O mercado de sedans no Brasil já viveu épocas melhores. Hoje vem mantendo boa parte dos clientes que não migraram para os Suv’s e até cativando novos, com constantes atualizações, avanços mecânico tecnológicos e lançamentos de novos modelos.
No caso do Honda Civic EXL da 10ª geração, que testamos agora, o resultado foi surpreendente. Destaco o robusto e eficiente motor 2.0 16V SOHC I-VTEC de 155cv e torque de 19,5kgmf, que na contramão do mercado, não fez o downsizing e, mesmo assim, consegue proporcionar um rodar vigoroso e relativamente econômico, levando em conta o porte do carro. Para isso, na cidade recomendo ativar o modo ECO, pois a condução fica mais econômica e o
desempenho praticamente não é alterado. Suas linhas de geração a geração foram mudando a saltos. Seus contornos dão a impressão de ser maior do que realmente é. Agora ele têm 4,641 m de comprimento, 1,799 m de largura e 1,433 m de altura. A frente ganhou um para-choque redesenhado com alguns cromados a mais, deixando o sedan mais sóbrio e a traseira que conta com lanternas mistas em led com lâmpadas normais, ganhou uma barra cromada na linha 2020.
Seu interior é amplo, confortável e muito bem acabado. O revestimento de couro dos bancos é de boa qualidade e também reveste os painéis das portas, que são todos almofadados. Seu painel é amplo, traz mostradores digitais e mantém o para-brisa degradê que é um importante item de conforto abandonado por muitas montadoras.
A central multimídia tem tela de 7”, navegador GPS nativo com condições de trânsito (RDS), Wi-Fi e função Turn-by-turn (navegação assistida por voz), além de compatibilidade com Apple CarPlay e Android Auto.
O sistema de climatização é digital e independente para motorista e passageiro. Conta com raras saídas de ar para o banco traseiro.
O porta malas com capacidade de 519 litros é totalmente revestido, inclusive as alças da tampa. Abriga um estepe temporário dois puxadores para rebater o banco em 1/3 e 2/3.
Seu rodar é suave e o silêncio a bordo impera. Mérito para o excelente isolamento acústico tanto do motor, quanto do restante da carroceria e, principalmente, pelo amadurecimento do projeto.
Custando nesta versão e na cor prata platinum metálico R$ 114.000, faltam alguns itens importantes como detector de ponto cego, piloto automático adaptativo, alerta de colisão e frenagem automática. Rodamos neste teste 346,1 km e fizemos a média de 7,9 km/l na cidade e 15,7 km/l na estrada, sempre com gasolina.
O veículo foi cedido pela Honda.
Carlos Fernando Schrappe Borges
Publicado na Now Boarding – janeiro/2020