O Champanhe é a bebida da celebração por natureza. Em natais, réveillons, casamentos, formaturas, enfim, em qualquer ocasião importante lá está o delicioso vinho. E se é muito bom poder degustá-lo, conhecer a região de onde ele veio e visitar os lugares onde foi criado é uma viagem inesquecível. A região de Champagne (Champanhe) fica no Nordeste da França, a 144 km de Paris. A viagem de TGV é rápida, em torno de uma hora, descendo na estação de Reims, a principal cidade da região. Aliás, se você dispõe de pouco tempo ou vai fazer um passeio de um dia, é ali que deve fazer a sua parada ou a sua base, no caso de passar dois ou mais dias na região.
Uma capital romana
Com mais de dois mil anos de história, é em Reims que está situada a maior parte das caves de champanhe. A cidade também é conhecida pela sua catedral e o Palácio do Tau, monumentos listados na lista de Patrimônios Mundiais da Unesco. Foi também em Reims que aconteceu a maioria das coroações dos reis franceses. Ou seja, já deu para perceber que há muito que se ver por lá.
A história da cidade começou no ano 58 a.C. Enquanto realiza a conquista da Gália, o imperador romano Júlio César passa por Durocortorum, uma então metrópole fortificada, aos cuidados de uma tribo gaulesa chamada Rèmes.
Os gauleses se aliam ao imperador e o apoiam em todas as ações. Em recompensa, Júlio César faz da cidade a capital da província de Belgique. A prosperidade de Durocortorum, hoje Reims, é assegurada e inúmeros monumentos
são construídos.
Já no século III, os bárbaros invadem a região e Reims é particularmente afetada. Em 407, São Nicaise é decapitado em frente à catedral que ele havia mandado construir em 401. Em 498, na mesma igreja, acontece o mítico
batismo de Clóvis, considerado o primeiro rei francês. Esses eventos dão uma dimensão espiritual à cidade, onde são construídas inúmeras igrejas. E é também o início da sagração dos reis franceses, o que contribui para sua
prosperidade. A mais célebre delas é a de Charles VII, em 1429. Conduzido à Reims por Joana D’Arc, é sagrado rei na catedral. O lugar onde a heroína francesa assistiu à cerimônia está marcado dentro da igreja.
Aliás, a catedral gótica, Notre Dame de Reims, é a jóia da cidade. A atual versão foi edificada a partir de 1211, sob os escombros da antiga, que havia sido destruída por um incêndio. Poupada da destruição durante a Revolução Francesa, no entanto, sofreu grandes avarias durante a Primeira Guerra Mundial. Sua reconstrução foi realizada graças a uma doação da famosa família Rockefeller.
Não só a catedral sofreu danos na Primeira Guerra: Reims foi quase toda destruída. Foi o preço a se pagar por ter sido palco da resistência contra os alemães. Após o conflito, durante a reconstrução da cidade, aproveitou-se
para melhorar o seu aspecto geral, mas preservando seu traçado e os monumentos e locais históricos.
Já na Segunda Guerra Mundial, Reims foi poupada e pode fazer sua revanche: a cidade foi palco, em 7 de maio de 1945, da assinatura da rendição de Wehrmacht (a rendição do exército alemão). Hoje, a cidade oferece um passeio
pelos vestígios de toda essa história, desde ruínas romanas até os monumentos da guerra, passando pela deliciosa história e tradição do champanhe.
A tradição do Champanhe
A existência de vinhedos em Champanhe remonta ao começo da nossa era. São os romanos que introduzem a cultura dos vinhedos na região. Eles já haviam identificado a originalidade do local que confere à região suas características: clima oceânico de transição, subsolo rico em calcário e relevo entrecortado. Da Antiguidade ao século XVI, a história de Reims está intimamente associada à produção de vinhos tintos e depois o gris (vinho a partir das uvas pinot noir). O champanhe apareceu no século XVII, quando se começa a desenvolver a efervescência natural do vinho local. O monge Dom Pérignon, em 1670, introduziu o costume de podar as vinhas e a combinar diferentes vinhos da região.
