Cantina tradicional de Curitiba, o Baviera é, desde 1972, lugar certo para comer uma boa massa, pizza e calzone. Frequento a casa desde que me conheço por gente por duas razões: o local é muito legal (está num porão de um imóvel antigo próximo à Praça Garibaldi, no Centro Histórico de Curitiba) e não importa quando for, a comida tem a mesma qualidade. Meus filhos eram crianças e ganhavam “massinhas”, as mesmas que serviam para as pizzas, para brincar enquanto o prato não chegava à mesa.
O Baviera, onde fui levado pelos meus pais, tem, portanto, história.
A casa foi aberta pelo Giovanni Muffone que chegando aos 80 anos comentava com os frequentadores que iria fechar ou vender a Cantina. Seria um pecado para a cidade.
Aí apareceu o Márcio Borges, cliente, que um dia ouviu o cansaço do Muffone de tocar o negócio. Márcio, que só ia ao Baviera para comer o Filé do Patrão, disse isso ao Muffone que de cara se indignou por ele não provar o Parmegiana. Em outros jantares, Márcio degustou a Sopa de Cebola e as massas. Acabou comprando o Baviera e junto com a esposa, Thayana Hey, são donos desde 2021.
Foram prudentes ao assumir o negócio e não modificaram o menu. O pizzaiolo, Valdo Gogola, está ali há mais de 40 anos e outros funcionários também têm muito tempo de casa. Seria um impacto para os frequentadores retirar, modificar ou acrescentar algo novo num cardápio consolidado.
Mas todo negócio tem seu ciclo e esse momento chegou para o Baviera.
Agora, após 51 anos funcionando somente à noite, a Cantina e Pizzaria abre para o almoço, uma boa alternativa para quem faz refeição no Centro de Curitiba.
E ganham os turistas que estão na cidade que contam com essa nova opção de comer bem, no caso do Baviera, seja no jantar ou na hora do almoço.
Como acontece no jantar (18h à meia-noite), a Cantina terá almoço todos os dias da semana das 11h30 às 15h.
O menu a 3 tempos tem dois valores: R$ 89 (executivo) e R$ 149 (com uma taça de vinho para harmonizar a cada prato escolhido). O serviço de 10% não está incluso.
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Para entrada três opções: Salada caprese contemporânea ao pesto de rúcula; Carpaccio bovino com molho de alcaparras e lascas de parmesão e rúcula selvagem ou Salada de folhas com presunto parma, tomate cereja, azeite balsâmico e lascas de parmesão.
Como pratos principais: Risoto ao funghi; Spaguetti ao limone com frango grelhado; Fettuccine quatro queijos com escalope de mignon ou Peixe do dia grelhado com legumes braseados.
Há três sobremesas para escolher: Frutas em calda com sorvete de creme; Brownie de chocolate com cobertura cremosa de doce de leite e sorvete de creme e Pudim de sorvete com calda de frutas da estação.
Experimentei o Carpaccio, o Fettuccine e Brownie, mas dei uma provada no Pudim (uma receita de uma funcionária) que recomendo também. Tudo padrão Baviera.
Os vinhos – branco Marquês de Borba (Alentejo), tinto Chateau de Cathalogne (Bourdeaux) e Porto Messias 10 anos (vinho do porto) – foram selecionados pelo sommelier Arlei Kulik.
O almoço tem música ao vivo e no dia estava o grupo de choro e seresta comandado por Daniel Miranda.
A promessa do Márcio é que o menu executivo terá um cardápio a cada 15 dias.
Além do menu executivo, o cardápio do jantar (menos pizzas e calzones) pode ser pedido no almoço, como o antepasto de beringela, a Sopa de Cebola, os filés e as massas.