Ao que tudo indica, os momentos difíceis para o turismo vêm se aproximando do fim. Com o avanço na campanha vacinal, a luz no fim do túnel já pode ser vislumbrada e perspectivas para a retomada começam a ser traçadas. A expectativa é de um verão melhor que o do ano anterior.

Dados da Omnibees, plataforma de reservas, apontam que o mês de julho já apresentou melhorias na performance de vendas com crescimento de 8,77% em hotéis e resorts; total que supera o melhor mês de 2019, outubro. O estudo também demonstra impressionantes números do valor das diárias, com alta de 18,69% em comparação ao período pré-pandemia.

Informações assim só reforçam a ideia de que o represamento de viagens está diminuindo, cabendo agora ao setor se preparar para o que promete ser um verão e tanto. Para isso, os gestores precisam estar atentos a seus planejamentos, já que não bastará somente se adaptar às mudanças. Os empreendedores do segmento devem adequar suas atividades para focar na experiência do consumidor, criando uma jornada que englobe todos os pontos de seu trajeto.

O livre trânsito entre municípios e Estados, por exemplo, protagoniza a reabertura econômica local e trará, não somente para o turismo de lazer, mas como para todos os setores que sofreram forte impacto durante a pandemia, uma ampla reabertura. E nesse contexto, as demandas reprimidas de viajantes devem ditar as estratégias dos empreendedores.

Nesse cenário é de suma importância redobrar a atenção à organização, principalmente no que diz respeito ao setor financeiro e, até mesmo, o legal. Isso porque nesse retorno, os estabelecimentos, bem como agências de turismo e companhias aéreas, também devem receber as demandas de clientes com pacotes ou serviços suspensos devido à calamidade pública do último ano. Para tanto, o estabelecimento de metas e preparo precoce e estratégico é fundamental para que a retomada não se torne um completo pesadelo aos negócios.

Muitos dos contratos de serviços de turismo que foram postergados no último ano devem ser remarcados no período de férias entre dezembro e fevereiro. Isso significa que é necessário ao gestor um bom fluxo de caixa e de ofertas para garantir a entrega destes serviços já negociados anteriormente, enquanto também se inserem na rotina de novas vendas. E desenvolver estratégias que facilitem a interlocução entre as partes, especialmente com o cliente que deixou seu pacote já contratado em stand by e agora volta a ativá-lo, fará uma grande diferença neste momento.

O acompanhamento profissional permite que o empreendedor estruture sua capacidade de entrega sem onerar os custos e nem se perder entre as demandas, além de garantir que os serviços possam ser ofertados amparados por bases legais. O que também possibilita melhorar a rentabilidade das instituições, fortalecendo atividades assertivas de recuperação.

Flávio Pinheiro Neto, é advogado empresarial do escritório Flávio Pinheiro Neto Advogados

Foto: Ethan Robertson/Unsplash

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