Metade dos corais na Grande Barreira da Austrália morreu nas últimas três décadas por conta do aumento da temperatura dos oceanos, revelou um estudo publicado na noite de ontem (13) pela revista “Proceedings of the Royal Society”.

Segundo a pesquisa, liderada pelo australiano Andy Dietzel, do ARC Center of Excellence for Coral Reef Studies (CoralCoE), o declínio e a destruição na região nordeste da Austrália já atinge todos os tipos e tamanhos de corais desde 1990.

“Nós medimos as mudanças nas dimensões das colônias porque são importantes para compreender a demografia e a capacidade dos corais de se reproduzir”, acrescentou Dietzel.

Outro pesquisador do grupo, Terry Hughes, acrescentou que foi descoberto que “o número de corais pequenos, médios e grandes da Grande Barreira diminuiu em cerca de 50% desde os anos 1990″.

Casa de 1,5 mil espécies

Dietzel explica que uma população de corais considerada saudável “é composta por milhões de corais pequenos e por muitos grandes, considerados ‘mães’, que produzem a maior parte das larvas”. Os resultados ainda mostram que a capacidade de recuperação da área bem como a sua “resiliência estão comprometidas em comparação com o passado porque há menos corais pequenos e também menos adultos de grandes dimensões”.

A Grande Barreira de Corais da Austrália tem cerca de 2.300 quilômetros de extensão e é a casa de mais de 1,5 mil espécies de peixes com 411 espécies de corais diferentes. Nela, habita um complexo ecossistema de vida marinha, que pode ser destruído conforme os corais vão morrendo.

O fenômeno mais comum para a morte dos corais é o branqueamento, causado por conta do aumento na temperatura das águas – um dos efeitos das mudanças climáticas vivenciadas em todo o mundo – e que vem se agravando nos últimos cinco anos.

Por conta disso, a Grande Barreira pode perder seu título de Patrimônio Mundial da Humanidade, dado pela Unesco, em 1981.

Fonte: Ansa

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