Com quase 10 milhões de habitantes, a Cidade do México completa 502 anos de fundação em agosto de 2023, mas se formos considerar a região como a antiga capital do Império Asteca, aí já se vão 698 anos.

A capital dos mexicanos une passado e presente e por isso andar é encontrar história indígena e europeia que pode ser vista em monumentos.

Visite a Cidade do México num roteiro de 3 dias:

Primeiro dia

Ángel de la Independencia, às 9h

Devido a fragilidade do solo, a Cidade do México está afundando de 5 a 40 centímetros por ano.

Isso fica bem visível ao observar o monumento do Ángel de la Independencia, no Paseo de la Reforma, uma espécie de Champs-Élysées dos mexicanos.

Construído em 1910, estava no mesmo nível da rua e, hoje, o desnível está em mais de 4 metros.

Bosque Chapultepec + Museu Nacional de Antropologia, às 10h

Saindo do monumento, caminhe em direção ao Parque de Chapultepec. Lá, primeiro visite o Museo Nacional de Antropologia. O prédio é gigante, então vale selecionar algumas salas. Na principal, que fica ao fundo e ao centro encontram-se os grandes tesouros, como a famosa Pedra do Sol, um calendário asteca considerado um dos maiores tesouros do México. A próxima parada é no Castelo de Chapultepec.

Museu de Antropologia. Foto: Facebook

Construído em 1758, foi o primeiro do continente americano. Lá, vale dar uma passada rápida pelo Museo Nacional de História e focar mais atenção a Alcázar, que é a parte que possui várias salas do palácio preservada com decoração original.

Às segundas, tanto o Castelo quanto o Museu estão fechados.

Coyoacán (almoço + Frida Kahlo), às 14h

Deixando o castelo, vá até o metrô de Chapultepec (há indicações no parque para a saída certa). Pegue a linha 1 em direção a Pantitlán. Salte na estação Balderas e pegue a linha 3 no sentido Universidad. Salte na estação Coyoacán. Lá pegue um táxi para o Museo Frida Kahlo, será uma viagem de 10 minutos, que economiza uma boa caminhada.

O bairro começou como uma cidade provinciana e foi aos poucos sendo tomada pelos ares de cidade grande, mas conservando o encanto da época colonial com ruas cheias de igrejas, ruas de pedra e mansões antigas decoradas com azulejos.

Durante o século 20 o bairro, junto com San Ángel, foi uma das zonas preferidas de artistas como Frida Khalo e Diego Rivera.

Foto: Gabriella Clare Marino/Unsplash

Almoce no restaurante Centenário 107, com ótimo pratos inspirados em comida mediterrânea e alemã.

Quem preferir comida italiana ou um lanchinho tem a opção da Pizza Del Perro Negro que, claro, além de pizzas, serve também sopas, massas e hambúrgueres.

Bem pertinho dali (uns 5 minutos de caminhada) fica o Museu Frida Kahlo. Entre as obras destacam-se o retrato de seu pai e a pintura Viva la Vida, que fez 8 dias antes de morrer.

Depois pegue um táxi e vá ao Museo Casa Estúdio Diego Rivera y Frida Kahlo, no bairro vizinho San Ángel. Ali, você irá encontrar a emblemática obra do arquiteto Juan O’Gorman, que desenhou as casas de Diego e Frida conectadas por uma ponte. Sim, cada um tinha a sua casa própria e havia uma pequena ponte para que pudessem se comunicar. O museu em si conta com poucos objetos pessoais de ambos, por isso, a graça mesmo é conhecer a construção, além do Bairro de San Ángel ser uma graça.

Jantar no San Ángel Inn, às 19h

Esta antiga fazenda datada do século 17 foi restaurada e apresenta ares coloniais em um ambiente elegante.

No San Ángel, aberto em 1963, você pode desfrutar da famosa culinária internacional do restaurante, mas também dos tradicionais pratos mexicanos como ceviche acapulqueño, crema de chiles poblanos e robalo a la veracruzana.

Joy Room, balada às 23h

Saindo do restaurante, pegue um táxi para Polonco (Av. Presidente Masaryk), uma das áreas mais chiques da cidade. É lá que está a rua das grifes internacionais e muitas das casas coloniais espanholas super preservadas.

