As obras, no total de R$ 18 milhões, no Aeroporto de Umuarama vão permitir que a cidade receba voos da Azul e aproximar a população de Curitiba, a 555 km, e Campo Grande (MS), a 520 km. As primeiras mudanças foram na regularização da pista de pouso e decolagem e com o tempo foram adquiridos novos equipamentos para controle de condições de voo e ampliado o terminal de passageiros. O Aeroporto será identificado pela sigla SSUM.
De acordo com a Prefeitura, as obras no Aeroporto Municipal Orlando de Carvalho devem ser entregues já no mês que vem, restando apenas a instalação das sinalizações internas e de alguns móveis e itens acessórios como lixeiras, wi-fi e insulfim. Antes da reforma esse aeroporto era acanhado, voltado para a aviação particular, e, com as mudanças, ganha corpo para ser regional. Atualmente ele é usado regularmente por 25 aeronaves pequenas que ocupam os 13 hangares do local.
Pista aumentou
As obras incluíram a revitalização e ampliação do terminal de passageiros; recapeamento e deslocamento da pista para atender as exigências da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac); modernização do pátio de manobras das aeronaves; novos equipamentos, como raio-x, esteira para bagagens, circuito de câmeras e uma estação meteorológica; e a construção de uma unidade para atendimento emergencial de bombeiros aos passageiros, exigência do Ministério de Infraestrutura e da Aeronáutica. A pista foi aumentada em 30 metros e está com 1.430 metros de comprimento por 30 metros de largura e foi reposicionada de maneira a deixar as faixas laterais com 75 metros de cada lado, norma fundamental para a transformação em estrutura para aviação comercial.
A malha aérea no Paraná
Os aeroportos paranaenses estão se transformando com o apoio do Governo do Estado e do governo federal. Há obras em Umuarama, Maringá, Foz do Iguaçu e Ponta Grossa, além da aguardada retomada dos voos do programa Voe Paraná, que conecta cidades médias do Interior com a Capital. Para 2021 também há expectativa da concessão de quatro aeroportos para a iniciativa privada.
O ano de 2019 foi especial para a aviação regional no Estado com o início do maior programa de conexão do Paraná (Voe Paraná) e a inauguração de novos aeroportos. Foram estabelecidas dez novas conexões (Guaíra, Telêmaco Borba, Cianorte, Cornélio Procópio, União da Vitória, Paranaguá, Francisco Beltrão, Arapongas, Paranavaí e Campo Mourão) entre Curitiba e o Interior e iniciados voos comerciais em Toledo, Guarapuava e Pato Branco. O Estado saltou de 6 aeroportos com voos regulares em 2018 para 19, crescimento de 216%.
Concessão
E no ano que vem ainda serão repassados para a iniciativa privada, em um dos lotes da concessão do governo federal, quatro terminais: São José dos Pinhais, Curitiba, Londrina e Foz do Iguaçu. O valor de outorga do Bloco Sul será de R$ 133,4 milhões e já há um compromisso para a construção da terceira pista no Aeroporto Afonso Pena, possibilitando pousos e decolagens de aviões maiores, atendendo demanda histórica do setor empresarial paranaense.
Fonte: Agência Estadual de Notícias
Umuarama e sua Pista de Pouso de Somente 1.430m de Comprimento.
O formato e o destino de cada cidade sempre foram definidos pela sua capacidade em termos de transporte. Nos dias de hoje, isso diz respeito especificamente ao transporte aéreo. Parabéns!
Mas, nesse mês de Julho 2020, a EMBRAER divulgou sua proposta de nova família de aeronaves. Agora, um Turboélice de 80 a 99 passageiros! Quase Cem Passageiros!!!
O fato é altamente relevante para o projeto do novo aeroporto da cidade. Sinaliza claramente que os turboélices regionais que até então, transportando 70 (ATR72-600) a 86 (Dash8-Q400) passageiros, poderão transportar até 99 passageiros para as cidades pequenas e médias.
Como consequência direta, o projeto do novo aeroporto da cidade deve prever uma pista de pouso maior e com alta resistência do piso asfáltico. Não podemos mais projetar, reformar ou construir aeroportos para o hoje. O hoje, já é passado. Nas cidades progressista e com visão clara do modal, os aeroportos regionais estão sendo construídos com Pistas de Pouso MÍNIMAS de 1.600 x 30 e 34 Toneladas de resistência.
O projeto, principalmente da pista de pouso, de Umuarama não prever esse inegável acontecimento da EMBRAER no transporte de até 99 passageiros. Pista maior, alta resistência do piso e ampla área livre nas cabeceiras e laterais da pista. Construir, em pleno século 21, uma pista de pouso de 1.430m parece uma clara demonstração de nanismo e obscurantismo de infraestrutura aeroportuária estadual e municipal.
Saudações e bons voos,