Estreitamente ligado à Monarquia, o champanhe torna-se o vinho dos religiosos, do sagrado, e depois dos reis, já que era produzido na cidade onde os soberanos eram coroados. Seu sucesso se estende às elites aristocráticas do mundo inteiro a partir do século XIX, graças ao dinamismo das Maisons de Champanhe, que se tornaram símbolo do espírito francês. Localizadas em vários pontos da cidade e da região, é possível visitar os lugares íntimos e secretos em que são fabricados os melhores champanhes. São cerca de 250 km de caves e crayères (túneis), estes últimos da época gallo-romanas, onde podemos visitar e provar os tipos mais refinados e únicos do mundo, já que somente a bebida produzida na região pode ser chamada de Champanhe.
A área de produção – vinhedos – cobre 32.178 hectares e compreende 319 cidades ou crus (tipos de champagne) diferentes, tendo cada um suas próprias características. A partir de abril até setembro (mês em que ocorre
a colheita), um passeio pelos vinhedos é outra grande atração da região.
Visitando as Maisons de Champanhe
A visita às caves normalmente começa com um ou dois filmes sobre os vinhedos e o champanhe. Em seguida, um guia leva os visitantes para os subterrâneos, onde passam a conhecer as diversas etapas de fabricação da
bebida. Após esse percurso, há a degustação, que pode ser com um ou mais tipos de champanhe, dependendo da Maison e do tipo de degustação escolhido. Na área de degustação, geralmente há uma loja, onde há lembranças
e champanhes vendidos a preços acessíveis. Vale a pena levar uma garrafa. Abaixo estão os dados das principais caves. Algumas até aceitam visitas de última hora, mas o ideal é sempre reservar.
Veuve Clicquot Ponsardin – A Veuve Clicquot é uma das mais conhecidas no mundo. Oferece vários tipos de visita, mas devem ser reservadas com antecedência.Horários: de 1º de abril a 31 de outubro, de terça a sábado, das 10h às 12h30 e das 13h30 às 18h. De 2 de novembro a 30 de março, de terça a sexta, das 10h às 12h30 e das 13h30 às 18h. Endereço: 1, place des Droits de l’Homme – Reims
Telefone: 33(0)3-26-89-5390 (tira-se o 33 e usa-se o zero entre parênteses para ligações dentro da França, já para ligar do Brasil, não se usa o zero).
G.H. MUMM – Outra marca de prestígio em toda a Europa, a visita a essa cave (foto que abre a matéria) é muito interessante, pois, além de todo o percurso tradicional, há uma visita ao Museu do Champanhe, com os equipamentos que antigamente eram utilizados na fabricação da bebida. Oferece diferentes tipos de degustação, nos idiomas francês, inglês, espanhol, italiano e alemão. Horários: aberta todos os dias de 1º de março a 31 de outubro, das 9h às 11h e das 14h às 17h. Fora dessa época, é aberta somente para visitas reservadas com antecedência, de segunda a sábado. Mas em todo o caso, mesmo na alta estação, aconselha-se a reservar a visita. Endereço: 34, rue du Champs de Mars – Reims
Telefone: 33(0)3-26-49 59 70
Taittinger – Outra marca muito prestigiada de Champanhe. Não é necessário reservar com antecedência a visita a Taittinger, embora isso possa ser feito. Visitas em inglês e francês. Horários: de 1º de dezembro a 15 de março, de segunda à sexta (fechada aos feriados), de 9h30 às 13h e das 14h às 17h. De 16 de março a 30 de abril e de 15 a 30 de novembro, de segunda a sábado, incluindo feriados, das 9h30 às 13h e das 14h às 17h30. De 1º de maio a 31 de outubro, aberta todos os dias, das 9h30 às 13h e das 14h às 18h.
Endereço: 9, place Saint-Nicaise – Reims
Telefone: 33(0)3-26-85 84 33
Charles de Cazanove – Aa visita a Charles de Cazanove é mais informal. Não precisa reservar antes e mesmo que você esteja sozinho, o guia faz uma visita exclusiva pelo mesmo preço. Mas em comparação com outras caves, as instalações são mais modestas e menos charmosas. Porém, o preço compensa: € 10,00 pela visita e degustação de três diferentes tipos de champanhe. Visitas em inglês e francês. Horários: aberta todos os dias, das 10h às 19h.