Polanco reserva uma vida noturna bem interessante: vá tomar umas margaritas no Joy Room e se encante com a decoração de uma das casas noturnas mais espetaculares da Cidade do México. O local toca música pop e é ótimo para paquerar.

TURISMO: Puerto Vallarta é destino LGBTQIA+ no México

Segundo dia

El Zócalo, às 10h

Esse é o coração da cidade e ponto onde ela teve início. Aqui você pode visitar a Catedral Metropolitana, que foi construída sobre um antigo templo asteca. Suba as escadarias de pedra e siga até as torres dos gigantes sinos (pesam cerca de 7 toneladas), que são tocados uma vez por dia (tem um tour para isso).

Depois vá para uma passagem chamada de “Pasaje Catedral” e chegue ao El Mayor, um bar no terraço que permite uma vista privilegiada das ruínas da cidade asteca Tenochtlán no sítio arqueológico Templo Mayor (e, claro, depois não deixe de ir até lá conferir de perto, além de visitar o museu que faz parte do complexo).

Faça uma parada no Palácio Nacional e aproveite para apreciar a arte de Diego Rivera nas escadarias.

El Zócalo fica no Centro Histórico e para chegar basta descer na estação homônima do metrô (Linha 2).

Na hora de almoçar, siga pelas ruas 5 de Mayo ou Francisco L. Madero que você encontrará opções como El Cardenal, La Ópera e Casa dos Azulejos (um lugar bastante turístico e, como diz o próprio nome, todo feito de azulejos).

Praça Alameda Central, às 13h30

Ainda no Centro Histórico, reserve duas horas para o Palacio Bellas Artes, na Praça Alameda Central. O local abre de terça a domingo e está a 6 quadras de Zócalo, caminhando pela rua Madero.

Aqui você encontra o melhor da arte mexicana, com obras de Diego Rivera, José Clemente Orozco, David Alfaro Siqueiros e Rufino Tamayo. Você vai querer algumas fotos na sala principal, com um magnífico telão de cristal feito pela casa Tiffany de Nova York.

Palacio Bellas Artes. Foto: Facebook

Outro passeio, bem pertinho do Bellas Artes, é a Torre Latinoamericana (em 1957 chegou a ser o prédio mais alto da América Latina). Vá até o 44º andar e você conseguirá cliques muito legais do Palácio.

Plaza de la Ciudadela, às 15h30

Saindo do Palácio de Bellas Artes, caminhe pela Praça Alameda Central até a Rua Balderas. Chegando lá, desça algumas quadras à esquerda e chegará ao La Ciudadela. Aqui você encontra um dos mercados de artesanato mais visitados por nacionais e estrangeiros da capital mexicana.

É possível achar de pulseirinhas a esculturas, passando por redes, cerâmicas e até guitarras.

Uma dica de souvenir bem legal para levar para os amigos e parentes são as muñecas quitapenas – umas bonequinhas de pano feitas à mão, que medem de 15 a 50 milímetros que, segundo a lenda, têm a missão de sumir com as preocupações. Basta contar os problemas em voz alta para uma delas e colocar embaixo do travesseiro, que elas permitirão uma boa noite de sono.

Restaurante Azul Histórico, às 19h

Para fechar a visita expressa a cidade com chave de ouro, vale um jantar super caprichado no restaurante Azul do Complexo Downtown. O restaurante fica no pátio central do prédio do século 17, que já foi casa do Conde de Miravalle. O restaurante serve comida mexicana contemporânea. Prove o creme de coentro ou os bolinhos de pato assado com mole negro (um tipo de mingau feito com muitos ingredientes e cozido por infinitas horas).

Antes ou depois do jantar, vale uma conferida nas lojinhas do prédio que possui marcas típicas mexicanas, como Pineda Covalin. Ainda há um rooftop com um bar que atrai uma legião de descolados para um drink e muita conversa.

Se estiver cansado, pode ficar por ali mesmo, pois o complexo abriga um dos endereços do Grupo Habita na cidade, o Downtown México.

 

 

Comentários

Leave A Comment