No início do ano recebi convite de amigos para participar de um cruzeiro em agosto. Era uma viagem que atraia muito, em especial para uma pessoa como eu que nunca havia viajado ao Exterior e muito menos participado de cruzeiros marítimos. Muito embora seja eu um contínuo ambulante que aproveita toda e qualquer oportunidade para dar uma boa passeada, sempre o fiz até então percorrendo o Brasil, que no meu entendimento possui tantas belezas que não torna necessário ir ao Exterior para conhecer coisas bonitas.
Entretanto, o convite me provocou enorme curiosidade e interesse que passei a pesquisar de imediato sobre o assunto. E o primeiro ponto a me aguçar ainda mais a curiosidade, foi quando constatei que uma viagem desta seria infinitamente mais barata e confortável do que viajar pelo nosso país. Os preços lá de fora são muito convidativos.
Outro ponto que me deixou bastante curioso e me fez pesquisar mais a fundo, foi a informação de que o cruzeiro seria realizado pelo mais novo e moderno navio que estava prestes a ser lançado, o MSC Divina, que naquela
ocasião do convite ainda estava em fase de acabamento.
No site da MSC obtive as primeiras informações que me trouxeram enorme expectativa. O noticiário era este: “Novo MSC Divina conquista os mares. Luxuoso e cheio de charme, MSC Divina esbanja modernidade, espaço e requinte. Espaço e luxo não faltam no MSC Divina, o 12º navio da frota da MSC Cruzeiros é também o mais amplo e refinado da empresa. Reforçando seu requinte, o navio será inaugurado no porto de Marselha, na França, em maio de 2012. A embarcação possui a única piscina com borda infinita. O espaço conta com jardim e decoração especial. Na popa da embarcação, a Infinity Pool proporcionará aos hóspedes momentos de relaxamento e de deslumbre com a sua vista panorâmica…”. Ante toda esta informação, adquiri dois pacotes (um para minha esposa). Sinceramente, repito, o preço e as condições estavam muito convidativos.
E, após nossa inscrição, lá se foram seis meses de angústia para que chegasse a data marcada. Até que no início de agosto embarcamos, eu e minha esposa Tuti, no Aeroporto Afonso Pena, de Curitiba, para darmos início a nosso tão esperado passeio. Fomos a São Paulo, de lá a Paris e, via aérea fomos até Veneza onde teve início a temporada no navio.
Nosso percurso marítimo contou com paradas, além de Veneza (ida e chegada), também na italiana Bari, Katakolon (Grécia), Izmir (Turquia), Istambul (Turquia) e Dubrovnik (Croácia).
Sinceramente, como fiz constar no título, foi uma viagem dos sonhos. Mesmo que se queira permanecer no navio durante o período em que atraca nos portos diversos, este oferece totais condições para que se ocupe integralmente o tempo com as mais diversas ocupações. O Divina é realmente uma fábula. Para que possam ter uma ideia do que se trata, repasso alguns dados extraídos de um folheto onde o navio é descrito. Tem dezoito andares; pesa 139.400 toneladas; mede 333,30 metros de comprimento, 37,92 de largura e 66,80 de altura. Tem capacidade para 4.363 passageiros e 1.350 tripulantes.
Os serviços e o atendimento apresentados são todos da melhor qualidade. Basta que se diga que a arrumação e limpeza das cabines se dão de até quatro vezes num dia, inclusive com a troca das toalhas em todas as oportunidades (mesmo que não usadas). O navio oferece todos os tipos de atrativos: cinco piscinas (uma coberta e duas com solarium), um cassino de grande porte uma academia para prática de exercícios físicos também de grande porte, uma discoteca, um piano bar, um ginásio para palestras, um spa, linha direta de internet, mini boliche, teatro para shows musicais e de teatro diariamente sem repetição do espetáculo, equipe de animação que procura levar alegria e movimentação aos passageiros a todo o momento, em especial nas áreas das piscinas, lojas diversas com ofertas de perfumaria, joias, roupas e outros produtos, além de muitos outros atrativos. Ao final de cada dia falta tempo para que se possa usufruir de tudo o que se tem à disposição.
Na parte da gastronomia, é outra barbaridade. O Divina oferece 21 bares/lanchonetes, todos de altíssima qualidade, de grande porte, em sua maioria com música ao vivo e pistas de dança e mais oito restaurantes. Um deles, no 14º andar do navio, fica aberto 24 horas com: buffet variado das 12h às 18h e das 19h às 22h, buffet de pizzas das 12h às 18h e grill das 12h às 24h, serviços de café 24 horas e buffet da meia-noite às 3h. E, incrível é que não há repetição de cardápio.
Foi uma experiência fantástica que, se possível, pretendo repetir na primeira oportunidade. Recomendo, de coração, a todos aqueles que querem planejar uma viagem que fique para sempre na memória.
Horácio Coutinho, aposentado
Publicado no Aeroporto Jornal – outubro/2012
