A coluna de hoje faz uma pergunta: Dress code informal: pode tudo? A flexibilização no “dress code” já é uma tendência nas empresas do Brasil.
A mudança, que começou pelas startups e empresas de tecnologia há alguns anos, vem inspirando até mesmo setores tradicionais a revisar seus códigos de vestimentas, que já incorporaram pelo menos a sexta-feira casual, ou o já conhecido casual day.
A flexibilização desses códigos é parte de um processo de mudança mais profunda que as corporações estão enfrentando com a chegada de novas gerações, com novos estilos de liderança e, até mesmo, uma relação menos formal com os clientes.
Regras
Quando as empresas me procuram para dar palestras, esse tem sido um tema recorrente, diante da dificuldade de gestores e colaboradores em lidar com o assunto.
Sempre digo que o informal é muito mais difícil que o formal. No formal existem regras, que normalmente estão bem definidas e, portanto, minimizam o risco de erros. Já no informal, impera a liberdade de escolha do colaborador.
O interessante que a queixa não é só da empresa, mas também dos funcionários, que muitas vezes se dizem confusos e sem saber o que usar.
Uma boa solução para esse impasse, é investir em palestras sobre o tema ou desenvolver uma cartilha de código de vestimenta ajustado ao nível de formalidade desejado, que depende muito do segmento de atuação de cada empresa.
Mas, enquanto as empresas não definem “as regras do jogo”, é bom ter em mente que informal não quer dizer que pode tudo, mas sim, que não existe formalidade.
Algumas considerações a respeito do dress code informal:
1. Casual day é apenas um dia da semana em que o colaborador pode baixar um nível da formalidade. Ou seja, se no dia a dia você trabalha de terno e gravata, no casual day, não dá para usar calça jeans e camiseta, mas talvez uma calça de sarja e uma camisa.
2.Se o ambiente permite usar jeans, prefira os mais escuros e sem lavagens, ou rasgos.
3. Informalidade no trabalho pede atenção redobrada com a qualidade das peças.
4. Aqueles velhos conhecidos (que já falei aqui na coluna) não são bem-vindos, mesmo em ambientes informais: roupas muito curtas, justas ou decotadas, cores muito vibrantes, camisetas de times, regatas, bermudas.
5. Pois por mais informal que seja o seu ambiente profissional, não existe brecha para falta de atenção com cuidados pessoais (barba, cabelo, odores, pele e unhas). O nome disso é desleixo e não informalidade.
Lembre-se: sua aparência precisa refletir o profissional que você é!
Karla Giacomet, consultora de imagem e colunista de Imagem Pessoal
Publicado no Aeroporto Jornal – junho/2017
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