Cidade de imigrantes, São Paulo agora tem um restaurante especializado em comida da Líbia. O Shakshuka resgata uma culinária líbia que não existe mais na própria Líbia e mantém viva a tradição dos judeus de Trípoli que foram forçados a emigrar em massa após a II Guerra Mundial. Keren Admoni, proprietária do Shakshuka fala que o restaurante foi aberto para “perpetuar a herança culinária da minha mãe, Yaffa”, que nasceu na capital da Líbia, mas cresceu em Tel-Aviv, em Israel.

Shakshuka é uma receita de ovos em molho de tomate originária do Norte da África, feita para compartilhar e comer com pão. É simples, mas surpreendente. Executada pela chef Erika Kaiser, a Shakshuka é servida em quatro versões: Tripoli (dois ovos escalfados em molho picante, com espinafre), Magreb (com berinjela defumada, amêndoas e coentro), Berber (batatas douradas, queijo feta e salsinha) e Benghazi (almôndegas bovinas condimentadas, salsinha, hortelã e limão). O tempero líbio fifeltchuma, à base de páprica, alho e outras “coisinhas”, é o espírito do molho de tomate da mama Yaffa.

Outra receita de molho é o Hraime – peixe cozido em tomate picante e condimentado, um favorito dos judeus líbios para o jantar de shabbat. O Hraime Tuna, com atum, é a versão mais tradicional; há também a opção do Hraime Asseda, vegano, com macias almofadinhas de semolina.

Hraime: tuna atum em molho de tomate condimentado, Shakshuka

Hraime: tuna atum em molho de tomate condimentado, Foto: Dalton Gomes Filho

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Comida de rua

O restaurante Shakshuka oferece ainda alguns clássicos da comida de rua do Oriente Médio: falafel, hommus e sanduíches na pita. O Sabich tem berinjela, hommus, picles de pepino, ovo cozido e molho à base de tahine.

Como opção de sobremesa, a Babka, bolo de origem judaica, amanteigado, com camadas de recheio nos sabores chocolate e canela, é o carro-chefe, que fica perfeita acompanhada de gelato de baunilha.

O Shakshuka fica em um salão, com vista para o vale do Sumaré, no mesmo prédio do espaço cultural Centro da Terra. Assim, é alternativa de jantar antes ou depois dos espetáculos. O restaurante abre ao meio-dia e segue aberto até às 22h30, de segunda a sexta, na R. Pìracuama, 19, em Perdizes.

Com apoio Isabella Rangel Assessoria de Imprensa

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