A Prefeitura de Veneza, cidade turística italiana, deve adiar mais uma vez a entrada em vigor do sistema de reservas mediante pagamento (taxa para turista) para acessar o centro histórico da cidade, que há anos sofre com a superlotação de turistas.

Fontes municipais ouvidas pela agência Ansa dão como certo que o projeto não entrará em funcionamento na data anteriormente divulgada, em 16 de janeiro de 2023, e a Prefeitura estuda postergar a medida em “alguns meses” devido a “questões técnicas”.

Durante a manhã da sexta, 11 de novembro, o ministro da Cultura da Itália, Gennaro Sangiuliano, que está no cargo há menos de um mês, foi questionado sobre a cobrança e disse que dará sua opinião após “estudar e aprofundar a questão”.

“Algo deve ser feito para melhorar o acesso à cidade, considerando também os problemas jurídicos ligados à mobilidade internacional das pessoas”, afirmou.

O plano da Prefeitura de Veneza é cobrar uma taxa de turistas que fazem “bate e volta” no centro histórico do município – quem dorme na área lagunar já paga uma “tassa di soggiorno” que varia de € 1 a € 5 por dia (de R$ 5,5 a R$ 27,3 pela cotação atual) na alta temporada.

O valor exato da tarifa ainda precisa ser confirmado, mas, nos últimos anos, a Prefeitura falou em € 3 (R$ 16,4) nos dias comuns; € 6 (R$ 32,8) nos dias de “selo vermelho”, ou seja, quando é previsto um “fluxo crítico” de pessoas; e € 8 (R$ 43,6) nos dias de “selo preto”, quando é estimado um “fluxo crítico excepcional” de turistas.

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Essa medida já vem sendo prometida há vários anos, mas teve de ser adiada em função da pandemia de Covid-19, que derrubou o fluxo de turistas em Veneza. O acesso será controlado por meio de códigos QR, e moradores da parte do município que fica em terra firme, bem como trabalhadores e estudantes pendulares, serão isentos.

O objetivo da Prefeitura é combater o turismo predatório em Veneza e dar mais qualidade de vida aos moradores locais, que já organizaram diversas manifestações para protestar contra maus hábitos dos visitantes, como urinar na rua, mergulhar nos canais, fazer piqueniques em pontes e exagerar no barulho de noite.

Fonte: Ansa

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