A Amazônia conhecida como o “pulmão do mundo”, é a maior floresta tropical do planeta e se estende pelo Brasil, Colômbia, Peru e outros países da América Latina, numa área de 6,7 milhões de km². E esse espaço tem sido ameaçado pelo desmatamento. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram 22% de áreas desmatadas nos últimos dois anos na Amazônia Legal onde vivem 25 milhões de brasileiros. Mas existem grupos e instituições que incentivam soluções práticas para garantir a sobrevivência deste bioma e o bem-estar de seus povos. Não faltam esforços da sociedade civil e da iniciativa privada em trabalhar o ecoturismo, o extrativismo sustentável, a pesca de manejo e, claro, a garantia de educação de qualidade para que as gerações futuras possam resguardar a floresta de pé. É possível fazer ecoturismo em projetos que podem ser visitados e conhecidos numa ação de turismo ambiental e ecológico na região do baixo e médio Rio Negro, no Amazonas.

Anavilhanas, Amazonas

Anavilhanas. Foto: Sitah

A 180 km de Manaus por via terrestre, Novo Airão é a porta de entrada para explorar as maravilhas naturais do Parque Nacional de Anavilhanas – o segundo maior arquipélago fluvial do mundo, com mais de 400 ilhas, no Rio Negro.

O município abrange uma área total de 38 mil km², o equivalente a um país como a Suíça, e conta com uma estrutura legal de proteção gigante: 85% da área física pertence a algum tipo de Unidade de Conservação, sejam Apas (Áreas de Proteção Ambiental), Parques Estaduais, Parques Nacionais ou Reservas Extrativistas. Ali grande parte dos seus 21 mil habitantes vive do ecoturismo, colaborando ativamente no desenvolvimento sustentável de toda esta extensão de terra preservada.

Precursores do ecoturismo de base comunitária na região, a Expedição Katerre e o hotel Mirante do Gavião Amazon Lodge desenvolvem desde 2004 operações turísticas em comunhão com profissionais ribeirinhos, como incursões pela selva, trilhas aquáticas pelos igarapés e matas de igapó, focagem de espécies da fauna amazônica e incentivo à produção de artesanato. As empresas cobram uma taxa de visitação que auxilia na manutenção da estrutura destas comunidades e o bem-estar de seus moradores.

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Educação e conservação

Outro motor elementar para a prosperidade da Amazônia – talvez o mais relevante, uma vez que são as gerações seguintes que enfrentarão o momento mais crítico deste contexto de depredação crescente – é garantir a educação básica de qualidade na região amazônica.

No mesmo município de Novo Airão, a Fundação Almerinda Malaquias organização não governamental criada no ano 2000 por Miguel Rocha da Silva e Jean-Daniel Vallotton, vem atuando como centro de educação ambiental para crianças e jovens entre 6 e 17 anos, com o objetivo de prepará-los para protagonizar resoluções ambientais para manter esta floresta toda de pé. Uma infraestrutura de salas de aula, centro de eventos, cozinha e refeitório acolhe hoje 190 crianças no contraturno escolar, para aulas e atividades multidisciplinares.

Fundação Almerinda Malaquias

Foto: Sitah

Uma extensão deste trabalho, o novo Projeto Educação Ribeirinha atuará na reformulação (construção ou reforma) de 25 escolas de comunidades isoladas neste mesmo e vasto território de Novo Airão.

O principal objetivo do programa é prover educação básica de qualidade, melhorar a infraestrutura das escolas e casas de apoio ao professor, incluindo a implantação do sistema de energia solar, internet, cozinha para preparo da merenda e a construção de sanitários e fossas.

A concepção das unidades ganhou o projeto de bioarquitetura do Atelier Marko Brajovic, que busca integrar a construção ao entorno natural, como resgatar os signos culturais das populações originárias destas regiões. Ao lado das secretarias de Educação municipal e estadual, a Fundação Almerinda Malaquias dá o apoio pedagógico em treinar e capacitar o corpo docente, além de promover o intercâmbio entre os professores ribeirinhos e da ONG.

A floresta amazônica é o maior abrigo de biodiversidade do mundo, com 30 milhões de espécies de animais, sendo 180 em risco de extinção.

Com viés de conservação, o Projeto Bicho de Casco, liderado pelo professor escocês Paul Clark, fundador da escola Vivamazônia na comunidade do Gaspar, e por Francisco Parede, presidente da Associação de Artesãos do Rio Jauaperi (AARJ), atua a quase duas décadas na proteção das quatro espécies de quelônios ameaçados na bacia do Rio Negro e afluentes: iaçá, irapuca, tracajá e tartaruga-da-Amazônia.

Projeto Bicho de Casco

Projeto Bicho de Casco.

Na luta contra o tráfico ilegal, uma força-tarefa movimenta seis comunidades, com fiscais e voluntários que monitoram sete zonas de desova do rio Jauaperi. Anualmente, cerca de 3 mil quelônios são soltos em segurança na natureza.

Os roteiros na região

A Expedição Katerre realiza roteiros fluviais em comunhão com as comunidades ribeirinhas do Rio Negro. Partindo do município de Novo Airão, a 200 km de Manaus, os roteiros regulares ou charters exploram o Rio Negro e seus afluentes, percorrendo maravilhas naturais em meio a privilegiadas unidades de conservação entre as quais o Parque Nacional de Anavilhanas e a Reserva Extrativista do Baixo Rio Branco Jauaperi.

Praia no Rio Negro

Praia no Rio Negro. Divulgação

A frota é composta de três embarcações: o Jacaré-açu com 8 cabines-suíte climatizadas, e o Jacaré-tinga com 3 cabines-suítes climatizadas, e a mais recente aquisição o luxuoso La Jangada, que abre uma nota rota de navegação ao largo do Rio Solimões com destino a Tabatinga e paradas para vivências em áreas de reserva e aldeias indígenas.

Entre os serviços a bordo, incursões na natureza conduzidas pelos guias locais que compartilham seus saberes sobre a Floresta, e uma tripulação formada por capitão, marinheiro, camareiras e cozinheiras que recebe os visitantes com acolhida e simpatia genuína.

O Mirante do Gavião

Aberto em agosto de 2014, o Mirante do Gavião Amazon Lodge fica às margens do Rio Negro, em frente ao Parque Nacional de Anavilhanas. São treze espaçosos bangalôs erguidos em madeira de lei que remetem a forma de barcos invertidos, conectados por caminhos trilhados e passarelas em meio à floresta nativa.

Seu restaurante Camu camu destaca os ingredientes amazônicos e seus peixes raros, em criações originais assinadas pela chef Debora Shornik.

Mirante do Gavião Amazon Lodge

Foto: Jean Dallazem

O hotel inaugurou em 2019 um lounge panorâmico com sala de jogos, redário e sala de massagem com cosméticos da marca Simbioze Amazônica, com seus óleos e argilas 100% naturais e veganos, provenientes das cooperativas extrativistas do Amazonas.

Mirante do Gavião Amazon Lodge

Suíte Premium.

Fonte: Assessoria de Imprensa

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