O Estado vem estudando a retomada do turismo no Paraná. Marcio Nunes, secretário de Desenvolvimento Sustentável e Turismo, disse em reunião do Conselho Estadual do Turismo (Cepatur) que o Paraná sofreu um baque com o Covid-19. “Acreditávamos que 2020 seria um dos melhores anos do setor. Todos os índices indicavam essa projeção pelo que foi plantado no ano passado”, disse.
Em outubro do ano passado, o Paraná apresentava um crescimento de 5,4% no setor.
2019 foi um ano de recordes de visitantes: 2.0202.359 no Parque Nacional do Iguaçu; 1.025.000 na Usina de Itaipu; 936.260 no Parque das Aves, em Foz, e 3ª77.737 no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba. A expectativa era suplantar esses registros em 2020.
Números do Ministério do Turismo registraram que em 2018 948.388 turistas estrangeiros visitaram o Paraná. Em 2019 aumentou para 1.0006.752 mesmo com o Brasil recepcionando menos turistas estrangeiros em 2019 se comparado com 2018 (6.353.141 contra 6.621.376).
Turismo rodoviário
O vice-governador Darci Piana disse que a retomado do turismo “terá os recursos necessários” e destacou vários fatores que vão ajudar o segmento no Paraná como “a privatização do parque de Vila Velha e a conclusão da obra da pista do Aeroporto de Foz do Iguaçu, prevista para abril do ano que vem”. Destacou que a pandemia afetou os cofres do Estado projetando uma queda “de arrecadação entre R$ 3 e 4 bilhões até o final do ano”. E informou que o governo prepara um novo orçamento para trabalhar esse ano dentro das novas realidades com o Covid-19.
Uma situação ficou evidente na reunião do Cepatur: as pessoas vão usar o meio rodoviário para fazer turismo, seja no seu próprio carro, ou de ônibus. Ano passado, empresas de ônibus transportaram 1,5 milhão de paranaenses para outros Estados e 1,3 milhão dentro do Paraná. E é nesse foco, o turismo regional, que está depositada a esperanças de todo o trade: que os paranaenses conheçam mais o Paraná.
Gilmar Piolla, secretário de Turismo de Foz do Iguaçu, o terceiro lugar na lista dos municípios brasileiros mais visitados por motivação de lazer, segundo o Ministério do Turismo (em 2018, 85,9% das pessoas que foram a Foz indicaram que visitaram o destino para lazer) e que reabriu recentemente seus atrativos, disse que não percebeu dos turistas que a cidade recebeu – “muitos poucos, ainda” – destacou que eles não se incomodaram com as regras sanitárias. “O único problema é quando vão tirar fotos quando querem tirar as máscaras”. O turismo, em Foz, representa 2/3 da arrecadação de ISS no município.
Mercados emissores
Segundo Aldo Carvalho, diretor de Marketing da Paraná Turismo, o plano de retomada contempla três fases. Hoje estamos na fase 2 e a previsão é que a partir de julho os negócios sejam retomados. Nesse planejamento, o Paraná foi dividido em onze mercados emissores de onde cidades-polos (Curitiba, Ponta Grossa, Maringá, Londrina, Umuarama, Campo Mourão, Cascavel, Toledo, Foz do Iguaçu, Pato Branco e Guarapuava) têm, num raio de 200 km diversos atrativos vão de ecoturismo, turismo rural e de aventura, que podem movimentar o trade paranaense.
Também está no planejamento um apoio do governo do Estado para alavancar o turismo interno.
Marcio Nunes não quis adiantar. Informou, porém, que essa ação vai impactar mais de quatro milhões de paranaenses que receberão um incentivo para viajar dentro do Estado e ajudar a retomada do Turismo no Paraná.
Da Redação