Trilhas no meio da floresta, canoagem em rios ou interação com comunidades indígenas, quilombolas e rural. O que não faltam são opções para os turistas que visitam o Brasil, especialmente a Floresta Amazônica. O atrativo oferece opções de imersão no local, com experiências culturais, gastronômicas, na natureza e nas comunidades que habitam essa vasta região no Pará, Acre e Amazonas.

Conheça algumas informações e roteiros que permitem que os viajantes se conectem genuinamente com a Amazônia e o seu povo.

Pará

No Nordeste do Pará, mais precisamente na cidade de Augusto Corrêa, a antiga Vila de Urumajó, então habitada por índios Tupinambá nos primórdios da história colonial é o nosso ponto de partida.

A Rota Amazônia Atlântica, que fez parte de um projeto do Ministério do Turismo, dá a oportunidade ao viajante de vivenciar a produção, degustar e adquirir geleias, farinha de mandioca, licores, mel e frutas secas cultivadas em áreas de manejo florestal.

O roteiro inclui também o “micoturismo”, a observação noturna de fungos bioluminescentes na floresta, observação de pássaros e banhos nos chamados “igarapés”.

Ainda no Pará, o município de Moju, situado a 120 km da capital Belém, tem na Terra Quilombola África mais uma opção a estes turistas.

Composta por agricultores, seringueiros, pescadores, extrativistas e pelos responsáveis pela promoção da atividade de turismo de base comunitária, o projeto integra o Experiências do Brasil Original (EBO), ação que está sendo desenvolvida pelo Ministério do Turismo.

A Comunidade oferece trabalhos neste segmento há mais de 20 anos. No território, é possível acompanhar e participar do dia a dia dos moradores que colhem açaí, produzem farinha e extraem o barro para produção do artesanato em cerâmica.

Amazonas

A Pousada Uakari Lodge é outro exemplo de experiência na Floresta Amazônica com a oferta de diversos atrativos com um toque importante de sustentabilidade, que traz um charme a mais ao local.

Localizada a 1h30 de lancha do município amazonense de Tefé, o hotel possui cinco bangalôs com varanda de frente para o rio e vista para a floresta. Eles flutuam sobre as águas do Rio Solimões no meio da maior área de mata de várzea protegida do mundo. Ao todo, são dez quartos com capacidade máxima para 24 hóspedes. A estrutura foi pensada para ser o mais sustentável possível.

Uakari Lodge. Divulgação

O local recebeu, inclusive, títulos internacionais. Em 2015, o hotel foi o grande vencedor do Prêmio TOP Sustentabilidade da Braztoa. E, em 2020, o estabelecimento foi usado como estudo de caso no relatório Desenvolvimento Comunitário Inclusivo por Meio do Turismo, desenvolvido pela Organização Mundial do Turismo (OMT), em parceria com o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) e apresentado durante reunião de ministros de Turismo do G20 – grupo de países com maior influência no mundo.

Acre

O turista conta com diversas opções para explorar a floresta, aprender sobre a cultura dos índios e das pessoas que vivem perto dos rios e dos seringueiros.

Das mais de 36 terras indígenas que estão no Estado, várias abrem suas portas para visitantes, como por exemplo os Puyanawa, que vivem perto do município de Mâncio Lima, os Nukini nas proximidades do Parque Nacional da Serra do Divisor, os Yawanawá Ashaninka no Alto Juruá, os Shanenawa em Feijó e os numerosos Kashinawá, também conhecidos como Hunî Kuîn, que preferem esse nome.

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Outra experiência incrível é fazer trilhas pela floresta. Você pode escolher entre as que são guiadas por moradores locais ou guias de turismo.

Uma das melhores opções é explorar a Reserva Extrativista Chico Mendes que é muito famosa por seus caminhos. O percurso passa por seringais e várias partes da reserva, proporcionando aos caminhantes a chance de experimentar a densa floresta em toda a sua plenitude, com os cheiros e sons da mata e a presença de muitas espécies de animais que compartilham o espaço com seringueiros e coletores de castanha-do-Brasil.

Reserva Extrativista Chico Mendes. Foto: WikiParques

Victor Maciel, Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo

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