A cidade de Roma, capital da Itália, completou na quarta-feira (21) 2.774 anos de existência. A data, chamada “Natal de Roma”, remete à lenda da fundação da “cidade eterna” por Rômulo, em 21 de abril de 753 a.C.
Pelo segundo ano seguido, o município não promoveu grandes comemorações presenciais devido à pandemia do novo coronavírus, mas a prefeita Virginia Raggi, em fim de mandato, disse esperar que esse aniversário seja um símbolo de “esperança e renascimento”.
“Devemos permanecer unidos para sair juntos da pandemia, para relançar a cidade, a economia, o trabalho. Nós romanos conseguiremos, porque Roma é uma cidade para ser amada”, declarou.
Como existem poucas referências históricas e documentais sobre a fundação da cidade, acabou prevalecendo a mitologia. Reza a lenda que Amúlio, irmão do rei de Alba Longa, Numitor, conseguiu dar um golpe e prender o monarca, fazendo a filha deste, Reia Silvia, casta para que o soberano não tivesse uma linha de descendência.
No entanto, Marte, deus romano da guerra, engravida Reia, que dá à luz aos gêmeos Rômulo e Remo. Sabendo da existência dos bebês, Amúlio pede para que um empregado os mate, mas este, com pena, joga os dois no rio Tibre e espera que as crianças nunca mais voltem.
Mas elas são resgatadas por uma loba, que cuida dos bebês até que um casal de pastores os encontra. Tempos depois, Remo se envolve em uma briga com vizinhos e acaba preso. Quando Rômulo salva o irmão, descobre sobre sua história e consegue matar Amúlio e salvar Numitor.
Como agradecimento, o avô dos jovens permite que os dois fundem uma cidade às margens do Tibre. Depois de conflitos sobre quem governaria o novo reino, Rômulo acaba matando seu irmão e criando Roma.
A escultura que retrata os irmãos sendo amamentados pela loba, a “Lupa Capitolina“, é um dos ícones da capital da Itália e fica em frente à sede da Prefeitura.
Fonte: Ansa
Foto: djedj/Pixabay