Endereço: 8, place da la République – Reims
Telefone: 33(0)3-26-88-53 86
O que visitar em Reims
Catedral Notre-Dame de Reims – Uma das maiores realizações de arte gótica da Europa. Construída no século XIII, foi cenário de 25 coroações de reis franceses. É classificada como Patrimônio Histórico pela Unesco. Aberta
todos os dias, das 7h30 às 19h30 – www.cathedrale-reims.com
Palais du Tau – Foi a residência dos arcebispos de Reims desde o século XII. Também patrimônio da Unesco, tem esse nome porque sua forma lembra um T (tau). Hoje é um museu que abriga os tesouros da catedral e também as estátuas que foram danificadas pela guerra, pelo tempo, e substituídas durante as restaurações da catedral. Horários, de 6 de maio a 8 de setembro, de terça a domingo, das 9h30 às 18h30. De 9 de setembro a 5 de maio, de terça a domingo, das 9h às 12h30 e das 14h às 17h30 – http://palais-tau.monuments-nationaux.fr
Cryptoportique gallo-romain – São três galerias semissubterrâneas construídas sob o fórum da Reims antiga (Durocortorum) mais ou menos no ano 200 para a estocagem de grãos. Hoje só resta a galeria oriental, que abriga
exposições temporárias. Aberta todos os dias, de 1º de junho a 30 de setembro, de 14h às 18h. Entrada gratuita. Fechada no resto do ano.
Há muitos outros museus, igrejas e monumentos para se ver em Reims. Para mais informações sobre todos eles clique aqui: http://www.reims-tourisme.com/
office-de-tourisme/nous-contacter/bureau-d-accueil-et-d-information.aspx
Onde dormir
Reims oferece uma farta gama de hospedagem. Você pode optar, por exemplo, pelo ibis, ao lado da estação ou pelos hotéis situados sobretudo na Place Drouet d’Erlon. De qualquer forma, Reims é uma cidade plana, relativamente
pequena para os nossos padrões e tudo é perto. Só tome cuidado com as reservas no booking, pois há muitos hotéis bons, mas que não são situados em Reims e sim nas cidades pequenas ao redor, o que pode não ser muito bom se você quer ficar perto de tudo.
ibis Reims Centre – Diárias a partir de € 77,00. Oferece o padrão de todo Ibis. Está localizado ao lado da estação e a 10 minutos a pé da catedral. Fica perto da Place Drouet d’Erlon, onde acontece a agitação da cidade.
28, boulevard Joffre – Reims – Telefone: 33 (0)3 26 40 03 24
Hôtel de la Cathedrale – Diárias a partir de € 54,00. Situado perto da Place Drouet e da Catedral, sua localização não poderia ser melhor. São dezessete quartos personalizados e confortáveis. 20 rue Libergier – Reims – Telefone: 33 (0)3 26 47 28 46
Éthic Étapes – C.I.S. de Champagne – Diárias a partir de € 34,30. Esse é um estilo hostel. Apesar de não figurar na lista dos Albergues da Juventude, é recomendado por eles. Também tem indicações como melhor hostel do Guia Routard, o guia dos mochileiros franceses. Mas apesar do estilo “mochilão” e da decoração que parece uma colônia de férias, a maioria dos hóspedes do hostel é composta de – pasmem – casais e grupos da terceira idade, elegantemente vestidos e que você vê que estão ali por opção e não por necessidade. O hostel é muito confortável, possui, inclusive, quartos individuais. O café da manhã é despojado, mas variado e já vem incluído na diária. O wifi e o estacionamento também são gratuitos. Fica a menos de 10 minutos a pé da catedral e perto tem uma simpática área verde. 21 chaussée Bocquaine – Reims – Telefone: 33 (0)3 26 40 52 60
Onde comer
Numa cidade francesa, as opções de restaurantes são muitas. E em Reims não poderia ser diferente. A cidade também é conhecida pela sua gastronomia. A maioria dos restaurantes se concentra na Place Drouet d’Erlon, então,
é só sentar na primeira que lhe atrair e saborear sua escolha apreciando o movimento deste “calçadão” que é um dos pontos centrais da vida na cidade. Os menus custam a partir de € 12,50 no almoço (entrada e prato ou prato e sobremesa). No jantar, o mínimo é € 15,00. Fuja dos fast-foods, afinal, descobrir a culinária local faz parte da viagem. Algumas sugestões:
Le Grand Café – Pratos a partir de € 10,00. Especializado em frutos do mar, embora encontre também outras opções. Um dos destaques é a Noix de Saint-Jacques assada, com molho persillade (molho com alho e salsinha),
acompanhado de batatas assadas e arroz. A noix é uma carne branca e redonda que se encontra dentro da concha de Saint-Jacques (entre nós conhecido como Santiago de Compostela). É dos deuses, vale a pena provar. 92 place Drouet d’Erlon – Reims
Le Gaulois – É um bar-brasserie e restaurante muito animado. O lugar é sempre cheio, mas a animação aumenta no horário do happy-hour, um hábito comum aos franceses. Possui a maior área de mesas no terraço (na calçada) da cidade. Pratos a partir de € 8,90 e um destaque para as pizzas servidas após as 18h. 2-4 place Drouet d’Erlon – Reims – Telefone: 33 (0)3 26 47 35 76
O que comprar?
