AINDA PRECISAMOS APRENDER A CONVIVER COM AS REDE SOCIAIS. Achamos que sabemos tudo sobre como se portar. Mas na realidade, invariavelmente caímos em algumas ciladas. Eu mesma sou prova disso!

Recentemente fiz um desabafo sobre uma clínica de imagem onde meu pai fez um exame, e em um estado de fragilidade emocional, acabei por fazer minha observação no Facebook invés de usar o canal correto. Os comentários foram vários, o que me levou a pensar na minha própria influência e em como isso iria refletir na minha reputação profissional – certamente, não seria de maneira positiva. Passado o calor do momento, percebi o que havia feito e retirei do ar.

Outros dois ótimos exemplos recentes, que você deve ter lido sobre, são os casos do funcionário da Latam e a carta da Rede Globo aos seus jornalistas.

Durante a Copa, o antigo empregado da companhia se comportou inapropriadamente, postando uma situação infame nas redes sociais que o levou a demissão.

Já com a emissora nacional, uma lista de diretrizes escrita pelo João Roberto Marinho direcionada aos jornalistas sobre o uso das redes sociais acabou online, causando grande repercussão. Entre estas recomendações está não divulgar opiniões políticas, fazer publicidade ou criticar colegas de redação.

O que podemos aprender sobre isso é que não há como desvincular nossa imagem profissional do que publicamos nas nossas redes sociais. Essas tecnologias se tornaram uma extensão da nossa imagem.

Sendo um jornalista ou funcionário, o que você fala também representa o que aquela instituição acredita. Ou, se somos profissionais independentes, o nosso nome e marca pessoais.

Até pouco tempo atrás já sabíamos que os departamentos de Recursos Humanos usavam essas plataformas durante o recrutamento. Hoje, a análise é mais profunda. Existem, nas empresas, monitoramento sobre o que os colaboradores postam, além de canais para receber denúncias, aberto a quem interessar.

Nossa presença online não é algo restrito ao momento de contratação, e sim, constante. Estamos sempre sendo avaliados pelas marcas com que convivemos.

A atitude de um colaborador pode, inclusive, desencadear uma crise de reputação para a empresa. Exemplo disso foi uma grande empresa de hospedagem de sites quando um de seus funcionários falou mal de um time de futebol. Time este que patrocinava a instituição. O resultado foi a retirada do patrocínio e, ainda, um longo trabalho de recuperação de imagem para essa empresa. O empregado foi demitido, é claro.

Se sua empresa ou clientes olharem suas redes sociais agora, o que eles verão está coerente com a sua presença offline e impulsionando a sua imagem e sua reputação?

Karla Giacomet, consultora de Imagem

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Publicado na Now Boarding – setembro/2018

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