Testamos a versão 2019 do JAC T40 com câmbio CVT. Por R$ 72.490, sendo mais R$ 1.500 pelo envelopamento do teto, ele compete com os hatchs premium de nosso mercado.

Com visual atual, construção sólida, equipado, econômico, 6 anos de garantia e um conjunto motor/câmbio elogiável, um 1.6 DVVT com 138 cv, (por hora somente à gasolina), é atualmente o 1.6 aspirado mais potente do mercado.

Ele tenta cativar o consumidor ainda receoso com os altos e baixos da marca de origem chinesa. Para reverter isso, além de bons produtos e campanhas publicitárias que no momento são escassas, a ampliação da rede de autorizadas e a construção da fábrica no Brasil são metas primordiais que devem ser anunciadas ao público nos próximos meses.

Motor e câmbio como previsto superaram as expectativas. Força e agilidade estão presentes tanto na cidade quanto na estrada. O modo Sport, da caixa CVT que simula até seis marchas virtuais, é fácil e rápido de ativar garantindo ultrapassagens e arrancadas seguras.

Suspensão

A suspensão, no entanto, é dura e transmite as imperfeições do solo para a cabine. Na estrada, acima de 100 km/h, a falta de um melhor isolamento acústico incomoda. A escolha de pneus com um composto mais macio também atenuaria os ruídos. O modelo possui diversos itens de segurança e conforto que muitas vezes não são encontrados nem mesmo em carros de segmento superior. Destacam-se, nestes quesitos, o controle de estabilidade e tração, o assistente de partida em rampa, os freios a disco nas quatro rodas,  o piloto automático,  as luzes de conversão estática, faróis DRL, câmara frontal que grava seu percurso em um cartão SD ou no seu smartphone e uma central multimídia de oito polegadas com câmera de ré, bluetooth e entrada usb, mas falta GPS, Apple Car e Android Auto. O visor do computador de bordo é semelhante a alguns modelos da Volks e informa inclusive capô aberto, pressão e temperatura dos pneus, diagnostica falhas e analisa o funcionamento, mas não mostra a temperatura externa.

O sistema start/stop, que desliga o carro quando parado em sinais, funciona muito bem e sabe inclusive quando o ar-condicionado automático está ligado. Todavia, seu uso no trânsito travado, de anda e para constante, acaba incomodando. Para isso existe uma tecla ao lado do câmbio para desativá-lo.

Consumo

O painel é bem montado, possui revestimento parcial soft-touch de couro sintético com pesponto em costura vermelha que acompanha os bancos. Estes, por sua vez, deixam o corpo escorregar em curvas mais acentuadas. O banco traseiro é inteiriço com apoio de cabeça e cintos de três pontos para todos.

A direção é elétrica, o volante é multifuncional com iluminação e costura aparente do revestimento. O sistema multimídia evoluiu em comparação aos anteriores da JAC, mas a qualidade do som é ruim. Seu porta-malas é bem-acabado e comporta 425 l se somada a capacidade da caixa divisória removível de isopor que está escondida sob a forração.

Nesta avaliação do JAC T40 CVT rodamos 421,8 Km em um percurso misto cidade e estrada fazendo a média de 11,9 Km/l.

O veículo foi cedido pelo Grupo SHC JAC.

Carlos Fernando Schrappe Borges

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Publicada na Now Boarding – setembro/2018

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