No centro histórico da cidade, na região da Place Drouet d’Erlon, rue de Vesle e perto da catedral, encontramos inúmeros produtos artesanais, como réplicas da Catedral, de garrafas de Champanhe, entre outras coisas. Também podemos levar deliciosos biscoitos rosa (Le Biscuit Rose de Reims), que são utilizados para acompanhar o champanhe. As pessoas, inclusive, costumam comê-lo molhando-o na taça da bebida, como às vezes fazemos com o pão no café. A cor rosa é para disfarçar as manchas pretas da baunilha.
Outra delícia da região são os Pains d’Épices (pão de especiarias). Reims é conhecida como a capital do Pain d’Épices, título conferido pelo rei Henrique IV. A diferença do pão local é que ele é feito com farinha de centeio em
vez de trigo. Também é uma boa opção comprar chocolates. Pela cidade, encontramos chocolaterias deliciosas.
Outros passeios
Durante a primavera (março) até setembro, quando ocorre a colheita, uma boa opção é alugar um carro e passear pela região, conhecendo os vinhedos e as outras cidades e vilarejos. Em Reims, há diversas lojas para aluguéis de veículos, principalmente perto da estação. Ou também você pode escolher em fazer o passeio cidade/cave/vinhedos por alguma das operadoras locais. A mais conhecida é a Cris-event. Ela organiza passeios em microônibus, partindo de Reims, que incluem visita a um vinhedo, a um villarejo, visita a Reims ou Epernay e a uma Maison de Champanhe. Os preços são: € 29,90 por pessoa, sendo € 40,00 o casal, e € 6,00 para crianças de 10 a 15 anos.
Como chegar
O meio mais prático é de trem a partir de Paris (deixe o carro para alugar lá). O trajeto é feito de TGV, dura 45 minutos e custa a partir de € 17 (dependem da antecedência, horário e dias escolhidos).
Renata Inforzato, texto e fotos, especial para o Aeroporto Jornal
Publicado no Aeroporto Jornal – julho/2011
A walk through the universe of Reims and Champagne
Renata Inforzato, journalist, especially for the Airport Journal
The Champagne is the drink of celebration by nature. At birth, New Year’s Eve, weddings, graduations, finally, on any important occasion there is the delicious wine. And if it is great to taste it, knowing the area where it came from and visit the places where it was created is an unforgettable trip. The region of Champagne is in the northeast of France, 144 km from Paris. The trip by TGV is fast, about an hour to the station in Reims, the main town in the
region. Furthermore, if you have little time or will make a day trip, it is there that you should make your stop or base, for spending two or more days in the region. With over two thousand years of history, Reims owns the most part of champagne’s cellars. The city is also known for its cathedral and the Palace of Tau, monuments listed in Unesco’s World Heritage. It was also in Reims that most coronations of French kings took place. Indeed, there’s much to
see here.
The tradition of Champagne
The existence of vineyards in Champagne goes back to the beginning of our era. The Romans introduced the culture of vineyards in the region. They had identified the uniqueness of the place that gives the region its features: oceanic climate of transition, limestone subsoil and interspersed landscape. From Antiquity to the sixteenth century, the history of Reims is closely associated with red wines and then the gris (wine from pinot noir grapes).
The champagne appeared in the seventeenth century, when it starts to develop the natural effervescence of the local wine. The monk Dom Perignon in 1670, introduced the custom of pruning the vines and match different wines. Closely linked to the Monarchy, the Champagne becomes the wine of religious, sacred, and then the kings, since it
was produced in the city where the sovereigns were crowned. Located in various parts of the city and the region, you can visit the intimate and secret places where the best champagnes are made. There are about 250 km of caves and Crayères (tunnels), these ones from the Gallo-Roman era, where we can visit and taste the finest and unique kind in the world, since only the drink produced in the region can be called Champagne.
