Em “A Pequena Fadette“, a encantadora história de George Sand é daqueles livros que nos fazem sentir melhor.
Texto: Amanda Chain
O romance se passa no interior da França do século 19 e inicia com o nascimento dos gêmeos Landry e Sylvinet em uma próspera família de fazendeiros. Embora aconselhados de que os meninos deveriam ser criados separados para que ambos sejam fortes de corpo e mente, os pais não seguem o conselho.
Os irmãos são extremamente unidos pela amizade e amor fraternal, e um dos momentos de prova é quando um deles deve ser enviado para trabalhar na fazenda vizinha, e Landry é escolhido. Tomado por um sentimento de desamparo e doente de ciúmes, Sylvinet desaparece.
Na busca pelo irmão Landry se depara com Fadette, uma garota desprezada pelos outros moradores por causa de sua família e por ser diferente, considerada “bruxa” por andar maltrapilha e ter conhecimento de ervas e plantas medicinais. Fadette só ajuda Landry a localizar o irmão se ele prometer que lhe dará o que ela pedir. Contrariado, mas desesperado, o garoto aceita.
George Sand é o pseudônimo de Amandine-Aurore-Lucile Dupin, conhecida pelos ideais feministas e por seus amantes, como Chopin e Alfred de Musset. Na época em que foi escrito, 1849, os franceses estavam em guerra civil e o romance vem como uma forma de resgatar a humanidade.
Valoriza a doçura, o altruísmo e a amizade, além do amor verdadeiro. Descreve precisamente o ambiente rural, incluindo a ignorância e preconceitos das pessoas. Uma leitura fácil e rápida para todas as idades. Editora Barcarolla. Preço sugerido: R$ 32,00.
Publicado no Aeroporto Jornal – maio/2015
Foto do destaque: Anthony Tran/ Unsplash