that the city projects what the technological world of tomorrow will be like.

Tomorrow, in this case, will be exactly one year from now: Dubai prepares for Expo 2020, the biggest and most important world fair where ideas for a sustainable future of the planet are presented, what each country is thinking about for the next centuries.

But, she is already the future. Leaving aside the criticism that the Arabians are what they are because of oil, Dubai is real proof that tourism and technology can indeed be the engines of development. All this combined with respect and peaceful coexistence between religions and cultures – 82% of the population of almost 3 million inhabitants are expatriates.

In the blink of an eye, the ancient port and barn of shining pearls has been transformed into a city that grows before the eyes, with breathtaking landscapes that might seem natural – but were created by the hand of man. Dubai is like a perfect mix of New York and Shanghai.

Since Sheikh Mohammed bin Rashid Al Maktoum came to rule Dubai, pharaonic works have sprung from the sands, such as the largest shopping mall and the tallest building in the world, the Dubai Mall and the Burj Khalifa, respectively.

In fact, it is in this Downtown area that it is worth walking through the grand streets and avenues and visiting the international cuisine restaurants and Dubai Opera, the opera house that most resembles dhows – ancient traditional boats in the region.

The emirate still has the largest artificial marina in the world, Dubai Marina (excavated on a beach where nothing existed and today looks like our Balneário Camboriú), and the largest artificial island in the world (you’ve heard of the palm tree “Palm Jumeirah” , right?).

But Dubai also has a lot more to see and enjoy, like an entire FIVE ski resort in the middle of the desert (22,500 m² inside the Mall of Emirates), beautiful parks and beaches, and a fun rally across the scorching sands. from the border with Oman – in large, air-conditioned 4×4 SUVs, of course.

Present and past

While Dubai is best known for its “huge craze”, the city has not turned its back on the past. It is in Dubai Creek that his humble origins from a tribe of Bedouins led by the Al Maktoum family are duly recorded. Get used to it, you’ll hear this name a lot over there.

The first building in this cove, Fort Al Fahidi, dates back to 1799 and today houses the Dubai Museum. It is where the memories of the former British protectorate that became the jewel of the Gulf are preserved. From the outside it looks small, but the underground installations recreate the old village in life size, where it is possible to interact with the works.

Dubai Creek is also home to the ancient markets for gold, textiles and spices. The Souks are small alleys full of Arab shops ready to sell you the typical Bedouin costumes complete for prices that reach R$300. $180 (goes by me; it works).

Take the opportunity to enjoy the sunset in the Al Seef area, an old boardwalk that has been completely revitalized on the edge of the canal with traditional shops and restaurants.

As everything in Dubai is big, walking around the city (even in the historic center) can be quite tiring. Don’t be shy and take the City Sightseeing bus tour, which takes you to everything worth seeing in the emirate. The three-day package is enough and costs R$318, with the right to other tours at some of the stops.

Apart from that, you can buy a tour to Abu Dhabi and visit the capital of the United Arab Emirates. The tour leaves in the morning from the hotel where you are staying, and returns in the early evening, with options starting at R$ 228.

Service

Arriving in Dubai is not difficult, the daily direct flights from São Paulo and Rio de Janeiro are just over 14 hours long that pass in the blink of an eye and arrive at the city’s international airport. Brazilians do not need a visa to visit the emirate, just a passport valid for at least six months.

Staying in the emirate is not absurdly expensive either, and it is possible to find good hotels from R$ 70 a day (the local currency, Dirham, has a quotation practically equal to the Real, which makes it much easier for us Brazilians when it comes to conversion).

Metro service is accessible throughout the city, get a hotel close to the stations. To get around Dubai’s huge neighborhoods, use Uber instead of taxi – it can be a little difficult for taxi drivers to understand English or where you want to go. Oh, don’t forget to buy a chip to enable internet on your smartphone.

And don’t worry about the language: everything there is bilingual, in English and Arabic. Good trip!

Dubai, un oasis al borde del golfo

Juliano Maia

DUBAI, EL MÁS GRANDE DE LOS SIETE EMIRATOS ÁRABES UNIDOS, MUESTRA QUE EL PRESENTE Y EL FUTURO SON INDEPENDIENTES DE LOS PETRODÓLARES. Y es en el turismo y la ciencia donde la ciudad proyecta cómo será el mundo tecnológico del mañana.

Mañana, en este caso, será exactamente dentro de un año: Dubai se prepara para la Expo 2020, la feria mundial más grande e importante donde se presentan ideas para un futuro sostenible del planeta, lo que cada país está pensando para los próximos siglos.