The production area – vineyards – covers 32,178 acres and includes 319 cities or raw (types of champagne) different,
each having its own characteristics. From April until September (the harvest month), a stroll through the vineyards is another major attraction of the region.
Visiting the Maisons de Champagne
The visit to the cellars usually starts with one or two films about the vineyards and champagne. Next, a guide takes visitors to the underground, where they meet the various stages of the drink’s manufacturing. Following this path, there is a tasting; it can be with one or more types of champagne, depending on the Maison and the tasting choice. In the tasting area, there is usually a shop where there are reminders and champagnes, sold at affordable prices.
It’s worth taking a bottle. There is some information about the main caves below. Last minute requests are even accepted, but it’s always better to book these visits.
Veuve Clicquot Ponsardin – it is one of the best known in the world. Offers various types of visits, but must be booked in advance. Hours: April 1 to October 31, Tuesday to Saturday, 10am to 12:30pm and from 1:30pm to 6pm. From November 2 to March 30, Tuesday to Friday 10am to 12:30pm and from 1:30pm to 6pm. Address: 1, place des Droits de l’Homme – Reims Phone: 33(0)3-26-89-5390 (take out the 33 and use the zero for calls within France).
http://www.veuve-clicquot.com/fr/visites-caves/caves
G.H. MUMM – Another prestigious brand across Europe, a visit to this cave is very interesting because besides all the traditional route, there is a visit to the Museum of Champagne, with equipment that were formerly used in the manufacture of the drink. It offers different types of tasting, in French, English, Spanish, Italian and German.
Hours: open every day from March 1 to October 31 from 9am to 11am and from 2pm to 5pm. Outside this season, it is open only for tours booked in advance, from Monday till Saturday. But in any case, even in high season, it is advisable to book a visit. Address: 34, rue du Champs de Mars – Reims – Phone: 33(0)3-26-49 59 70
Taittinger – Another very prestigious brand of Champagne. There is no need to book in advance, although this can be done. Visits in English and French. Time: from December 1 to March 15, Monday till Friday (closed on holidays) from 9:30am to 1pm and 2pm to 5pm. From March 16 to April 30 and 15 to 30 November, Monday until Saturday, including holidays, from 9:30am to 1pm and 2pm to 5.30pm. From May 1 to October 31, open every day from
9.30am to 1pm and 2pmto 6pm. Address: 9, place Saint-Nicaise – Reims – Phone: 33 (0) 3-26-85 84 33
Charles Cazanova – This visit is more informal. No need to book before and even if you’re alone, the guide provides an exclusive tour for the same price. But compared to other caves, thoseare more modest and less charming facilities. However, the price offsets: € 10.00 for tour and three different types of champagne tasting. Visits in
English and French. Hours: open every day from 10am to 7pm. Address: 8, place de la République – Reims – Phone: 33(0)3-26-88-53 86
Un paseo por el universo de Reims y Champagne
Renata Inforzato, periodista, especialmente para el Airport Journal
El Champagne es la bebida de celebración por naturaleza. Al nacimiento, Nochevieja, bodas, graduaciones, por último, en cualquier ocasión importante está el delicioso vino. Y si es genial degustarlo, conocer la zona de donde vino y visitar los lugares donde se creó es un viaje inolvidable. La región de Champagne se encuentra en el noreste de Francia, a 144 km de París. El viaje en TGV es rápido, alrededor de una hora hasta la estación de Reims, la ciudad principal del región. Además, si dispones de poco tiempo o vas a realizar una excursión de un día, es allí donde debes hacer tu parada o base, para pasar dos o más días en la región. Con más de dos mil años de historia, Reims posee la mayor parte de las cavas de champán. La ciudad también es conocida por su catedral y el Palacio de Tau, monumentos incluidos en el Patrimonio Mundial de la Unesco. También fue en Reims donde se llevaron a cabo la mayoría de las coronaciones de reyes franceses. De hecho, hay mucho que
mira aquí.
La tradición del champán
La existencia de viñedos en Champagne se remonta a los inicios de nuestra era. Los romanos introdujeron la cultura de los viñedos en la región. Habían identificado la singularidad del lugar que le da a la región sus características: clima oceánico de transición, subsuelo calizo y paisaje intercalado. Desde la antigüedad hasta el siglo XVI, la historia de Reims está estrechamente asociada a los vinos tintos y luego al gris (vino de uvas pinot noir).
