Quando o engenheiro químico Natanael Carli Bonicontro trabalhava na indústria petrolífera, ele já sonhava em criar seu próprio alambique. Na primeira oportunidade, adquiriu terras em Jandaia do Sul, no Vale do Ivaí, Paraná, e criou a Cachaça Companheira, em 1994. Este ano, a cachaça envelhecida oito anos em barris de carvalho recebeu o título de melhor cachaça do Brasil no ranking feito pela Cúpula da Cachaça.

Raquel de Brito Bonicontro e Sara de Brito Bonicontro, filhas de Natanael, dividem atualmente com o pai a gestão do negócio da família. Com produção anual de 50 mil litros de cachaça, a empresa detém todo o processo produtivo da bebida, desde a plantação da cana, colheita, produção da cachaça e envase.

“Para produzir bebidas de alta qualidade, era essencial deter todo o processo produtivo. Não compramos cana e nem queimamos o canavial. Além disso, não usamos nenhum produto químico no plantio. A colheita é manual. Para o nosso processo de fabricação, de uma bebida de alta qualidade, entendemos que é preciso controlar todo o processo”, explica Raquel.

Entre as primeiras

FEITO NO PARANA – A Companheira venceu outras 50 finalistas. Foto Geraldo bubniak/AEN

As bebidas produzidas no alambique são envelhecidas em barris de carvalho, tonéis de imburana, de castanheira, além da edição prata, que não passa por envelhecimento e é acondicionada em tanques de aço inox.

A empresa produz ainda uma linha retrô, com cachaças embaladas em garrafas tradicionais de cerveja. “Estas garrafas estão no imaginário popular, são um símbolo da cachaça. Dentro desta linha, produzimos a cachaça Gatinha, que é um blend de imburana, carvalho e prata. Temos também a versão da prata com 48% de graduação alcoólica, que é a máxima permitida pela legislação”, afirma Raquel.

O ranking nacional da cachaça é bi anual e está em sua quarta edição. Desde a primeira, a cachaça Companheira figura entre as primeiras colocadas. “Na primeira edição, ficamos em sétimo lugar. Na segunda e na terceira, emplacamos a terceira colocação. Agora, na quarta edição, nossa cachaça envelhecida em barris de carvalho por oito anos conquistou a maior pontuação do país”.

Para ela, a projeção nacional conseguida com o prêmio tem ajudado a tornar os produtos do alambique mais conhecidos. “Mas ainda temos que evoluir bastante. Muitas vezes, pessoas de fora do Estado conhecem mais a cachaça do que quem mora aqui”, avalia.

Fonte: Agência de Notícias do Paraná

Comentários

Leave A Comment