Testamos a edição limitada nº 0014 do Sandero Racing Spirit, desenvolvido pela divisão de competições da Renault. São apenas 1,5 mil unidades numeradas à disposição do consumidor brasileiro pelo valor de R$ 66.400. Um carro leve: são 1.161 kg impulsionados por 150 cv, o que significa ultrapassagens e retomadas mais do que seguras.
É, sem dúvida, o melhor custo benefício para um carro realmente esportivo. Você tem à disposição, além dos obrigatórios airbags e ABS, um motor 2.0 16v de 150 cv, quando abastecido com etanol, com três opções de regulagem: normal, sport e sport+, freios a disco nas quatro rodas, câmbio de seis marchas, controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, faróis luz diurna DRL em led, pneus Michelin Pilot Sport 4 (medida 205/45 R17), direção eletro-hidráulica e bancos esportivos que acomodam muito bem motorista e passageiro.
Por fora destacam-se as rodas aro 17 com as pinças dos freios pintadas em vermelho, o escapamento com dupla ponteira, os espelhos retrovisores com luzes do pisca, aerofólios dianteiro e traseiro emoldurados por plástico vermelho e os adesivos de ponta a ponta com a inscrição Racing Spirit, que tiram de uma vez toda a sobriedade, deixando o carro chamativo além da conta e dividindo opiniões. Você ama ou odeia, não tem meio termo.
Acessórios
Por dentro, não se iluda, você está em um Sandero repleto de acessórios, com um belo, completo e ergonômico volante, mas continua sendo um Sandero. Um carro compacto com bom espaço interno e um bom porta-malas. Você vai encontrar um interior simples, bem-acabado, com tudo o que você precisa em um carro atual, além de uma central multimídia completa, ar-condicionado digital, pedaleiras esportivas e mais uma exclusiva placa de identificação com a numeração desta série especial.
Um detalhe curioso, com a adoção das luzes diurnas DRL o carro perdeu, ao menos por hora, as luzes de neblina. Vamos ver se os departamentos de engenharia e design da Renault contornam este problema nas próximas unidades, pois sim, fazem falta em condições climáticas adversas.
Na cidade ele absorve bem as irregularidades do piso, tem potência de sobra para boas arrancadas e encara qualquer ladeira. Você também pode rodar normalmente, com calma como em um carro comum, mas quando acelerado, o som instigante do escapamento o faz lembrar da cavalaria ao seu dispor. Apesar da frente baixa, não raspou em nenhuma lombada e nem em entradas e saídas de garagem. Embaixo do carro existe uma grade que protege todos cabos e os dutos do freio e combustível e também um protetor de cárter. Uma bem pensada precaução devido à baixa altura em relação ao solo.
Para as pistas e estradas, assim ele foi concebido. Por isso rodamos neste teste 813 Km em um circuito misto sendo 75% em rodovias. O consumo ficou em bons 10,9 km/l de gasolina.
O veículo foi cedido pela fábrica.
Carlos Fernando Shrappe Borges
Publicado na Now Boarding – agosto/2017