El champagne apareció en el siglo XVII, cuando comienza a desarrollar la efervescencia natural del vino local. El monje Dom Perignon en 1670, introdujo la costumbre de podar las vides y maridar diferentes vinos. Estrechamente ligado a la Monarquía, el Champaña se convierte en vino de religiosos, sagrados y luego de reyes, ya que
se produjo en la ciudad donde fueron coronados los soberanos. Ubicados en varios puntos de la ciudad y la región, puedes visitar los lugares íntimos y secretos donde se elaboran los mejores champagnes. Son unos 250 km de cuevas y Crayères (túneles), estos de la época galo-romana, donde podemos visitar y degustar los más finos y únicos del mundo, ya que solo la bebida producida en la región puede llamarse Champagne.
El área de producción – viñedos – cubre 32,178 acres e incluye 319 ciudades o crudos (tipos de champán) diferentes,
cada uno tiene sus propias características. De abril a septiembre (mes de la vendimia), un paseo por los viñedos es otro gran atractivo de la región.
Visitando las Maisons de Champagne
La visita a las bodegas suele comenzar con una o dos películas sobre los viñedos y el champagne. A continuación, un guía lleva a los visitantes al subterráneo, donde conocen las distintas etapas de elaboración de la bebida. Siguiendo este camino, hay una degustación; puede ser con uno o más tipos de champagne, según la Maison y la elección de degustación. En la zona de degustación suele haber una tienda donde hay recordatorios y cavas, que se venden a precios asequibles.
Vale la pena tomar una botella. Hay algo de información sobre las cuevas principales a continuación. Incluso se aceptan solicitudes de última hora, pero siempre es mejor reservar estas visitas.
Veuve Clicquot Ponsardin: es uno de los más conocidos del mundo. Ofrece varios tipos de visitas, pero deben reservarse con anticipación. Horario: 1 de abril al 31 de octubre, de martes a sábado, de 10 a 12:30 horas y de 13:30 a 18 horas. Del 2 de noviembre al 30 de marzo, de martes a viernes de 10 a 12:30 y de 13:30 a 18h. Dirección: 1, place des Droits de l’Homme – Reims Teléfono: 33 (0) 3-26-89-5390 (saque el 33 y use el cero para llamadas dentro de Francia).
http://www.veuve-clicquot.com/fr/visites-caves/caves
G.H. MUMM – Otra marca de prestigio en toda Europa, la visita a esta cueva es muy interesante porque además de toda la ruta tradicional, hay una visita al Museo de Champagne, con equipos que antes se utilizaban en la elaboración de la bebida. Ofrece diferentes tipos de catas, en francés, inglés, español, italiano y alemán.
Horario: abierto todos los días del 1 de marzo al 31 de octubre de 9h a 11h y de 14h a 17h. Fuera de esta temporada, está abierto solo para tours reservados con anticipación, de lunes a sábado. Pero en cualquier caso, incluso en temporada alta, es recomendable reservar visita. Dirección: 34, rue du Champs de Mars – Reims – Teléfono: 33 (0) 3-26-49 59 70
Taittinger: otra marca de champán muy prestigiosa. No es necesario reservar con antelación, aunque se puede hacer. Visitas en inglés y francés. Horario: del 1 de diciembre al 15 de marzo, de lunes a viernes (cerrado los festivos) de 9:30 a 13:00 y de 14:00 a 17:00. Del 16 de marzo al 30 de abril y del 15 al 30 de noviembre, de lunes a sábado, incluidos festivos, de 9:30 a 13:00 y de 14:00 a 17:30. Del 1 de mayo al 31 de octubre, abierto todos los días desde
De 9.30 a 13 y de 14 a 18. Dirección: 9, place Saint-Nicaise – Reims – Teléfono: 33 (0) 3-26-85 84 33
Charles Cazanova – Esta visita es más informal. No es necesario reservar antes e incluso si está solo, el guía ofrece un recorrido exclusivo por el mismo precio. Pero en comparación con otras cuevas, esas son instalaciones más modestas y menos encantadoras. Sin embargo, el precio compensa: 10,00 € por tour y tres tipos diferentes de cata de champán. Visitas en Ingles y frances. Horario: abierto todos los días de 10 a 19h. Dirección: 8, place de la République – Reims – Teléfono: 33 (0) 3-26-88-53 86