Pero ella ya es el futuro. Dejando a un lado las críticas de que los árabes son lo que son debido al petróleo, Dubai es una prueba real de que el turismo y la tecnología pueden ser los motores del desarrollo. Todo esto combinado con el respeto y la convivencia pacífica entre religiones y culturas: el 82% de la población de casi 3 millones de habitantes son expatriados.

En un abrir y cerrar de ojos, el antiguo puerto y granero de perlas brillantes se ha transformado en una ciudad que crece ante los ojos, con paisajes impresionantes que pueden parecer naturales, pero que fueron creados por la mano del hombre. Dubai es como una mezcla perfecta de Nueva York y Shanghai.

Desde que Sheikh Mohammed bin Rashid Al Maktoum llegó a gobernar Dubai, las obras faraónicas han surgido de la arena, como el centro comercial más grande y el edificio más alto del mundo, el Dubai Mall y el Burj Khalifa, respectivamente.

De hecho, es en esta zona del centro donde vale la pena caminar por las grandes calles y avenidas y visitar los restaurantes de cocina internacional y la Ópera de Dubai, el teatro de ópera que más se parece a los dhows, antiguos barcos tradicionales de la región.

El emirato todavía tiene el puerto deportivo artificial más grande del mundo, Dubai Marina (excavado en una playa donde no existía nada y hoy se parece a nuestro Balneario Camboriú), y la isla artificial más grande del mundo (has oído hablar de la palmera “Palm Jumeirah “, ¿verdad?).

Pero Dubái también tiene mucho más para ver y disfrutar, como una estación de esquí CINCO completa en medio del desierto (22.500 m² dentro del Mall of Emirates), hermosos parques y playas, y un divertido rally a través de las abrasadoras arenas. frontera con Omán, en SUV 4×4 grandes con aire acondicionado, por supuesto.

Presente y pasado

Si bien Dubai es más conocida por su “gran moda”, la ciudad no ha dado la espalda al pasado. Es en Dubai Creek donde se registra debidamente su humilde origen de una tribu de beduinos liderada por la familia Al Maktoum. Acostúmbrate, escucharás mucho este nombre allá.

El primer edificio de esta cala, Fort Al Fahidi, data de 1799 y hoy alberga el Museo de Dubai. Es donde se conservan los recuerdos del antiguo protectorado británico que se convirtió en la joya del Golfo. Desde el exterior parece pequeño, pero las instalaciones subterráneas recrean el antiguo pueblo a tamaño real, donde es posible interactuar con las obras.

Dubai Creek también alberga los antiguos mercados de oro, textiles y especias. Los zocos son pequeños callejones llenos de tiendas árabes listas para los trajes típicos beduinos completos por precios que llegan a los R $ 300. $ 180 (pasa por mí; funciona).

Aprovecha para disfrutar del atardecer en la zona de Al Seef, un antiguo malecón que ha sido completamente revitalizado al borde del canal con tiendas y restaurantes tradicionales.

Como todo en Dubai es grande, caminar por la ciudad (incluso en el centro histórico) puede ser bastante agotador. No sea tímido y tome el recorrido en autobús City Sightseeing, que lo llevará a todo lo que vale la pena ver en el emirato. El paquete de tres días es suficiente y cuesta R $ 318, con derecho a otros recorridos en algunas de las paradas.

Aparte de eso, puedes comprar un tour a Abu Dhabi y visitar la capital de los Emiratos Árabes Unidos. El tour sale por la mañana desde el hotel donde se hospeda y regresa temprano en la noche, con opciones a partir de R $ 228.

Servicio

Llegar a Dubai no es difícil, los vuelos directos diarios desde São Paulo y Río de Janeiro tienen poco más de 14 horas de duración que pasan en un abrir y cerrar de ojos y llegan al aeropuerto internacional de la ciudad. Los brasileños no necesitan visa para visitar el emirato, solo un pasaporte válido por al menos seis meses.

Alojarse en el emirato tampoco es absurdamente caro, y es posible encontrar buenos hoteles desde R $ 70 al día (la moneda local, el dírham, tiene una cotización prácticamente igual al real, lo que nos facilita mucho a los brasileños la llega a la conversión).

El servicio de metro es accesible en toda la ciudad, consiga un hotel cerca de las estaciones. Para moverse por los enormes vecindarios de Dubái, use Uber en lugar de un taxi; puede ser un poco difícil para los taxistas entender inglés o saber adónde quiere ir. Oh, no olvide comprar un chip para habilitar Internet en su teléfono inteligente.
Y no te preocupes por el idioma: todo es bilingüe, en inglés y árabe. ¡Buen viaje!

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