Turistas terão que fazer reserva para visitar a italiana e histórica Veneza. A medida é para preservar o centro histórico da cidade, que sofre com a superlotação de turistas.

Segundo a Prefeitura, a iniciativa começará a ser experimentada no próximo dia 1º de agosto, mas ainda sem a cobrança de uma contribuição de entrada, que só deve entrar em vigor em 16 de janeiro de 2023.

Dessa forma, a partir do mês que vem, viajantes que não pernoitarem na capital do Vêneto precisarão reservar o acesso por meio do site “Venezia Unica“, portal que reúne os serviços de turismo da cidade.

Quem fizer o agendamento com pelo menos 30 dias de antecedência terá descontos nos meios de transporte e no circuito cultural de Veneza.

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Em um segundo momento, a partir de janeiro de 2023, a Prefeitura começará a cobrar uma taxa para turistas que fazem “bate e volta” no centro histórico do município – quem dorme na área lagunar já paga uma “tassa di soggiorno” que varia de € 1 a 5 por dia (de R$ 5,5 a R$ 27,6 pela cotação atual) na alta temporada.

O valor exato da tarifa ainda precisa ser confirmado, mas, nos últimos anos, a Prefeitura falou em € 3 (R$ 16,60) nos dias comuns; € 6 (R$ 33,20) nos dias de “selo vermelho”, ou seja, quando é previsto um “fluxo crítico” de pessoas; e € 8 (R$ 44,30) nos dias de “selo preto”, quando é estimado um “fluxo crítico excepcional” de turistas. O calendário de selos será divulgado previamente.

Essa medida já vem sendo prometida há vários anos, mas teve de ser adiada em função da pandemia da Covid-19 que derrubou o fluxo de turistas em Veneza. O acesso será controlado por meio de códigos QR e moradores da parte do município que fica em terra firme, bem como trabalhadores e estudantes pendulares, serão isentos.

O objetivo da Prefeitura com a reserva para visitar Veneza é combater o turismo predatório e dar mais qualidade de vida aos moradores locais, que já organizaram diversas manifestações para protestar contra maus hábitos dos visitantes, como urinar na rua, mergulhar nos canais, fazer piqueniques em pontes e exagerar no barulho de noite.

Fonte: Ansa

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