Todos devem saber que a Argentina tem vários câmbios. Se pesquisar no Google quantos câmbios o país vizinho tem, há várias informações que vão de seis até quinze. No final de setembro, foi lançado mais um: o câmbio “vaca muerta” para ser usado no mercado de petróleo. Para o turista brasileiro R$ 1 está valendo mais de 65 pesos argentinos. No paralelo, há informação de que pode chegar a mais de 150 pesos. Esse câmbio favorável para os brasileiros é, portanto, oportunidade para quem tem curiosidade de conhecer as vinícolas de altitude de Salta, ou quem sonha em visitar as tradicionais bodegas de Mendoza, dois destinos com voos diretos saindo de São Paulo.

E a hora não poderia ser melhor. As vinícolas argentinas estão com tudo. Em sua última edição do World Wine Awards, a revista inglesa Decanter, a bíblia das publicações sobre enologia, listou a Argentina como o grande destaque, com 41 vinhos premiados, sendo quatro eleitos como Best in Show (o Melhor do Show) em suas categorias, e 12 alcançando a medalha Platinum, a categoria para aqueles que ficam acima do Ouro. Também no guia Descorchados, editado no Chile, que elege os melhores da América Latina, a vinícola do ano foi a da argentina Susana Balbo. E a vinícola Zuccardi, no Vale de Uco, depois de ter sido eleita duas vezes consecutivas a melhor vinícola do mundo no concurso inglês World’s Best Vineyards, foi colocada no Hall da Fama – do qual é a única participante – para que os jurados finalmente votassem em outras vinícolas.

Não é à toa que a Argentina se tornou o principal produtor de vinho da América Latina. A Rota dos Vinhos no país tem mais de 2 mil km de extensão e vai desde o Norte, onde se produzem vinhos brancos perfumados e refrescantes, até a Patagônia, onde há Malbecs espetaculares. Na prática há diversas rotas do vinho, que podem ser conhecidas em detalhe no site Argentina Turismo.

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Um dos destinos favoritos dos brasileiros tem sido Mendoza, onde se produzem os melhores vinhos da uva Malbec – que nasceu na França, mas encontrou nos vales e montanhas da região seu ambiente ideal. Ali, no Vale de Uco, fica a Bodega Catena Zapata, onde foram feitas as pioneiras pesquisas sobre o cultivo da variedade nas altitudes, onde produz seus melhores resultados.

Catena Zapata

Há mais de 80 vinícolas na área, mas isso pode ser pouco para os enófilos, que frequentemente aproveitam a viagem para seguir até a província vizinha, San Juan, a segunda maior produtora de vinho no país. Nos vales de Tulum, Zonda e Ullum, o Malbec também é o rei, mas há diversas outras variedades cultivadas – Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah, Barbera, além de variedades brancas como Sauvignon Blanc, Chardonnay, Riesling, Sémillon e Chenin Blanc. Dezenas de bodegas boutique, muitas delas familiares, lideram a experimentação.

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O destino que entrou na moda mais recentemente é Salta, no Norte, onde são produzidos brancos com a uva Torrontés, outra estrela dos solos argentinos que produz bebidas extremamente aromáticas. Ali existem os vinhedos cultivados nas maiores altitudes do mundo, o que faz com que as uvas produzam sabores que não são alcançados em outras regiões.

Mas existem ainda outras opções.

No Sul a Patagônia, nas províncias de Rio Negro e Neuquén, produz não apenas Malbecs refinados, mas também bebidas feitas com uvas de clima mais frio, como Sauvignon Blanc e Pinot Noir.

O mais difícil é escolher.

A lei permite trazer na bagagem até 12 litros (o equivalente a 16 garrafas) por pessoa maior de idade.

Com apoio Opus 1060

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