A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) autorizou hoje (18) a Boeing a retomar os voos com o modelo 737 MAX, retirado do mercado internacional em março de 2019 após dois acidentes aéreos fatais.
“Estou 100% confiante sobre a segurança do modelo”, afirmou o chefe da FAA, Stephen Dickson, ao anunciar a liberação. Assim que o mercado financeiro norte-americano abriu, as ações da empresa tiveram uma valorização de 7,12% em Wall Street.
Um relatório elaborado pela Comissão de Transportes do Congresso dos Estados Unidos e publicado em 16 de setembro deste ano revelou que a Boeing “omitiu informações e defeitos” do modelo 737 MAX e que a FAA estava mais preocupada “em agradar” os diretores da empresa do que fazer uma “supervisão apropriada” dos novos modelos desenvolvidos pela Boeing.
Os acidentes aéreos com os ocorreram em um curto espaço de tempo, pouco após o lançamento do 737 MAX.
O primeiro deles ocorreu em 29 de outubro de 2018, com a queda de um voo da companhia aérea Lion Air, na Indonésia. As 189 pessoas a bordo morreram. Pouco depois, em 10 de março de 2019, um avião da Ethiopian Airlines caiu logo após decolar do aeroporto de Adis Abeba, na Etiópia, e matou as 157 pessoas na aeronave.
Fonte: Ansa
No Brasil, Anac ainda avalia o modelo da Boeing
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informa que a liberação para retorno das operações das aeronaves modelo Boeing 737-8 MAX no Brasil ainda depende do término dos trabalhos realizados pela Agência quanto ao processo de validação das modificações do projeto. O objetivo é demonstrar que o projeto com as modificações propostas é seguro e atende aos requisitos de aeronavegabilidade necessários.
A partir desta diretriz da FAA, a Anac procederá com os ajustes finais para conclusão do processo de validação para retorno do modelo Boeing 737- 8 MAX no Brasil. Após o término desse trabalho, o operador brasileiro da aeronave, que atualmente é a Gol Linhas Aéreas, deverá incorporar e demonstrar de forma satisfatória o cumprimento de todas as novas diretrizes, tanto em termos de projeto quanto de treinamento de pilotos.
Fonte: Anac