O centro de Curitiba esconde um espaço onde você encontra paz e um respiro na selva de concreto. A Rua XV, conhecida como Rua das Flores, pode ser uma das mais conhecidas da capital do Paraná, mas a Rua São Francisco é uma das mais antigas – já foi chamada de Rua do Hospício e Rua Fogo – e ainda tem prédios históricos. E praticamente no meio da atual R. São Francisco, entre a R. Barão do Serro Azul e Riachuelo, no número 179 está o SFCO179, um multi espaço que abriga, entre outros, o restaurante Tijolo.
Em quase 800 m² funcionam operações independentes que se complementam. Logo na entrada do SFCO179 está a Utopia Tropical, fábrica de chocolates com o conceito de bean to bar. No espaço interno, o Royalty Café, na parte superior uma área de eventos com 210 m² com estrutura pronta de bar, varanda e galpão principal que é alugada, sob demanda para festas e eventos artísticos variados.
Instalado no espaço que era a casa e atelier do escultor Ricardo Tod (uma de suas obras é a Fonte da Memória, no Largo da Ordem, conhecida pelos curitibanos como “cavalo babão”), o Tijolo é aconchegante e tem um ambiente decorado com objetos antigos e interessantes, inclusive preservando alguns detalhes da oficina do escultor.
Aberto desde 2019, o cardápio é de autoria da chef Lívia, e tem sempre um prato da semana a R$ 37 (na semana que fomos, era Schnitzel). O cardápio é 40% vegano e mesmo assim agrada a todos os paladares. Tem entradas (o couvert da casa com uma pasta apimentada, recomendo), pratos principais, saladas e sobremesas.
Por R$ 68 o pescado da estação é servido com purê de abóbora cabotia, brócolis rama e vinagrete; o filé de frango à parmegiana servido com linguini na manteiga sai por R$ 65 (a opção vegetariana é com beringela e a vegana finalizada com tofu ralado), e o alcatra com risoto italiano à base e alho poró está a R$ 72. Foi este que pedi e estava maravilhoso, tanto a carne, no ponto exato, quanto o risoto.
São três opções de saladas. De Grãos (R$ 44) com lentilha rosa, quinoa, alho poró, cenoura e abobrinha servido com folhas e cremes de castanhas. Sonia pediu e aprovou pelo seu sabor e textura. Ceasar (R$ 44) com alface americana, peito de frango em tiras, lâminas de queijo parmesão e croutons servido com molho ceasar (a opção vegetariana vem com tofu). Tijolo (46) com chicória, alface americana, rúcula, nós pecã, pera, queijo gorgonzola e molho de mostarda e mel.
Nas sobremesas, Carinho de Vó (bolinhos de arroz envoltos em açúcar e canela com calda de doce de leite quente), a R$ 18; sorvete de café, R$ 23; panacota com geleia de frutas, R$ 18, e torta de caramelo salgado à base de castanhas, ganache de cacau, nozes pecã e massa areada sem glúten, R$ 21. Eu e Sonia pedimos as duas últimss, que foram boas pedidas para encerrar o almoço, acompanhado por um bom copo de vinho branco (R$ 18).
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Depois de tudo, a gente comprova o que disse Mario Nicolau, dono do Tijolo, que “oferecemos uma comida saudável, para todos os paladares”.
O Tijolo não serve café, mas não se preocupe. Vizinho ao restaurante está o Royalty Café que trabalha com cafés especiais, torrados ali mesmo. É só pedir o cardápio e fechar a refeição com perfeição. O espresso sai a R$ 8, o doppio a R$ 12, macchiato a R$ 9 e capuccino, R$ 14, entre várias opções, inclusive cafés filtrados.
O Tijolo fica aberto de terça a sexta das 11h30 às 22h, sábado das 12h às 23h e domingo das 12h às 17h. O happy-hour é das 16h às 18h com bebidas oferecidas com 50% de desconto.
Para garantir a tranquilidade dos clientes, à noite a porta de entrada para o SFCO179 é fechada e liberada somente pelo interfone e segurança do local.
Jean Luiz Féder, jornalista associado à Abrajet-PR (Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo – Paraná)